Amistosos. São apenas jogos assim que a seleção brasileira está atuando nos últimos dois anos, desde a eliminação na Copa América para o campeão Uruguai. Como é país sede da Copa das Confederações e Copa do Mundo, o Brasil não atua nas Eliminatórias. A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) marcou partidas sem critério, com países fracos (como China, Iraque e Gabão) e sem medição da qualidade do elenco tupiniquim. Isso, juntando com as derrotas para times "grandes" como Alemanha, França, Argentina, Inglaterra e México, deixou o povo desconfiado da potencialidade da seleção.

Essa é a missão do Brasil na Copa das Confederações: reconquistar a torcida, que não vem gostando da equipe nos últimos anos. A modesta 22ª colocação no ranking da Fifa deixa claro que a seleção brasileira perdeu espaço e não é mais temida pelos adversários. Mesmo como mandante, Espanha e Itália chegam, na bola, como favoritas. O favoritismo geral para os brasileiros deve vir apenas por ser mandante, como afirmou o "canhotinha de ouro" Gérson (campeão mundial em 1970) em entrevista exclusiva concedida à VAVEL Brasil na última quarta-feira (12).

Itália: juventude e experiência que se misturam em busca do tom perfeito

Japão: disposto a surpreender

México: a Copa das Confederações é a salvação

Parte dessa desconfiança dos "verde e amarelos" também é pela renovação que o grupo teve recentemente. A parte mais difícil é entender que a idade chega até para os bons jogadores, e se livrar deles é uma tarefa complicada, ainda mais quando não se vem com uma safra de jovens talentosos. Neste ano, apenas três remanescentes do último Mundial permaneceram: Júlio César, Daniel Alves e Thiago Silva. No Brasil, a revelação de novos atletas tem agradado (Neymar, Hernanes, Oscar, Luiz Gustavo e David Luiz), mas a preparação equivocada e sem tempo não faz o elenco deslanchar nos jogos, fazendo os torcedores perderem a paciência rapidamente, como é do sangue brasileiro.

Uma vítima dessa pressão por resultados foi o técnico Mano Menezes, que foi demitido no início de 2013. Um velho conhecido foi chamado para "apagar o incêndio": Luiz Felipe Scolari, com a missão de refazer a "Família Scolari", que funcionou em 2002 na conquista da Copa. Agora, o momento é outro e o treinador vem desgastado por não ter dado certo nos últimos clubes em que passou. "O problema foi que os adversários que jogaram contra a gente se fecharam muito, respeitando muito o Brasil, e isso dificultou o nosso estilo de jogo", justificou Felipão, pedindo calma à imprensa e ao público.

Jogos

Brasil x Japão – 15 de junho, 16h, Mané Garrincha
Brasil x México – 19 de junho, 16h, Castelão
Brasil x Itália – 22 de junho, 16h, Fonte Nova

Elenco

Goleiros: Jefferson (Botafogo), Júlio César (QPR) e Diego Cavalieri (Fluminense).
Defensores: Daniel Alves (Barcelona), Thiago Silva (PSG), David Luiz (Chelsea), Marcelo (Real Madrid), Dante (Bayern de Munique), Filipe Luis (Atlético de Madrid), Jean (Fluminense), Réver (Atlético-MG).
Meio-campistas: Fernando (Shakhtar Donetsk), Hernanes (Lazio), Luiz Gustavo (Bayern de Munique), Paulinho (Corinthians), Oscar (Chelsea), Lucas (PSG), Bernard (Atlético-MG), Jádson (São Paulo).
Atacantes: Fred (Fluminense), Neymar (Barcelona), Hulk (Zenit), Jô (Atlético-MG).

A seleção brasileira é a atual campeã da Copa das Confederações. Veja os gols da conquista em 2009, ao derrotar os Estados Unidos por 3 a 2, na África do Sul.