Há muitas jogadoras pelo mundo. Mais da metade dos jogadores brasileiros são mulheres, mais precisamente 53,6%, segundo pesquisa Game Brasil 2017. Não é fácil ser mulher e jogar. As mulheres precisam encarar diariamente não só os desafios para subir de level, mas muito preconceito e até mesmo assédio para jogar.

Para fugir de problemas e jogar em paz, muitas vezes as mulheres acabam trocando seus nicks, apelidos usados nos jogos, e até deixando seus microfones desligados em chat de voz nas partidas para não serem identificadas como mulheres, isso quando não acabam desistindo de jogar.

A ONG americana Wonder Woman Tech criou uma campanha chamada #MyGameMyName para aumentar a consciência sobre o assunto, erradicar o problema e auxiliar no empoderamento feminino, porque não é correto, não é normal, que uma pessoa precise se esconder para fazer algo que gosta.

Para revelar o preconceito em torno das jogadoras baseado apenas em seus nicks femininos, alguns dos maiores gamers brasileiros do sexo masculino foram convidados pela ONG organizadora da campanha a utilizar nicks de mulheres, jogar normalmente e sentir na pele o que as mulheres precisam aturar. O teaser da campanha revela um pouco do resultado desse teste. Veja logo abaixo:

Qualquer errinho ou mesmo apenas a presença das “meninas” no jogo já são motivos para hostilidade ou assédio. No site da campanha #MyGameMyName é possível ver também os vídeos individuais dos gamers famosos participantes da campanha fazendo gameplays com nicks femininos: www.mygamemyname.com/pt.

Essa campanha convida a todos para espalharem essa informação, denunciarem quando presenciarem casos e participarem da luta pelo fim do assédio online.