Os protestos de Colin Kaepernick seguem ganhando grandes proporções nos Estados Unidos. Depois de muita discussão sobre o valor da atitude do QB do San Francisco 49ers e diversos adeptos ajoelhando-se ou levantando os pulsos, desta vez a questão virou caso de polícia. O jogador denunciou, nesta quarta-feira (21), que está recebendo ameaças de morte pela atitude.

A NFL vem ganhando mais mídia a cada partida depois que Colin Kaepernick, QB reserva do San Francisco 49ers, iniciou um movimento que protesta na hora do hino nacional norte-americano. Ao ajoelhar-se, o jogador iniciou uma grande discussão nos Estados Unidos e outros vem se unindo na manifestação. Entretanto, as consequências atingiram nível alarmantes.

Kaepernick afirmou que está recebendo ameaças de morte de diferentes formas nas últimas semanas e, apesar da gravidade da situação, não tem medo. "Para mim, se algo deste tipo está acontecendo, está provado meu ponto de vista e isto será ainda mais claro para todos porque isto está acontecendo e o que pode ocasionar este movimento com uma velocidade tão rápido como está agora. Posso garantir, não queria que isso acontecesse, mas isto é a realização de que algo está acontecendo desde que eu levantei minha bandeira e falei sobre o assunto. Não é algo que eu imaginava que poderia acontecer", afirmou.

Na última sexta-feira (16), Terence Crutcher foi morto por uma policial em Tulsa, Oklahoma, e estava desarmado, tornando-se mais um exemplo dos grandes números de violência policial nos Estados Unidos. Para Kaepernick, o julgamento deste caso será muito importante: "Vai ser revelador o que acontecer lá, porque todos os olhos estão voltados para esta situação. Uma das coisas que notei é que neste país há muito racismo disfarçado de patriotismo". "Muita gente quer tomar tudo desde que eu falei sobre a bandeira, mas esse não é o tema, porque estamos falando é na verdade da discriminação racial, das desigualdades e injustiças que estão ocorrendo em todo o país", completou.

Diversos jogadores de franquias como New England Patriots, Miami Dolphins, Philadelphia Eagles, Seattle Seahawks e Kansas City Chiefs já aderiram ao movimento, mas Kaepernick ainda quer mais. "Você tem jogadores em todo o país, não só na NFL, mas jogadores de futebol, da NBA e do colégio, eles não gostam de abordar esta questão de que as pessoas de cor são oprimidas e tratadas injustamente. Eu não sei por que é assim ou do que eles têm com medo, mas isso precisa ser falado", disse.