A noite desta Segunda-feira terminou com a recepção do SC Braga à equipa da Luz, num jogo a contar para a 12ª jornada do Campeonato Nacional. Apesar de pender mais para uma supremacia bracarense, a partida ditou mesmo a vitória do Benfica, perante os 17.396 adeptos no Estádio AXA.

Primeira parte: A supremacia encarnada começou cedo

Os primeiros 11 minutos foram absolutamente frenéticos para o último reduto da Luz. Ainda mal se percebia a supremacia inicial do Benfica, já Pizzi aproveitava uma oportunidade incontestável e fazia o primeiro da partida aos 3 minutos de jogo. Numa jogada em que Mitroglou brilhou, controlando a bola na área do Braga com perícia e encetando uma excelente luta pela bola, resistindo à defesa adversária e fazendo um passe de excelência. Pizzi não hesitou e controlou a bola, teve um excelente sentido de oportunidade e rematou sem qualquer hesitação para o primeiro da partida, que Baiano esteve perto de cortar  na linha de golo mas sem sucesso.

Apesar da vantagem do adversário no marcador numa altura tão inicial da partida, o Braga não se deixou intimidar e levou a cabo algumas tentativas de resposta. Foi o caso de Alan, aos 6 minutos, e não fosse Júlio César talvez o marcador se tivesse equilibrado. O jogo mostrava-se intenso e com pressão para ambos os lados. Mas se o Braga não esmoreceu, o Benfica também não se contentou com a vantagem tão curta e, menos de 10 minutos depois, fazia o segundo da partida. O destaque ficou nos centrais do Benfica Pizzi bateu um canto e a bola sobrou para Jardel, que a colocou na área, chegando aos pés de Lisandro López que, qual ponta-de-lança qual quê, controlou a bola com o peito e chutou com energia para mais um tento que pôs as bancadas dos visitantes ao rubro.

Apesar da infelicidade do resultado que o marcador demonstrava, o Braga não cedeu e continuou a fazer os corações dos adeptos no estádio AXA a pararem. Aos 15 minutos, uma dupla oportunidade poderia ter reduzido a vantagem do adversário. O primeiro a perder foi Hassan, que cabeceou ao poste, e seguiu-se Rafa que, na recarga, rematou para marcar mas brilhou Júlio César numa defesa de um autêntico craque. Minutos depois era o Benfica que podia ter mexido no marcador, depois de Luiz Carlos perder uma bola perigosa no meio-campo que Mitroglou apanhou e, dentro da área, tentou o tento, mas destacou-se o guardião Kritciuk. Foi por esta altura que o Braga se começou a superiorizar ao Benfica, estando por diversas vezes perto de reduzir a diferença do resultado – foi o caso de Boly que cabeceou perigosamente, safando o ferro da baliza o golo.

Tentativas sem sucesso à parte, em que em grande destaque esteve Júlio César auxiliado pela falta de sucesso em finalizar, a primeira parte terminou mesmo com o resultado que o Benfica conseguiu nos primeiros 11 minutos, partindo as águias com vantagem para a segunda parte.

Segunda parte: A falta de pontaria falou mais alto

O segundo bloco de jogo seguiu a tendência que o primeiro tinha mostrado. Com o jogo equilibrado, ambas as equipas foram promovendo jogadas de ataque sempre com o golo em vista. Aos 47 minutos surgiu uma dessas tentativas, com Ricardo Ferreira a aparecer num local bem posicionado mas com um remate frouxo, que Júlio César defendeu sem problemas. Segundos depois era a vez de o Benfica ganhar um livre perigoso que Gaitán cobrou, mas a bola foi alta demais e bateu na barra. Inspirado, Gaitán voltou a procurar o golo e rematava com qualidade, mas o guardião bracarense foi bem sucedido na defesa. Sem desmotivar, quatro minutos. depois o Braga voltava a assustar Júlio César, com a bola a acertar em cheio no ferro, mais uma vez.

Apesar de a iniciativa do jogo pertencer ao Braga, o golo não chegou para a equipa da casa que, apesar de muito tentar, encontrou ao longo dos 90 minutos grandes dificuldades na finalização.  Nem os 4 minutos de compensação chegaram ao último reduto do Braga para reduzir a vantagem, embora a equipa tenha suado para lá chegar. No final, o Benfica acabou mesmo por vencer por duas bolas a zero. Contas feitas, o Benfica conseguiu uma crucial conquista na Liga, mantendo-se na corrida pelo título, ultrapassando o Braga e contando agora com 21 pontos e um jogo a menos, no lugar de bronze do pódio. O Braga, por sua vez, desce para a quarta posição com os mesmos 20 pontos, perigosamente perto do Benfica.