O Benfica entrou na Luz com um 11 alternativo, com relevo para o regresso à competição de Luisão, que esteve fora dos relvados durante 5 meses. Os pupilos de Rui Vitória estiveram incríveis na 2ª parte e nem mesmo o golo de Rafa na 1ª etapa impediu Jonas e Jiménez de conduzir os encarnados rumo à final da Taça da Liga. O Braga falhou o acesso ao jogo decisivo, cabendo ao Benfica defender o troféu conquistado na época passada.

Primeira parte: Rafa superou a águia

O Estádio da Luz foi o palco da apaixonante meia final da Taça da Liga, que opôs o Benfica ao Braga. O técnico Rui Vitória rodou o plantel, apostando em águias pouco utilizadas como Grimaldo, Sílvio, Luisão, Samaris, Salvio, Carcela, Talisca e Jiménez. O Braga, por sua vez, foi a Lisboa jogar com a melhor equipa disponível, com o intuito de tentar chegar à final da prova.

Luisão voltou a pisar os relvados // Foto: Facebook do SL Benfica
Luisão voltou a pisar os relvados // Foto: Facebook do SL Benfica

Os encarnados deram o pontapé de saída e foram mesmo as águias a assumirem as rédias do duelo, perante um Braga que começou o jogo na expectativa de aproveitar perdas de bola dos pupilos de Rui Vitória. O mexicano Jiménez foi o 1º a tentar chegar ao golo, mas André Pinto tirou o pão da boca do avançado, resolvendo um lance bem desenhado pelas águias. Nos arsenalistas, Rafa, para não variar, foi o mágico do minho, e Sílvio teve dificuldades em acertar com a marcação nos instantes iniciais.

Antes de chegar ao 1º quarto de hora, relevo para uma cavalgada de Carcela. O marroquino deixou um bracarense no tapete, cruzou e encontrou a cabeça de Salvio, que falhou as redes de Matheus por escassos centímetros. Na resposta, o Braga viria a chegar ao golo por intermédio de Rafa. O jovem talento recebeu o esférico e rematou com muita classe depois de um passe açucarado de Djavan, ao minuto 19. Os arsenalistas galvanizaram-se e no minuto a seguir ao golo Wilson Eduardo pecou na hora de ampliar a vantagem. O Benfica sentiu muito o golo sofrido, mas ainda assim fica o registo para a boa exibição de Grimaldo, que foi de longe quem melhor aproveitou a chance dada por Vitória nesta revolução na equipa.

Os bracarenses bloquearam a pouco e pouco o miolo do Benfica, faltando dinâmica ao futebol de Renato. A jovem águia não teve espaço para conduzir a bola até à frente de ataque e, claro, o futebol das águias ressentiu-se disso. O Braga baixou estrategicamente o ritmo e a bola não chegava sequer a Talisca e Jiménez. A falta de rotinas de Luisão quase foi aproveitada por Wilson, mas o tiro saiu fraquinho para as mãos de Ederson. O mexicano Jiménez lutou contra a monotonia e a caminho do intervalo rematou forte pela primeira vez na partida, valendo Matheus a defender com muita classe para canto. Na sequência, Sílvio ganhou espaço, mas atirou fraco à figura do guardião brasileiro do Braga.

As águias superiorizaram-se nos minutos finais do 1º tempo // Foto: Facebook do SL Benfica
As águias superiorizaram-se nos minutos finais do 1º tempo // Foto: Facebook do SL Benfica

Nesta recta final da 1ª parte as águias voaram mais alto, e o melhor jogador dos encarnados, Grimaldo, testou também ele os reflexos de Matheus, que negou o empate uma vez mais. O Braga fez tudo para manter a vantagem até ao descanso, sendo notável o médio Luiz Carlos que pressionou, defendeu e distribuiu jogo para os companheiros. Ao intervalo a vantagem mínima do Braga aceita-se, mas a ponta final da 1ª etapa fazia antever um Benfica mais dinâmico e perigoso na 2ª parte.

Segunda parte: JJ de Jonas e Jiménez garante nova final

Para a 2ª etapa da meia final, Rui Vitória retirou Renato do 11 e lançou Jonas, já a pensar no jogo decisivo para a Liga NOS diante o Marítimo. O estratega Paulo Fonseca não alterou qualquer peça no xadrez, iniciando a 2ª parte com uma vantagem mínima. O Benfica regressou das cabines decidido a tentar chegar ao empate, e Salvio deu o 1º sinal de perigo com tiro potente. Pouco depois, o mesmo Salvio correu como um foguete e, quando se preparava para marcar, permitiu ao Braga cortar. Foco neste lance para o passe incrível de Talisca para o argentino.

O extremo viria mesmo a ser substituído e Rui Vitória faria entrar Gonçalo Guedes, que entrou e viu Jonas empatar ao minuto 59. O brasileiro fletiu da direita para o meio depois de captar um passe de Carcela, rematando depois como um verdadeiro ponta de lança para a igualdade. As águias melhoraram muito a qualidade de jogo e o Braga limitou-se a defender nos 20 primeiros minutos da 2ª parte. O artista do minho Rafa tentou remar contra a maré vermelha do Benfica, mas foram as águias a criar perigo por Jiménez. O mexicano surgiu oportunamente na área e rematou colocado muito perto do poste. O extremo Carcela subiu muito o seu rendimento, com relevo para lances velozes e cruzamentos muito venenosos para Jonas e Jiménez.

Jonas reacendeu a esperança encarnada ao empatar ao minuto 59 // Foto: Facebook do SL Benfica
Jonas reacendeu a esperança encarnada ao empatar ao minuto 59 // Foto: Facebook do SL Benfica

Ao minuto 71 o guardião Matheus resolveu tirar um frango da capoeira, e Jiménez aproveitou o disparate do guarda redes para dar a volta ao marcador. Numa meia final errar assim é suicida, e Jiménez não hesitou em mostrar os seus dotes de goleador perante um Matheus desastroso. Os guerreiros do minho tentaram reagir, mas neste 2º tempo o Benfica foi dono e senhor do esférico, não dando uma nesga aos minhotos para tentarem chegar à igualdade. Na marcação de um livre, Josué criou perigo, mas a bola passou ao lado do espectador Ederson. Em cima do minuto 90 Aron visou a baliza, mas a bola passou uma vez mais para fora. O avançado Stolikovic surgiu pouco depois na cara de Ederson, mas a direcção foi muito deficiente.

Pela segunda parte forte do Benfica o 2-1 a favor das águias justificou-se, e os encarnados garantiram assim a 7ª final da Taça da Liga em 9 edições.