Não é de hoje que o esporte e a política se coincidem, e muitas vezes  ele age como um reflexo do que acontece em nossa sociedade. Dessa forma, alguns atletas do Philadelphia Eagles, que levaram a franquia a uma inédita conquista do Super Bowl no último domingo (4),  recusaram o convite do presidente Donald Trump para uma visita em sua residência oficial.

O evento é uma tradição nos Estados Unidos, em que o presidente vigente no cargo oferece a equipe campeã da temporada de cada uma das grandes ligas do esporte norte-americano uma singela comemoração para os jogadores na Casa Branca, onde eles recebem seus cumprimentos.

Entretanto, quatro atletas dos Eagles anunciaram que não participarão da tradicional cerimônia: Malcolm Jenkins, Chris Long, Torrey Smith e LeGarrette Blount. “Pessoalmente, não pretendo ir a esse encontro”, disse Jenkins à CNN. “Eu não me sinto bem-vindo naquela casa. Vou dizer apenas isso”, afirmou Blount.

Long e Blount que, inclusive, foram campeões pelo New England Patriots na temporada passada, e que na ocasião também boicotaram o evento.

Após uma onda de protestos dentro de campo contra o racismo e a violência policial nos EUA, em que muitos jogadores se ajoelhavam durante a execução do hino nacional americano antes das partidas, o chefe de Estado se envolveu em controvérsias por criticar duramente essas manifestações e chegando até a pedir a demissão dos atletas que participaram. Com essas declarações, Trump foi contrariado inclusive por Tom Brady, que é amigo pessoal dele, mas que se posicionou a favor de seus companheiros da liga e discordou da atitude do presidente. "Acho que todos têm o direito de fazer o que quiserem. Se você não concorda com isso, está bem, você pode expressar", disse o astro dos Patriots.