Depois de um longo período sem competir (até devido à ausência na Taça de Portugal), o FC Porto encarava novo desafio na Bielorrússia e na prova onde se tem exibido a melhor nível esta época.

Na conferência de imprensa, Lopetegui repetira uma ideia que já vem defendendo: escolheria o melhor onze possível perante aquele adversário em concreto. A verdade é que, para os adeptos dos Dragões, há sempre uma expectativa especial antes do jogo para verificar qual será a surpresa basca do dia.

De volta ao trio de médios que tem Casemiro como pêndulo, Herrera como motor e Óliver Torres como definidor, em conjunto com uma motivação que, neste Porto versão galáctica, deixa os jogadores transcenderem-se em jogos de Liga dos Campeões, (não deve deixar de se notar a escolha de Marcano em detrimento de Maicon, algo que se vem tornando cada vez mais recorrente e com resultados ainda não conclusivos) adivinhava-se um jogo muito complicado para a equipa da casa, o BATE Borisov, pior defesa da competição.

Herrera quebrou o gelo

Contra as expectativas iniciais, o BATE aparecia em jogo com vontade de desmentir a imagem que tem deixado esta época à europa do futebol. Uma equipa expectante, organizada e muito solidária, apesar de não ter problemas de, reconhecendo as suas limitações, entregar ao adversário a iniciativa de jogo. Foi isto que os dragões encontraram em Borisov, no fundo aquilo a que estão habituados no campeonato nacional.

As dificuldades encontradas pelo FC Porto estenderam-se durante toda a primeira parte apesar dos quase 70% de posse bola e apenas se foram desvanecendo aos 56 minutos, e de que maneira! Herrera vai demonstrando a sua veia goleadora na Europa (já tinha marcado ao Lille, fora e Athletic, em casa) e deixou na Bielorrúsia um golaço, certamente candidata a melhor desta jornada da Liga dos Campeões.

Herrera foi figura de destaque

Jackson voltou a fazer o gosto ao pé...europeu

A partir do primeiro golo, tal como em Portugal, os espaços foram aparecendo e a organização da equipa adversária foi também enfraquecendo… Com Casemiro, Óliver e Herrera, principalmente este, particularmente inspirados, o FC Porto foi eficaz e conseguiu marcar mais dois golos até final em dois lances muito bem conseguidos (e com Herrera a assistir com classe), finalizados primeiro por Jackson Martínez e depois por Tello.

Com mais um golo, Jackson aumentou a conta de golos na Europa para seis tentos, transformando-se no melhor marcador da equipa, seguido por Brahimi e depois pelo mexicano Herrera. O FC Porto soma assim mais 3 pontos e consolida o primeiro lugar do grupo, com 13 pontos.