CRÍTICA: The Flash 04x12 - Honey, I Shrunk Team Flash
(foto:divulgação)

The Flash soube entregar satisfatoriamente dois capítulos seguidos que demonstraram uma boa utilização do humor.

Estão lembrados de que no capítulo anterior sequências caricatas eram intercaladas com a veia cômica acentuada de Ralph Dibny e do Trapaceiro e as excelentes cenas do Flash na cadeia de Iron Hights? Bom, nesse capítulo o roteiro utilizou a mesma fórmula, porém desta vez de uma forma ainda superior a anterior.

Já fazia um tempinho que não achava um capítulo de The Flash tão engraçado como esse. Cisco, que permanece sendo a melhor parte cômica do seriado, e Dibny, que definitivamente tem evoluído nos capítulos mais recentes, formaram uma dupla engraçadíssima ao passarem todo o capítulo diminuídos.

Não somente a alteração nas vozes, mas os momentos que vivenciaram. Destacando-se a cena na qual Íris acaba pisando acidentalmente em Dibny, confundindo-o com um chiclete colado em seu sapato. Até mesmo Cecile encontrava-se hilária com suas habilidades temporárias lendo os pensamentos de todos ao seu redor.

Fazendo uma comparação, esse período no qual Barry tem ficado na prisão vem proporcionando ótimas sequências para essa season. Suas cenas entregaram uma atmosfera mais emotiva para o capítulo, criando um excelente contraste com a comédia contida no S.T.A.R. Labs. Os dois núcleos foram sabiamente equilibrados incluídos numa história bem escrita. A trama de Big Sir possuiu um encerramento emotivo dentro do quarto ano (ao que tudo aponta). Barry permanece realizando boas ações e sendo um salvador de pessoas mesmo confinado.

O fim do capítulo foi surpreendente. Barry havia conseguido escapar até agora das câmeras de vigilância de Iron Hights. Não havia imaginado que o diretor Wolfe possuísse uma câmera escondida para descobrir a identidade de Barry. Menos ainda que ele estivesse aliado à Amunett. A ponta deixada para o capítulo seguinte foi o item que estava faltando para finalizar o excelente episódio.

Os maiores antagonistas são aqueles cujas presenças são sentidas mesmo quando não se fazem presentes no capítulo. DeVoe permanece demonstrando que continua adiantado em relação ao time Flash como mostrado nas duas histórias desse episódio (time Flash tendo que lidar com a Estrela-Anã e Barry na prisão). Quem sabe a recém-descoberta habilidade temporária de Cecile também possa acabar sendo alguma ação de DeVoe, que poderá repercutir gravemente na vida dela e na de Joe. Ainda que não tenha aprovado por enquanto a alteração do intérprete de DeVoe, é impossível negar que ele tem marcado sua presença em Central City.

Fico na torcida para que o roteiro leve como um bom aprendizado esses dois capítulos mais recentes de como utilizar corretamente o estilo cômico (o eficaz) de forma equilibrada com arcos mais sérios, dramáticos e/ou emocionantes.

Curiosidades:

- Barry fala nesse capítulo que seu pai havia ficado preso por um período de 17 anos. Porém, no capítulo 2x01 “The Man Who Saved Central City”, ele foi inocentado em novembro de 2015, significando que na realidade Henry esteve confinado por 15 anos e 8 meses em Iron Hights.

- O nome do capítulo está referenciando o longa “Querida, Encolhi as Crianças” (Honey, I Shrunk the Kids, 1989).

- Sylvert Rundine, o Estrela-Anã (Dwarfstar, no original) é um antagonista de Ryan Choi, o terceiro Atom (ou Elektron). Nas HQ’s, ele utiliza suas habilidades por meio da estrela-anã contida em seu cinto. O personagem é imensamente agressivo, até mesmo chegando a transformar-se num serial killer. O criminoso assassina seus alvos usando uma faca de caça.

- Danielle Panabaker (Caitlin) e Derek Mears (Sylvert) protagonizaram o reboot de Sexta-Feira 13 (2009). Derek interpretou o clássico serial killer Jason Voorhees e Danielle viveu Jenna, uma das vítimas de Jason no longa.

- Derek Mears anteriormente havia feito o teste para viver Atom Smasher no capítulo 2x01, mas o papel acabou sendo desempenhado por Adam Copeland.

- Na cadeia, Big Sir fala que “a esperança é uma coisa mortal”. Barry questiona se ele retirou isso do longa “Um Sonho de Liberdade” (1994). Contudo, a fala original é “a esperança é uma coisa boa”.

- Esse capítulo foi transmitido na mesma data em que o primeiro trailer de Homem-Formiga e a Vespa foi lançado. Uma enorme coincidência, não é? 

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