O FC Porto visitou, este sábado, Vila do Conde para disputar com o Rio Ave os três pontos da jornada 33 da Liga NOS 2015/16, repetindo o resultado da época passada: 1-3.
A partida começou praticamente com o Rio Ave em vantagem, após um golaço de Postiga, mas Layún restabeleceu o empate aos 20' e conseguiu levar o empate para o intervalo. Depois do descanso, Sérgio Oliveira completou a reviravolta e, já perto do final, Varela fez o resultado final.
Peseiro operou 7 mudanças, Pedro Martins apostou tudo
O jogo deste sábado ficou marcado por fortes alterações no onze inicial portista, com o técnico português a alinhar com 7 homens que não haviam disputado a última jornada, frente ao Sporting: mantendo apenas Maxi, Chidozie, Sérgio Oliveira e Brahimi, Peseiro lançou Helton, Marcano, Layún, Rúben Neves, André André, Varela e André Silva.
Do outro lado, Pedro Martins também surpreendeu ao apostar em Yazalde e Hélder Postiga na frente de ataque, com os extremos Heldon e Kuca a apoiarem o assalto à Liga Europa.
Postiga fez sonhar... por quinze minutos
Sabendo de antemão que o Paços de Ferreira tinha perdido por 1-4 frente ao Tondela, o onze delinhado por Pedro Martins parecia ter como objetivo transmitir aos seus pupilos que o sexto lugar estava à distância de uma vitória e Postiga fez questão de reforçar essa mensagem.
Logo aos 5 minutos, o experiente avançado português aproveitou um passe de Wakaso, após perda de bola de Brahimi no processo construtivo, e rematou de forma indefensável para Héldon, ao ângulo superior esquerdo: um golaço a fazer lembrar os bons velhos tempos no... FC Porto.
Layún reequilibrou as contas de penalty
O golo madrugador de Postiga surgia, inevitavelmente, com um abalo para a equipa portista, lenta e previsível, e fazia cair sobre a cabeça dos adeptos mais pessimistas o desfecho negativo das recentes partidas.
Nesta altura, o FC Porto conseguiu uma oportunidade de ouro, ao conquistar um penalty, por falta de Edimar sobre André Silva, após cruzamento de Layún. Chamado a converter, o lateral-esquerdo não deu hipóteses a Cássio e igualou o marcador.
Intervalo com 1-1 no marcador
Ainda antes do intervalo, seguiram-se várias tentativas inglórias, de parte a parte, de passar para a frente do marcador.
Primeiro, foi Wakaso: aos 25', o médio armou um remate forte e de longe, mas a bola saiu ao lado da baliza do FC Porto. Depois, foi Sérgio Oliveira, que aos 38' correspondeu ao passe de Maxi para a entrada da área com um remate rasteiro, que Cássio defendeu sem grandes problemas.
Antes do fim da primeira parte, fica ainda uma nota para Postiga, que voltou a tentar a sorte, com mais um remate forte de longe, aos 39', porém, desta vez, o esférico saiu por cima da baliza defendida por Hélton.
Porto voltou melhor e chegou ao segundo
O primeiro lance com perigo na segunda parte surgiu aos 54', num livre de Brahimi, após falta Wakaso sobre Maxi, com o argelino a atirar a bola pouco por cima da barra do Rio Ave e a fazer soar o alarme vilacondense.
O Porto estava melhor e criava perigo frequentemente: num lance, André Silva quase roubava o esférico a Cássio, noutro Sérgio Oliveira lançou o último aviso à equipa orientada por Pedro Martins aos 56', com um remate fortíssimo, à entrada da área, descaído sobre o lado esquerdo do ataque portista, obrigando a defesa para canto.
O segundo golo chegou, então, aos 57': após a cobrança de um canto do lado esquerdo do ataque portista, a bola sobrou para a entrada da área, onde Sérgio Oliveira, completamente livre de marcação, não hesitou e atirou uma autêntica bomba para o fundo das redes de Cássio. Que tiro!
Tentativas falhadas, penalties inexistentes e Varela a selar o resultado
À passagem do minuto 63, o Porto esteve perto do sentenciar a partida, primeiro por Brahimi - com um remate já dentro da área, que encontrou o corpo de Marcelo como obstáculo - e depois por Maxi, que na ressaca do lance não fez melhor e voltou a acertar num homem vilacondense, conquistando apenas um canto, do qual não resultaria qualquer perigo.
Como não poderia deixar de ser, seguiram-se dois lances polémicos nas duas grande áreas, que o árbitro Bruno Paixão mandou seguir e bem: aos 68', o Rio Ave pediu penalty por alegada mão de Varela, após cruzamento de Héldon, mas a bola bateu na cabeça do jogador portista e aos 81', Brahimi, já dentro da área, fez uma boa finta e tentou obter uma grande penalidade com uma simulação evidente.
O terceiro e último golo do FC Porto surgiu por intermédio de Varela, aos 88', que apareceu bem nas costas de Edimar e Roderick para receber o passe longo de Maxi e colocar a bola junto do poste mais distante.
FC Porto treinou para o Jamor, Rio Ave ficou mais longe da Europa
Finda a partida, as mudanças de Peseiro permitiram que a equipa regressasse às vitórias e tivesse momentos de jogo interessantes, garantindo três pontos, num bom treino para a final do Jamor.
Por outro lado, a vitória portista acaba por ter mais significado (pelo lado negativo) para o Rio Ave, que assim complica as contas para a Liga Europa, por não ter aproveitado o desaire pacense na véspera e poder, inclusivamente, ser ultrapassado pelo Estoril, que recebe esta segunda-feira o Arouca, pelas 20:00.