Crítica - Passageiros
(Foto: Divulgação/ Sony)

Uma onda de filmes espaciais ocorre no cinema, ainda mas com o retorno da franquia Star Wars. Mas em quantos desses tantos filmes conseguimos ter do espaço uma impressão mais científica ou pelo menos diferente da de um clássico campo de batalha de lasers ou o local "de onde vem os invasores alienígenas"? Passageiros não é um Interestelar (2014) da vida, mas com certeza trás no quesito Sci-Fi espacial uma boa proposta. Logo de cara lidamos com a viagem de 120 anos da nave Avalon, levando cinco mil passageiros para uma das novas colônias humanas, um cinturão de asteróides acaba causando contratempos e um dos passageiros acorda 90 anos antes da chegada da nave.

A partir daí o elementos de condição humana e decisões morais vêm com força para contracenar com a ficção científica. "Quem se afoga tende a puxar outra pessoa consigo". Baseado nisso, é possível julgá-la como abominável, vilã ou mesmo culpada? O filme de sobrevivência espacial te convida a pesar isso tudo enquanto esforços são feitos para garantir o curso e existência da nave e das milhares de vidas em seu interior.

Romance implantado, algum tempo depois que os únicos acordados do sono de suspensão metabólica foram despertados (Pratt e Lawrence) é possível acreditar no que rola entre eles. O casal ficou bem, funcionou, teve química. Falando em "ficou bem", um ressalto ao barman da nave chamado Arthur (Sheen), que provavelmente é o personagem mais carismático do filme,  embora não passe de um andróide. Ali ele tem a função de "Wilson" para os dois acordados na Avalon. Tentar, mesmo que passivamente suprir a necessidade da comunicação do ser humano, da companhia, da estima. 

E por fim, em termos técnicos e visuais o filme segue muitíssimo bem. Com o tempo você já saberá onde eles se encontram na nave, onde devem ir ou por onde passaram para chegar em tal lugar. A mbientação, os cenários são muito bonitos e nos fazem acreditar no potencial humano para uma tecnologia assim num futuro muito, muito distante. Os efeitos e as cenas no vácuo são muito boas. A tecnologia da Avalon te conquista, dando a sensação parecida com a sentida por alguns em Titanic:" E se tudo tivesse dado certo? O quão prazerosa poderia ter sido essa viagem? "

NOTA 0 - 5: 3,5 

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