CRÍTICA: The Flash 04x16 - Run, Iris, Run
(foto:divulgação)

O último capítulo de The Flash entregou uma trama bastante familiar para os apreciadores de super-heróis.  Todos eles em uma determinada situação já passaram suas habilidades para outro indivíduo, ao passo em que tornava-se uma pessoa comum. Já ocorreu inúmeras vezes nas HQ’s, assim como na televisão. Quem assistiu Smallville, por exemplo, já presenciou a mesma coisa ocorrer diversas vezes durante o seriado.

Em the Flash, presenciamos Iris com as habilidades do Flash devido a um dos meta-humanos criados por Clifford DeVoe. Ainda que o plot já seja manjado, é sempre interessante descobrir como o indivíduo lidará com as novas habilidades obtidas ao mesmo tempo em que assistimos nosso herói sem elas. Íris, que lamentavelmente encontra-se no posto de chefe do grupo, possuiu um de seus melhores capítulos no seriado, por mais surpreendente que seja. Foi empolgante vê-la fazendo salvamentos pela cidade e lidando com as ameaças por um dia. Ela também obteve um imenso destaque no fim do capítulo protagonizando algumas falas bastante emotivas com Barry. Provando que, tendo bons roteiristas e um bom diretor, o ator é capaz de entregar o seu máximo na cena.

A posição na qual a personagem encontra-se atualmente no seriado não tem sido do agrado dos fãs de maneira nenhuma. Especialmente quando acaba soltando uma de suas broncas ou discursos motivacionais falando que todos são o Flash. Como ela mesma demonstrou no fim do capítulo, sinto saudades de quando ela focava em sua carreira jornalística ou como autora. Em determinado momento no seriado ela irá precisar retornar a este posto, levando-se em consideração que, desde o inicio da produção, podemos ver seu nome assinado na notícia de capa do jornal da linha futura. Creio que ela tem mais a somar na história exercendo a sua profissão de jornalismo do que comandando o time Flash. Fico na torcida para que até a temporada seguinte o roteiro resgate essa faceta dela novamente.

Barry encontrou-se engraçado atrás das telas nesse episódio. Só acho decepcionante que ele mesmo não tenha tido a ideia da onda sem mais ninguém. Até quando planejam fazer com que Barry não tenha a mesma inteligência que o personagem possui nos quadrinhos? Até quando ele irá precisar de um grupo por trás analisando e ditando sua movimentação? Foi ainda mais discrepante que Harry Wells tenha necessitado do novo chapéu pensador para auxiliar Iris. Pelo menos sua nova produção o auxiliou a saber os nomes dos dois meta-humanos restantes.  

Ao final do capítulo fiquei com a dúvida: Onde se encontra DeVoe? Se ele utilizou 12 indivíduos como cobaia para suas maquinações, como ele não aparece quando um deles é encontrado? Não foi ele que falou que está constantemente com seus movimentos antecipados em relação ao Flash? Ainda que este tenha se tratado de um capítulo filler, é incoerente o antagonista não ter tido nenhuma participação nessa situação. Teria ele já achado Matthew Kim e percebido que suas habilidades não lhe seriam muito úteis?

O capítulo no geral foi instigante e com uma qualidade bastante superior do que estava esperando. Todas as imagens e notícias divulgadas de que Íris iria tornar-se uma heroína gerou uma espera ruim para o capítulo. Dessa forma, assim como no capítulo anterior, é sempre gratificante quando conseguem mudar nosso ponto de vista ou superarem o que estávamos aguardando. Esse capítulo me remeteu muito à atmosfera dos episódios do primeiro ano do seriado, quando contávamos com um meta-humano da semana que Barry precisava combater ou auxiliar. Está sendo cada vez mais prazeroso presenciar os produtores recuperando essa era de ouro do seriado.

Curiosidades:

- O antagonista incendiário apareceu nas HQ’s da Poderosa em 1968. Porém, sabe-se pouco a respeito de sua identidade e origem. No seriado ele adquiriu o nome de Jaco Birch, que pode estar homenageando J.J. Birch, o pseudônimo do artista Joe Brozowski que trabalhou vários anos nas HQ’s do Nuclear (Firestorm).

- Max Adler é outro ator de Glee que apareceu no universo televisivo da DC. Adler interpretava o jogador de futebol David Karofsky, o responsável pelo bullying que Kurt sofria.

- Dos dois nomes mencionados por Harry, somente Edwin Gauss está relacionado com algum personagem das HQ’s. Reconhecido como Homem Dobrável, ele é capaz de fazer viagens pelas dimensões. O time Flash e DeVoe certamente se interessarão por ele.

Referências nerds:

1. Cisco encontra-se utilizando uma camiseta do Jason, de Sexta-Feira 13.
2. Cisco chamou Harry de “locutus of Borg”, referenciando o seriado Star Trek: A Nova Geração (1987).
3. Cisco ficou decepcionado que Caitlin não tenha visto Homem-Aranha 2 (2004).
4. Ralph se comparou a Sarah Connor quando disse que DeVoe pretendia o examinar, referenciando a saga Exterminador do Futuro.

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