Em abril de 2015, ele anunciou aposentadoria da seleção. No entanto o espírito olímpico falou mais alto e há pouco tempo se colocou à disposição do técnico Sergio Hernández para representar a Argentina nos Jogos Olímpicos de 2016. Após o compromisso em agosto, o jogador de basquete Manu Ginobili espera encerrar a carreira pela albiceleste em sua quarta participação em Olimpíadas.

É do celeiro do basquete argentino que nasceu Manu, em Bahía Blanca, província de Buenos Aires cresceu o ala-armador, camisa 20 do San Antonio Spurs, time do maior campeonato de basquete do Mundo, a NBA. Desde 2002, Ginobili representa as cores preta, prata e branca do time de Texas, onde já jogou ao lado do brasileiro Thiago Spliter. Ocanhoto argentino fez uma boa última temporada e já ergueu quatro títulos da Liga Americana de Basquete. Ao lado de Tony Parker e Tim Duncan formava o vitorioso Big Three.

O atleta de 38 anos coleciona conquistas pela seleção argentina, ouro no Sul-Americano de 1999, dois ouros, uma prata e um bronze no Campeonato das Américas e prata no Mundial de 2002, Estados Unidos. Esse retrospecto vencedor é de um jogador que quando criança desenvolveu um trauma em relação a baixa estatura e hoje é considerado o melhor jogador da história do basquete argentino, com 1,98m de altura.

Ouro Atenas, 2004

Ícone da geração mais vitoriosa e importante para o basquete do seu país, Manu Ginobili foi o líder do time campeão olímpico em 2004. Em Atenas, tanto na Arena Indoor, quanto no Centro Olímpico, a Argentina fez uma das melhores campanhas em competições já participadas. De uma seleção medíocre para a seleção de ouro.

O grupo da primeira fase era formado por Espanha, Itália, China, Nova Zelândia, Sérvia e Montenegro, a albiceleste conseguiu avançar as quartas na terceira posição com oito pontos e até a final os jogos foram brilhantes. Deixou para trás a dona da casa, a Grécia e eliminou o grandioso Estados Unidos na semifinal. Na final olímpica venceu a Itália por 84 a 69 e creditou a conquista ao time base formado, pois naquele momento havia a manutenção do grupo de basquete argentino.

Olimpíadas como espelho

Em Pequim, 2008, a seleção argentina configurou a segunda colocação em seu grupo da fase classificatória. Novamente passou pela Grécia nas quartas de final, mas acabou sendo derrotada pelos Estados Unidos na semifinal, assim disputou e ganhou a medalha de bronze com a Lituânia, cuja partida se encerrou em 87 a 75. Nos Jogos de Londres em 2012, cuja esta foi a última competição que representou seu país, Ginobili viu a seleção portenha amargurar na quarta colocação, após perder para a Rússia.

Integrando-se ao grupo que participou do Mundial do ano passado, Manu Ginobili, espera que a Olímpiada no Rio de Janeiro deixe boas lembranças para a equipe e especialmente para ele que se despede da camisa albiceleste. Fazendo parte do grupo B, a Argentina se encontrará com os anfitriões e poderá sentir a energia da torcida dos brasileiros, os outros países do grupo são Espanha, Lituânia, Nigéria e uma seleção que será classificada após o pré-olímpico.