CRÍTICA – Jack Reacher: Sem Retorno
(Foto: Divulgação / Paramount Pictures)

Continuando a vida de andarilho, Jack volta à base do exército a qual serviu após ajudar a solucionar um caso de corrupção envolvendo a polícia da região. Para sua surpresa, seu retorno é marcado com eventos estranhos. A Major Turner, a quem faria uma visita particular, é presa acusada de espionagem. Posteriormente seu advogado de defesa é assassinado e as coisas nublam para o lado de Reacher. Em contrapartida, ele  descobre uma possível filha, já com 15 anos. Tentando contato com a garota, acaba por expô-la e, junto da foragida Major Turner, os três lutam para expor os negócios ilegais de uma empresa privada de segurança militar.

Bastante diferente do primeiro longa, que carrega consigo todo um ar investigativo, com o frio do suspense e o charme das epifanias em momentos cruciais, Jack Reacher: Sem Retorno se prende ao lado humano do ex-major e investigador do exército estadunidense, e o ritmo é caracterizado por fugas e encontros violentos atrás de provas. Intercalando tudo isso, temos o conflitos internos no trio de foragidos. Reacher e Turner disputam a liderança e o rumo das ações. Reacher e sua suposta filha acabam por remontar casos clássicos de desentendimento familiar durante a adolescência de uma jovem.

O que Jack Reacher: Sem Retorno propõe ele cumpre, mas pouco, muito pouco da assinatura do filme anterior. Cruise consegue deixar claro que ainda se trata do mesmo personagem, mas a narrativa mantém clichês do gênero ação/perseguição e se torna previsível em muitos momentos em que poderia surpreender o público. Além da boa ação e pancadaria competente, assuntos como paternidade e feminismo são explorados no filme, deixando algo de diferente no gênero – o que é bom. O ingresso é válido para um divertido filme de ação, mas não te deixa preso à narrativa quanto o título de estreia do personagem no cinema.

NOTA 0 à 5: 3,5

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