Na antevisão da partida da 29ª jornada frente ao Belenenses, no Restelo, Jorge Jesus abordou a polémica em torno dos jogadores emprestados e expressou a sua opinião. 

«Aquilo que eu penso é que qualquer jogador que esteja emprestado pela equipa-mãe não deve jogar. Não há na lei nada que permita que isso possa acontecer mas devia haver. Para o ano, devia haver uma lei "jogador que está emprestado não pode jogar"», começou por referir.

Para o treinador português, não existe outra forma de defender o jogador cedido. «Se nesse jogo - porque tem que fazer, ele é profissional e vai para o jogo - joga bem e  faz um golo ou dois (...) Como é que vai ser depois o seu regresso ao clube? Como é que os adeptos olham para esse jogador, querendo ou não perceber que ele fez a sua obrigação? Não é fácil. Para defender o jogador e o futebol, esses jogadores que estão emprestados não devem jogar: esta é a minha opinião», explicou.

Recorde-se que, na época transacta, os Azuis do Restelo - que medem forças com o Benfica nesta ronda da Liga NOS - alinharam sem as estrelas Miguel Rosa e Deyverson, que têm um passado ligado aos encarnados, gerando uma enorme especulação e abrindo um debate em torno deste tema, já que não foi adiantada uma explicação credível e sólida que justificasse a ausência dos jogadores.

De resto, o vice-presidente da SAD do Belensenses afirmou, à data, que os atletas são jogadores do Belenenses, sob contrato, e que é o clube de Belém que lhes paga, exclusivamente, o salário. «O Benfica tem uma cláusula de recompra fixada. Há até um contrato assinado que entra em vigor imediatamente se o Benfica acionar a opção.», acrescentou. 

O caso foi reaberto em Janeiro do presente ano pelo Conselho de Disciplina da FPF, como resultado de uma reclamação apresentada pelo Sporting contra o arquivamento da queixa que havia apresentado contra o Benfica no âmbito deste processo.