Os Leões partiam para este jogo na primeira posição com 5 pontos de vantagem em relação ao segundo classificado, o Futebol Clube do Porto. Consciente de que era imperial conquistar os três pontos, Jorge Jesus fez alinhar o seu habitual onze titular dos últimos jogos para a liga, jogando num 4-4-2 com Slimani e Montero na frente de ataque. Relegou Gelson Martins e Matheus Pereira para o banco de suplentes, apostando na entrada dos extremos na segunda metade da partida. Em oposição, Bryan Ruiz e João Mário alinharam de início nas alas.

Jogo morno com Sporting a mastigar demasiado o jogo

O Sporting entrou com intenções de dominar o jogo desde início, tendo Fredy Montero dado criatividade e dinâmica ao futebol ofensivo dos Leões ao baixar no terreno e criar jogadas de envolvimento com os seus colegas de equipa no último terço do terreno. A equipa leonina depressa conseguiu criar perigo. Logo aos 4 minutos de jogo, Adrien Silva esteve perto do golo a passe de Montero.  No entanto, e jogando num bloco médio baixo, depressa o Belenenses se organizou muito bem no terreno e dificultou a ação da equipa verde e branca. Aliado a este facto, o Sporting tornou os seus processos de construção previsíveis ao atacar ao longo da primeira metade quase sempre pelo lado direito do terreno, a partir de homens como Adrien, João Mário ou João Pereira (que atacou sempre melhor do que defendeu).

Tais incursões pouco surtiram efeito. A acção de Kuca (o melhor elemento em campo do Belenenses), de André Sousa e de Filipe Ferreira, foi decisiva a fim de que os ataques pelo lado direito por parte da equipa de Jorge Jesus não fossem particularmente profícuos. O Belenenses ao recuperar o esférico, tentava aproveitar a velocidade de Luís Leal e de Sturgeon, servindo-os com passes longos. Contudo, a pressão directa sobre os mesmos  por parte de Paulo Oliveira e de Ewerton, anulou quaisquer hipotéticas ações perigosas. Rui Patrício teve uma noite muito tranquila na baliza dos Leões.

A equipa do Sporting mastigou muito o jogo na primeira parte, tendo os seus jogadores falhado um elevado número de passes. William Carvalho não conseguiu ligar bem os sectores, tendo realizado uma exibição pouco positiva. Esteve lento a decidir e foi pouco dinâmico. O lance de maior perigo no primeiro tempo saíu dos pés de Bryan Ruiz após um grande acção individual onde o craque costa riquenho  passou por vários jogadores da equipa adversária e proporcionou uma enorme defesa a Ventura ao minuto 38.

Belenenses estacionou o autocarro, Jesus lançou setas Gelson e Matheus

Na se verificaram quaisquer alterações à entrada para a segunda parte. O Belenenses manteve um bloco médio baixo e o Sporting foi jogando no meio-campo defensivo da equipa de Ricardo Sá Pinto. Tal como na primeira parte, houve pouca intensidade na equipa do Sporting. Apesar de ao invés do primeiro tempo, a equipa orientada por Jorge Jesus ter alternado os ataques entre o flanco esquerdo e o direito, tornando-se menos previsível, a circulação do esférico era pouco veloz e os jogadores criavam poucos desiquilíbrios. A equipa pareceu sempre acusar o desgaste do jogo a meio da semana em Moscovo.

Com vista a alternar essa realidade, Jesus lançou Gelson Martins ao minuto 58. O jovem extremo não conseguiu de forma significativa fazer juz à sua capacidade desiquilibradora. Ao invés, foi Matheus Pereira que depois de entrar ao minuto 67 para o lugar de Fredy Montero,  proporcionou algumas jogadas de perigo. Jesus lançou ainda Tanaka ao minuto 80 para o lugar de Bryan Ruiz, sem que o japonês tenha acrescentado qualidade aos processos ofensivos da equipa. Nesta altura, jogava-se mais com o coração do que com a razão.

Momento chave do jogo:

Após um cruzamento de William Carvalho no centro do terreno, Tonel joga a bola com o braço (pressionado por Slimani) e comete grande penalidade ao minuto 91. William Carvalho assumiu a responsabilidade e converteu com sucesso a grande penalidade, dando três preciosos pontos à equipa de Alvalade, que assim mantém a vantagem de 5 pontos relativamente ao Futebol Clube do Porto (ainda que com mais um jogo disputado).

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