Em plena segunda-feira, o Mineirão foi dividido por Atleticanos e Cruzeirenses para acompanhar a partida entre Nigéria e Taiti. Porém, foi necessário soar apenas o primeiro apito do árbitro para que a torcida mostrasse para quem iria torcer. Apesar da goleada sofrida na estreia da Copa das Confederações, o Taiti sai de cabeça erguida após ter feito o gol mais importante em sua história como seleção. Já a Nigéria, apesar da enorme superioridade e do chocolate dentro das quatro linhas, foi para o vestiário com cara de poucos amigos.

Na próxima rodada, a Seleção Nigeriana viaja para a Bahia onde enfrenta o Uruguaia na Arena Fonte Nova. Já o Taiti se prepara para o tão aguardado jogo contra a Espanha, no Maracanã. Os africanos lideram o Grupo B com três pontos, porém, levando vantagem no saldo de gols frente aos espanhóis em 5 contra 1.

Passeio inicial

Não foi necessário muito esforço para conhecer o vencedor da partida. Logo no primeiro chute, Elderson foi feliz em ver sua finalização desviar em um defensor Taiti antes de enganar o goleiro e morrer no fundo das redes. Era o primeiro de muitos, que não esperou muito para ter a companhia do segundo. Mostrando sua fragilidade, Vallar falhou e Oduamadi marcaria o primeiro de seus muitos gols no jogo após tocar com categoria na saída do goleiro.

Aos 26, o mesmo Oduamadi contaria com a generosa contribuição do goleiro Samin que, após um cruzamento despretencioso da esquerda, largou a bola em seus pés e deixou fácil a obrigação de marcar o terceiro gol nigeriano. Era o desenho de uma goleada história e humilhante, se não fosse pela displicência africana. Muitas toques de bola desleixados e várias chances de gols perdidos marcaram o fim da primeira etapa.

Gol histórico e fim de goleada

Impiedoso como si só, o futebol carrega o sagrado lema de 'quem não faz, leva'. Mas só o castigo daquela cabeçada não seria o suficiente para justificar a importância de tal gol. Aos 9 minutos, Vahirua cobrou escanteio na cabeça de Tehau que, subindo mais que a defesa nigeriano, testou com firmeza para o fundo das redes. O estádio veio abaixo, o banco de reservas enlouqueceu, os jogadores corriam atônitos para todos os lados. Era um gol histórico, um gol para ficar eternizado na Copa das Confederações.

O prosseguir da partida já não teria a mesma objetividade nigeriana que, desmotivada, passava a tocar bola sem foco ou rumo. O herói Tehau ainda marcaria contra seu próprio patrimônio o quarto gol nigeriano. Oduamadi aproveita um belo cruzamento da direita para marcar seu quarto gol. Elderson, no fim, fecharia a contra e selaria a goleada por 6 a 1. Entretanto, o que os últimos três gols africanos teriam em comum? A ausência de comemoração.

Ao soar do apito final, os torcedores presentes gritavam o nome da Seleção Taitiana enquanto os Nigerianos saiam rapidamente para seus vestiários. Era uma derrota que, positiva ou negativamente, ficará marcada na história.