Principal nome a chegar no Flamengo para a temporada 2016/17, Ricardo Fischer voltou às quadras após oito longos meses de recuperação por uma séria lesão no joelho. Estreando no Campeonato Carioca diante do Vasco, o jogador teve retorno lento e começou a sentir novas dores, voltando para a fisioterapia nas finais do Estadual e no início do NBB. Recuperado, o armador está disponível para José Neto e fez boa estreia contra o Pinheiros.

Na noite desta quinta-feira (17), o Flamengo enfrentou o Pinheiros pela 3ª rodada do Novo Basquete Brasil e jogou no Tijuca Tênis Clube pela primeira vez nessa temporada, saindo com difícil vitória por 96 a 88. Fischer fechou a partida com quatro pontos, cinco rebotes e duas assistências em 22 minutos em quadra.

Temos que melhorar ainda, o Pinheiros é uma equipe difícil de enfrentar, eles correm bastante na quadra, tem bons jogadores no um contra um. Precisamos pensar nessa vitória. Depois vamos pensar no que precisamos melhorar, ainda tem muita coisa para fazer. O grupo ainda está pegando uma cara, eu estou voltando agora, Pedrinho Rava ainda está para voltar. Acho que o importante é a vitória jogando mal ou bem. Dominamos o jogo e caímos no último quarto, mas vencemos”, avaliou Fischer.

A preocupação do Flamengo era ter Fischer 100% recuperado para o restante da temporada. Diante do Pinheiros, o jogador afirmou que não sentiu nenhuma dor, mas ainda precisa de ritmo de jogo. “Não senti nenhuma dor, mas ainda estou fora do tempo, nas corridas, tem algumas bolas que não estou acertando. Mas isso vem com o tempo e todo mundo entende isso, o grupo está me respeitando, me dando apoio. Ainda vai melhorar”, comentou.

Durante a semana, o mundo do basquete nacional recebeu a dura notícia de que a Confederação Brasileira de Basquete (CBB) estava suspensa pela Federação Internacional (FIBA) pelo menos até janeiro. Com isso, Flamengo, Bauru e, caso seja campeão da Sul-Americana, Mogi das Cruzes não poderão disputar a Liga das Américas em 2017.

Sem querer polemizar sobre o assunto, Fischer afirmou que já estava na hora de acontecer uma intervenção na CBB, mas que os clubes acabaram prejudicados: “Em janeiro tem outra reunião e talvez isso mude. É muito ruim, é um momento que o basquete está crescendo muito. A liga nacional está se consolidando, as equipes já estão dominando a Liga das Américas há seis ou sete anos. Tinha que acontecer, a CBB estava empurrando muito com a barriga, estava na hora de parar e pensar, mudar a administração e pensar daqui para frente nas Olimpíadas”.

O confronto entre as equipes começou bem disputado e equilibrado, com um duelo interessante entre os ataques. Com isso, o placar ficou apertado, mas o Flamengo aproveitou o fator casa e conseguiu ficar na frente do placar, vencendo por 28 a 24. Já no segundo período, o Pinheiros quase não conseguiu jogar, errando bastante e deixando o rubro-negro abrir ótima vantagem de 49 a 34 antes do intervalo.

Já no terceiro e quarto período, o Pinheiros reagiu e conseguiu se impor no segundo tempo, assustando bastante o Flamengo. Mesmo marcando poucos pontos, o Fla administrou a vantagem e fechou o penúltimo quarto com 65 a 58 no macador. Já nos dez minutos finais, o equilíbrio ditou o ritmo do confronto e, com vacilo do time paulista nos segundos finais, o rubro-negro saiu com o resultado positivo por 96 a 88.

O resultado deixou o Flamengo em ótima posição nesta temporada. Com 100% de aproveitamento e três vitórias em três jogos, o rubro-negro segue invicto no NBB9. Já o Pinheiros conheceu sua segunda derrota em quatro partidas e já começa a ligar o alerta nessa fase de classificação.

Agora o rubro-negro terá um longo período para treinar e descansar, já que volta à quadra apenas na semana que vem contra o Campo Mourão, quinta-feira (24), às 20h15 (de Brasília), no Ginásio de Esportes Belin Carolo, em Campo Mourão (PR). O Pinheiros joga um dia antes, quarta (23), às 19h30 contra o Gocil/Bauru no Ginásio Poliesportivo Henrique Villaboim, em São Paulo (SP).

Sobre o próximo adversário, Fischer avaliou o confronto contra o Campo Mourão como bem complicado. “É difícil, o NBB não tem mais isso de jogo ou equipe tranquila, de ir com time reserva, poupar jogadores. Os jogos estão mostrando isso. É uma equipe nova, mas vai jogar em casa, temos que pensar no que precisamos melhorar e impor nosso ritmo desde o início”, finalizou.

Números do jogo:

Marcelinho (FLA): 22 pontos, três rebotes, três assistências e dois roubos de bola

Marquinhos (FLA): 21 pontos

JP Batista (FLA): 16 pontos

Olivinha (FLA): 14 pontos e 12 rebotes

Holloway (PIN): 22 pontos, sete rebotes e cinco assistências

Corderro Bennett (PIN): 16 pontos e cinco rebotes