O ponto principal de interesse da partida entre Sporting e Sporting de Braga focava-se num possível prefácio à final da Taça de Portugal, a ser jogada por ambos no próximo dia 31 de Maio. Com o Jamor em mente, Marco Silva fez entrar um onze muito próximo daquele que provavelmente iniciará o jogo no Estádio Nacional, excepção feita para Tobias Figueiredo, Freddy Montero e, talvez até Miguel Lopes. Do lado dos bracarenses o cenário era diferente, perante as muitas ausências, a maioria devido a lesão, Sérgio Conceição foi obrigado a muitas mexidas no onze; Marcelo Goiano, Núrio ou Dolly Menga foram apenas algumas das novidades na equipa inicial dos arsenalistas.

Erro com erro se paga

O Sporting cedo tomou conta da partida, perante um adversário bem fechado e à espera do contra-ataque, os leões iam-se acercando da área bracarense, contudo sem nunca criar verdadeiras situações para marcar. O primeiro verdadeiro remate acabou por ser dos bracarenses, com Pardo a rematar bem perto da baliza leonina. Com o jogo atado, e muito disputado a meio-campo, o primeiro golo surgiu através de um erro defensivo; treze minutos de jogo e Luiz Carlos a ser derrubado na área por Tobias Figueiredo, uma entrada pouco ponderada do jovem central leonino, e que acabou por resultar no primeiro golo da partida, já que Felipe Pardo não vacilou e converteu o castigo máximo.

Ao contrário de episódios recentes, os homens de Marco Silva reagiram bem ao golo adversário, e podiam ter chegado ao empate logo de seguida, mas o remate de Carrillo saiu um pouco ao lado. Os leões continuavam em busca da igualdade, mas iam cometendo muitos erros, principalmente no último passe; perante a desinspiração colectiva, Montero tentou resolver sozinho, aos 32 minutos o colombiano este perto do golo, mas o chapéu a Matheus que acabou devolvido pela barra.

A insistência dos verde-e-brancos acabou por pagar dividendos já bem perto do intervalo; já em período de compensação, e num lance aparentemente inofensivo, Dolly Menga acabou por fazer falta sobre Carrillo na área arsenalista, chamado a converter, Adrien não se fez rogado e empatou a partida à beira do intervalo. (foto: desporto.sapo.pt)

Golos e arrepios

O segundo tempo começou como o primeiro, o Sporting ao ataque, perante um Sporting de Braga que já não se mostrava tão afoito nas saídas para o ataque. Perante tal domínio e fluxo ofensivo, os leões acabaram por dar a cambalhota no marcador com naturalidade; apenas sete minutos na segunda parte e um canto da esquerda encontrou a cabeça de William Carvalho (o melhor em campo!), Matheus ainda defendeu o cabeceamento do internacional português, mas foi incapaz de travar a recarga de Tobias Figueiredo, o jovem central redimia-se assim do erro no golo dos bracarenses.

Apesar da vantagem os leões não tiraram o pé do acelerador, continuando em busca de mais golos; já Sérgio Conceição tirou o avançado Menga por troca com Salvador Agra, passando a jogar com um trio ofensivo sem posições definidas. Apesar destas mudanças, os minhotos mostravam-se inofensivos no ataque, revelando também dificuldades para travar o futebol ofensivo do Sporting

Apesar do forte pendor ofensivo, os leões continuavam a falhar no último passe, fosse por simples desinspirações, ou adornos a lances de execução aparentemente simples. Contudo o terceiro golo acabou mesmo por chegar, 74 minutos de jogo e, num dos múltiplos ataques leoninos, a bola sobrou para a cabeça da área onde estava Adrien, o médio atirou colocado, sem qualquer hipótese para o desamparado Matheus. Os homens de Braga, desta feita, até encetaram uma reacção digna do nome; primeiro Danilo de longe, e depois Rafa no coração da área, não foram capazes de fazer o golo que relançaria os arsenalistas na discussão do resultado.

Para os 83 minutos ficou guardado um dos momentos da tarde; no seu último jogo esta época em Alvalade, Nani foi substituído e brindado pelo aplauso de 36 mil leões, que de pé disseram adeus a uma das principais figuras da sua história recente, naquele que foi um momento capaz de arrepiar o mais frio dos corações.

Até final da partida o Sporting teve ainda tempo de marcar mais um golos; na última jogada do encontro o cruzamento de Carrillo na direita encontrou Silmani que apenas teve de enconstar e fechar a contagem em Alvalade. 

O Sporting venceu de forma clara e justa, chegando ao Jamor com vantagem anímica perante o adversário. Todavia, espera-se uma partida totalmente diferente no dia 31 de Maio onde, ao contrário do jogo deste Domingo, muito estará em jogo.

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