Na National Football League, bem como nas outras ligas americanas, o sistema de montagem de time favorece os mais fracos, deixando a competição mais justa e só dependendo da franquia em si para conseguir montar um time competitivo. Isso é diferente do que acontece no futebol, por exemplo, em que o mais rico ou mais organizado monta as melhores equipes. 

Esse sistema citado faz com que todos os times participantes tenham suas chances de vencer em algum período de sua existência. Isso acaba nos fazendo crer que todas as franquias, em algum momento, deveriam ter ganho o título máximo da liga em que disputa. Principalmente times tão tradicionais, que estão em atividade desde antes mesmo da fundação da conhecida NFL. 

Como é o caso do Arizona Cardinals e do Philadelphia Eagles. Essas duas franquias não conquistaram um Super Bowl ainda desde que a liga nacional de futebol americano adotou o evento como a grande final. Os Cards disputaram apenas uma vez o SB, em 2009, e acabaram perdendo para o Pittsburgh Steelers por 27 a 23, em um jogo que a recepção de Santonio Holmes, para vencer o jogo, entrou para a história da liga. Os Eagles, por outro lado, chegaram na decisão pelo Lombardi Trophy outras duas vezes, nas temporadas de 1980 e 2004. 

No ano de 1980, a franquia da Philadelphia começou a temporada tendo uma defesa sólida nas mãos, característica de sucesso na época para a liga. Do outro lado da bola, um grande Running Back em Wilbert Montgomery ajudava o ataque no desejo da equipe de chegar pela primeira vez no evento. Ao fim da temporada regular, o time terminou em primeiro no critério de menos pontos sofridos, o que colocava a defesa em um patamar elevado para os playoffs. 

Foto: Focus on Sport via Getty Images
Foto: Focus on Sport via Getty Images

Chegando na pós-temporada, vitórias contra o Minnesota Vikings no Divisonal Round e o rival Dallas Cowboys na final da NFC renderam ao time a passagem para o Super Bowl. Na ocasião, enfretariam o Oakland Raiders, vencedor da AFC. Na grande decisão, não conseguiu impor o mesmo jogo que havia apresentado até alí e acabou caindo para o time da Califórnia por 27 a 10, embora fosse favorito antes do confronto. 

Passados mais algumas temporadas, chegamos ao ano de 2004. Com Donovan McNabb, Terrell Owens, Brian Dawkins e Andy Reid na área técnica, os Eagles chegavam para a época como sérios candidatos ao título. terminou a temporada com 13-3 no bolso, título da NFC East e direito de jogar em casa durante todo os playoffs. No Divisional, passou novamente pelo Vikings, vencendo-os por 27 a 14. Na final da conferência enfrentariam o Atlanta Falcons do inovador Michael Vick, que iria jogar em Philly anos mais tarde. Triunfou por 27 a 10 e pegaria o New England Patriots no Super Bowl. 

Assim como em 2005, Brady precisará passar por uma forte defesa se quiser vencer o SB (Foto: Al Messerschmidt / Getty Images)
Assim como em 2005, Brady precisará passar por uma forte defesa se quiser vencer o SB (Foto: Al Messerschmidt / Getty Images)

Na decisão da temporada, New England chegava com uma grande perspectiva de se tornar uma dinastia caso vencesse aquele jogo, sendo o terceiro título em quatro anos. Philadelphia, por outro lado, queria encerrar esse tempo de seca e apostava em um time físico e habilidoso para conseguir. Mas, dessa vez, ficou por um Field Goal. Embora os times entraram no quarto período empatados em 14 a 14, o placar final ficou em 24 a 21 para os Pats de Brady.

Mas, esse ano, os Eagles vêm com uma defesa muito forte, sólida, cheia de vida e com um ataque forte no jogo corrido. Embora não tenha Carson Wentz na posição de QB, o já conhecido da casa Nick Foles já mostrou que pode se destacar em momentos decisivos - vide a vitória frente o Vikings. A história pode ser outra dessa vez, e uma vingança cairia bem na Pensilvânia. 

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Sobre o autor
Gerson  Barbosa
Mais um piloto de Fórmula 1 e jogador de basquete e futebol frustrado que viu no Jornalismo a forma mais prática de estar perto do que ama: o esporte. Contato: [email protected]