Na Quarta-Feira 1 de Outubro, o Benfica desloca-se à Alemanha para defrontar o Leverkusen, num jogo referente à segunda jornada da fase de grupos. Às duas equipas, apenas a vitória interessa.

Um início de campanha atribulado

Leverkusen e Benfica tiveram um início de campanha atribulado na fase de grupos da Champions desta temporada. Os Germânicos deslocaram-se ao reduto do As Monaco e foram derrotados por 1-0 (golo de Moutinho). No entanto, ficou no ar a ideia de que o Leverkusen foi sempre mais forte e que apenas a falta de pontaria das suas estrelas (Bellarabi, Çalhanoglu, Son e Kiessling) não permitiu à turma de Roger Schmidt sair do Principado Monegásco com a vitória.

Çalhanoglu teve um dia desinspirado frente ao Monaco. (Fonte: UEFA)

Quanto ao Benfica, também perdeu o seu primeiro jogo, em casa, frente ao Zenit de AVB por 2-0. O Campeão Nacional foi castigado por uns primeiros 20 minutos abaixo do que é exigido para a Champions e que ditaram uma derrota que complica as contas para a passagem à fase seguinte. Igualmente, a expulsão de Artur Moraes complicou a tarefa de uma equipa, que com 10 elementos conseguiu bater-se melhor do que com 11.

Witsel marcou frente à sua antiga equipa. (Fonte: Lusa)

Duas equipas em momentos de forma distintos...Mas obrigadas a ganhar

À partida para esta segunda jornada, Leverkusen e Benfica ocupam o terceiro e quarto lugar, respectivamente, do grupo, com 0 pontos. Dado este facto, apenas a vitória interessa às duas equipas, de maneira a manter viva a ambição de seguir em frente na prova de Elite do futebol Europeu.

Uma pressão acrescida existe para o Leverkusen, não só por jogar em casa, mas também pela série de resultados menos favoráveis. Depois de um arranque fenomenal sob o comando de Roger Schmidt (5 vitórias em 5 jogos), os Alemães enfrentam uma série de jogos menos brilhante, em que apenas venceram uma das últimas cinco partidas, frente ao Augsburgo, tendo acumulado 2 derrotas e outros tantos empates. O jogo frente ao Benfica será uma oportunidade de ouro para fechar o ciclo negativo e dar início a um ciclo ganhador. Num momento em que o efeito Roger Schmidt é posto em causa pelos adeptos do clube e pela imprensa, só uma vitória interessará aos Germânicos.

Quanto ao Benfica, as Águias são líderes isoladas do Campeonato Nacional e vêm de uma série de resultados internos muito positivos (5 vitórias em 6 jogos). No entanto, o último resultado frente ao Estoril deixa alguma apreensão, nomeadamente no nível defensivo, à semelhança do que tinha acontecido a seguir à derrota frente ao Zenit. Na mesma óptica do que o seu adversário, ao Benfica apenas a vitória interessa. Mais uma vez, o Benfica efectuou um investimento elevado nesta época e uma derrota (ou até mesmo um emapte) pode complicar muito as contas do apuramento para Jorge Jesus.

Antevisão da partida

Para o jogo de Quarta-Feira, podem-se se esperar duas equipas muito ofensivas, que procurarão nada mais que a vitória. Do lado Alemão podemos esperar uma pressão asfixiante, principalmente no primeiro quarto de hora. Esta é uma imagem de marca de Roger Schmidt e é vista como uma das principais ameaças dos Germânicos. Irá caber ao Benfica montar uma estratégia que limite a pressão adversário, não podendo cair no erro de baixar demasiado as linhas, sob pena de ser encurralado pelo carrossel atacante do Bayer.

Igualmente, o sucesso do Benfica neste jogo vai depender muito da acção de Samaris e Enzo Pérez. Para que as hipóteses do Benfica aumentem, os dois centro campistas deverão anular as acções criativas de Çalhanoglu, que tentará sempre procurar as costas da defesa, em lançamentos para a velocidade de Bellarabi e Son ou o jogo directo, através de lançamentos para Kiessling. Ainda, este jogo será um verdadeiro teste à coesão da dupla Luisão-Jardel, que muito tem dado que falar (mais pelo segundo elemento da dupla).

Kiessling dará muito trabalho a Luisão e Jardel. (Fonte: UEFA)

Quanto ao Benfica, será certamente um à imagem do que Jesus nos tem habituado. Um Benfica pressionante e ofensivo, mas que terá que tomar as devidas cautelas e resitir bem à pressão do adversário, principalmente nos primeiros minutos de jogo. Caso o Benfica consiga suster a pressão, o Leverkusen irá ficar fisicamente desgastado e aí os Encarnados poderão expôr todo o seu futebol. Neste jogo, a chave encontra-se na primeira fase de construção.

Caso o Benfica consiga ultrapassar o primeiro bloco de pressão Alemão, formado pelo quarteto mais adiantado (Kiessling, Bellarabi, Son, Çalhanoglu) e os dois médios (Bender e Castro/Reinartz), irá por a nu as fragilidades defensivas do Bayer Leverkusen e poderá servir-se com eficácia do seu contra-ataque mortífero, graças à velocidade de Nico Gaitán ou Salvio. Igualmente, este será um teste para Samaris. O Grego tem demorado a adaptar-se ao esquema de Jesus e tem mostrado alguma falta de intensidade e para que o Benfica saia com uma vitória da Alemanha, o trabalho de pressão e construção do internacional Helénico será fundamental.

Onzes prováveis

Do lado do Leverkusen, as únicas dúvidas são Boesnish e Castro. O lateral não actuou no jogo do fim de semana da Bundesliga e está em dúvida, à semelhança do que acontece com Castro.

Do lado do Benfica, a grande dúvida está na baliza. Artur Moraes (suspenso) e Paulo Lopes não foram convocados, sendo que Jesus levou Júlio César, Bruno Varela e Miguel Santos para a deslocação à Alemanha. Ao que tudo indica, o guardião Brasileiro está apto mas caso não esteja, o treinador Encarnado já fez saber que será Bruno Varela o titular.

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