Após a vitória a meio da semana por três bolas a duas frente à equipa do Vizela, partida a contar para a Taça de Portugal, encontro onde os leões protagonizaram uma exibição de fraca qualidade, o conjunto orientado por Marco Silva visitou o Estádio da Madeira pressionado pelas vitórias de FC Porto e Benfica, onde os leões não poderiam perder pontos sob pena de a distância para os rivais se avolumar ainda mais.

Com Nani novamente ausente da convocatória por lesão, Marco Silva protagonizou algumas alterações no onze relativamente ao encontro com o Vizela, retirando jogadores como Naby Sarr e Oriol Rosell do alinhamento inicial, e jogando desta vez com apenas um avançado centro, relegando Fredy Montero para o banco de suplentes. Do lado do Nacional da Madeira, Suk era a principal dúvida para o jogo deste domingo, ainda que tenha acabado por alinhar de início. Suk que aliás protagonizou um excelente jogo, sobretudo na primeira parte.

Primeira parte repartida, disputada a um ritmo intenso

Apesar do elevado ritmo de jogo e das intensas disputas de bola protagonizadas ao longo do encontro, o jogo raramente foi bem jogado, sendo que as perdas de bola por parte das duas equipas foram a tónica principal de um jogo equilibrado, a pender para o lado dos leões, sobretudo pela melhoria de rendimento protagonizada ao longo da segunda parte pelos mesmos.

A nota dominante da primeira metade de jogo foi de facto o equilíbrio, onde as duas formações proporcionaram uma intensidade frenética de jogo, ainda que a qualidade futebolística apresentada tenha sido relativamente baixa. Até no contexto das oportunidades de golo, o jogo foi equilibrado na primeira parte, sendo que do lado dos sportinguistas, Slimani esteve bem perto de marcar aos 29 minutos de jogo após cruzamento na direita de Carrillo, ao passo que do lado do conjunto insular, Rondon esteve muito perto do golo aos 31 minutos de jogo a passe de Gomaa. Destaque para o último jogador que realizou uma boa partida, dando criatividade ao meio campo do conjunto orientado por Manuel Machado. Também Suk, ponta de lança sul-coreano realizou um jogo muito bem conseguido, sobretudo na primeira parte onde foi fulcral na receção de passes longos de costas para a baliza, e na consequente libertação do esférico para homens que apareciam em velocidade, bem perto da área leonina como o extremo Marco Matias, que realizou igualmente uma exibição muito bem conseguida, sobretudo na primeira parte.

No entanto, se há jogador no conjunto madeirense que tem de ser destacado, esse homem é claramente Ghazal. O trinco egípcio de 22 anos protagonizou uma notável exibição, ocupando de forma muito inteligente os espaços, não deixando o meio campo leonino circular a bola com espaço e critério, pressionando os sectores de ligação leoninos e anulando a ação de jogadores como Adrien ou até mesmo João Mário, que se apresentaram a um nível abaixo do habitual, sobretudo Adrien que pareceu sempre desgastado fisicamente ao longo da partida.

Momento decisivo da partida ocorreu num pontapé de canto

Decorria o minuto 51 da partida quando após um canto na esquerda cobrado por Jonathan Silva, Slimani superou nas alturas o seu oponente directo, cabeceou para intervenção apertada de Gottardi, que libertou a bola em zona perigosa para Mané, que só teve de encostar para apontar o único golo da partida que viria a dar os 3 pontos à equipa leonina.

O que é certo é que ao longo da segunda parte, os leões melhoraram exibicionalmente, ocupando ao longo de um significativo período de tempo, o meio campo dos madeirenses, ainda que William, responsável ao longo da partida pela ligação de sectores a partir de passes longos direccionados para os corredores, tenha falhado imenses passes e comprometido algumas jogadas de ataque. Destaque para Slimani que protagonizou uma exibição muito bem conseguida, lutando muito e baixando inúmeras vezes a fim de apoiar o ataque leonino e de envolver os extremos Carrillo e Mané no processo de incursão à área madeirense. O jogador argelino, foi a par de Paulo Oliveira, o melhor jogador da equipa leonina. O último esteve impecável na hora de bloquear as intervenções insulares junto à área leonina. Pela negativa destacaram-se jogadores como Adrien, que acabou mesmo por ser expulso ao minuto 78.

Do lado do conjunto orientado por Manuel Machado, o jovem Willyan entrou bem no jogo, chegando a agitar os sectores mais recuados dos leões, ao contrário de Reginaldo que substituíu Rondon aos 75 mas não chegou a aparecer no jogo. Do lado leonino, André Carrillo apresentou-se a um bom plano na segunda metade da partida, onde para além de ter proporcionado algumas investidas pelos corredores, defendeu com qualidade e afinco após a expulsão de Adrien, altura em que o Sporting foi obrigado a baixar as suas linhas a fim de manter a vantagem. Foi igualmente importante nos momentos finais onde mediante a sua qualidade técnica e excelente relação com a bola, ajudou a congelar o jogo, permitindo aos leões assegurarem a vantagem até ao apito final.

Apesar de a partida ter sido equilibrada, sobretudo na primeira metade, o Sporting foi estatistica e exibicionalmente mais forte, ainda que não de uma forma significativa. O resultado aceita-se, pelo facto de um maior número e mais flagrante de oportunidades de golo, terem sido protagonizadas pelos leões, ainda que as boas exibições de jogadores como Zainadine Júnior, Ghazal, Gomaa, Suk, Boubacar ou Marco Matias, tenham dificultado a vida ao conjunto leonino.

O Nacional foi sempre uma equipa bem organizada que procurou surpreender o Sporting sobretudo a partir da velocidade dos seus avançados aquando o contragolpe, facto que proporcionou aos insulares oportunidades perigosas de golo, sobretudo na primeira metade da partida. O conjunto de Alvalade, foi no entanto mais eficaz e assegurou a conquista dos 3 pontos, ascendendo provisoriamente à quarta posição da tabela classificativa.

VAVEL Logo
Sobre o autor