Os minutos passavam em Guimarães e o Benfica, ineficaz, via a baliza de Douglas cada vez mais trancada, ao passo que se confirmava, à passagem de cada segundo, a decisão do título de campeão para a jornada final. Isto porque o FC Porto vencia, no Restelo, o Belenenses, com um golo do incontornável Jackson Martínez.

Mas ao minuto 85 do Belenenses x FC Porto tudo mudou, como um vendaval que, partindo de Belém, fez grande parte das bancadas do D. Afonso Henriques saltaram de alegria: Dálcio assistiu Tiago Caeiro e este, não se fazendo rogado, bateu Helton e despejou um autêntico balde de água fria na cabeça dos portistas.

O mundo do Dragão abanou e, em pleno contraste, o reino encarnado vibrou de júbilo e alegria - assim, a conjugação dos dois empates deixava o Benfica virtualmente campeão. Perante a incapacidade do Benfica em marcar golos no reduto do Vitória, foi o colectivo do Restelo a resolver a luta pelo título.

O golo belenense, merecido devido ao positivo caudal ofensivo dos Homens da Cruz de Cristo, penalizou um FC Porto amorfo e adormercido e expôs um Dragão inapto, que nunca soube aproveitar os deslizes do líder Benfica - também na Choupana, relembre-se, o Porto desperdiçou um grande tropeção encarnado.