Crítica: Roda Gigante
Foto: Divulgação / Amazon Studios

De criação do renomado Woody Allen, Roda Gigante conta uma história que pode parecer chata ou até mesmo superficial nos primeiros minutos, mostrando apenas uma família cheia de problemas que vive no meio de Coney Island, em Nova York. Porém, com a entrada do personagem Mickey (Justin Timberlake) na vida de Ginny (Kate Winslet) e de Carolina (Juno Temple) na vida de Mickey, a história começa a entrar em no ritmo esperado.

A trama se desenrola bem, fazendo com que o espectador sinta-se por vezes tão confusos ou perturbados como os próprios personagens. Tem um toque de humor despertado pela própria Ginny e pelo seu filho que é colocado no filme em momentos certos. Apesar de ser uma personagem extremamente instável e insegura, Ginny é o centro da história e não a deixa entediante no decorrer dela.  O final é satisfatório e digno a narrativa contada por Mickey, um salva-vidas e estudante de teatro europeu, que tanto parecia interessado em aventuras super-românticas.

Apesar de ser fã do Justin Timberlake, reconheço que suas atuações não são de qualquer destaque se comparada ao dos outros personagens, mas é perdoável já que ele está em meio há tantas atrizes vencedoras de Oscar e não chega a estragar por nenhum minuto o filme. O destaque do filme em relação a atuação vai para Kate Winslet que faz de Ginny uma personagem realmente intrigante, desequilibrada com um ótimo toque de humor em momentos propícios para isso.

O que também se destaca é a fotografia, totalmente adaptada ao teor das cenas e a época retratada no filme. A trilha sonora também não deixa a desejar, pelo contrário. As músicas ambientalizam ainda mais o espectador ao clima de Coney Island naquela década e faz você querer estar sentada na beira da praia junto com aqueles figurantes, ou se divertindo em meio ao parque.

Nota: 4/5

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