Na conversa de botequim entre fãs de Basquete, sempre entra a discussão de quem é melhor Michael Jordan ou Kobe Bryant, horas depois Kobe é comparado com LeBron James. Não tem como comparar com Jordan, pois o camisa 23 não era humano. Entre os seres vivos cabíveis de erro que pisam nas quadras, Kobe Bryant foi o maior.

É inegável que os movimentos de Black Mamba eram parecidos com os  do Jordan, apesar de criticarem, Bryant foi o único capaz de reproduzir tais movimentos com uma enorme técnica e elegância.

Kobe desde criança já mostrava a genialidade, aos 12 anos, desafiou um colega do time em que seu pai jogava para uma partida mano a mano. A vitória do garoto Kobe rendeu frustrações do atleta profissional e uma forte bronca de Joe Bryant, pai de Kobe,  que proibiu o prodígio de desafiar outros jogadores do elenco.

 Toda sua técnica principalmente com seu fadeaway impecável não veio do nada, e sim fruto de muito treinamento, desde criança sabia que para ser um dos melhores precisava de muito treino e se superar a cada dia, procurando sempre estar no limite. Kobe seguiu essa linha de raciocínio até seu último dia de carreira, perdendo várias madrugadas treinando, sendo o primeiro a chegar no ginásio e o último a sair.

O resultado de todo este treinamento, já sabemos muito bem, mesmo com uma carreira espetacular, vitoriosa, os últimos anos de Kobe Bryant tem sido doloridos, desde 2011 sofre problemas com lesões, a mais grave em 2013, rompendo o tendão de aquiles. De lá pra cá, o Lakers foi montando times cada vez mais fracos, machucando ainda mais o torcedor da franquia, e seu principal nome.

Com o nivel técnico cada vez menor, a dependência que a franquia tinha com Kobe foi aumentando, assim como o desgaste físico do jogador, o corpo não obedecia mais a mente, cada dia que passava todos sabiam que a hora do adeus estava mais próxima.

Eis então Kobe Bryant anuncia que a temporada 2015/2016 será a última de sua linda história. Kobe não merecia um Los Angeles Lakers com apenas 16 vitórias na temporada e tendo 65 derrotas ocupando o último lugar da Conferência Oeste. Mesmo com uma das piores campanhas da franquia, e todas suas limitações físicas, Kobe Bryant conseguiu liderar esta equipe, em sua última temporada,  liderou os Lakers em pontos, com uma média de 16.9 por jogo, além de ser o líder da equipe em assistências com uma média de 3.4 por jogo.

Kobe Bryant com a camisa 8, ou a 24, fez coisas mágicas em quadra, nos levou a acreditar em fantasias, fez o público ir contra a física com arremessos certeiros onde nós meros espectadores julgamos que seriam impossíveis, Kobe mostrou que com vontade e perseverança, o ser humano atinge seus objetivos, mesmo em uma fase complicada, como o Lakers 2015/2016, Black Mamba nos concedeu a honra de ver ele fazer milagres no estouro do conômetro.

Faltando 0,1 segundo para estourar o conômetro de sua carreira, eu digo obrigado Kobe Bryant por ser Campeão da NBA 5 vezes, por ter sido 2 vezes MVP das finais, por ser apenas uma vez MVP da temporada regular, 2 vezes cestinha da temporada, 17 vezes escolhido para o All Star Game, 4 vezes MVP do All Star Game, por estar 11 vezes no primeiro time da NBA, por ter ganho o Torneio de Enterradas, duas vezes Campeão Olímpico, Campeão da Copa América de Basquete, por ter feito 81 pontos em uma partida histórica contra os Raptors, o maior cestinha da história do Lakers, terceiro maior cestinha da NBA. Obrigado por ser Kobe Bean Bryant.