Quando souberam da boa nova da derrota do Porto, nos Barreiros, os jogadores encarnados terão pulado de alegria: a oportunidade ganhava forma para que, na Segunda-feira, um dia depois do desaire portista, o Benfica consumasse em estilo de vitória uma vantagem que se iria fixar em 9 pontos. Mas para tal se concretizar, havia que bater o Paços de Ferreira - e o Paços não deixou; aliás, quem saiu vergado da Mata Real foi mesmo o Benfica.

Frustado, espantado, embaraçado: assim terá terminado o jogo o Benfica, rendido ao inteligente colete-de-forças imposto por Paulo Fonseca e seus homens ao tronco das águias, manietado pela boa orientação defensiva pacense e pela atrevida capacidade de sair a jogar sem preconceitos. No fim dos 90 minutos, o Benfica deixava escapar uma flagrante oportunidade para fechar as contas do campeonato e arrumar a competição do mesmo no bolso.

Com nove pontos de avanço, que seriam sempre dez na realidade, apenas por milagre conseguiria o Porto apanhar o lançado Benfica, ainda para mais tendo em conta a pouca competitividade da Primeira Liga portuguesa. Os encarnados, que apenas tinham perdido 5 pontos na primeira volta, encaravam o duelo na Mata Real com a confiança de um líder incontestado. O golo pacense de Sérgio Oliveira, em cima do minuto 90, deitou um balde água fria sobre a águia mas benzeu o desesperado dragão.

Com um Salvio desinspirado, um Ola John apagado e um Lima perdulário, os encarnados estiveram perto de tocar o céu mas apenas tocaram a barra: o remate de Lima, punindo um grande penalidade inexistente, deitou abaixo a águia e motivou o Paços; três bolas na trave não chegaram para assustar os «castores», que resistiram até à estocada final, provocada por um erro de Eliseu sobre Hurtado - era uma vez um campeonato que se ganhava à 18ª jornada...

 

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