Na noite desta quarta-feira (19) a Arena Pernambuco presenciou a melhor partida da Copa das Confederações até aqui. Com muita emoção e muito equilíbrio, a Itália venceu o Japão por 4 a 3 e garantiu a sua classificação para as semifinais – e também a brasileira. Com um primeiro tempo dominante, os japoneses venciam por 2 a 0 até os 40 minutos da primeira etapa. Entretanto, aos vinte da segunda metade, o placar apontava 3 a 3. Quando faltavam quatro minutos para o término do jogo, Giovinco anotou o tento que definiu o resultado e a classificação da Azzurra. Agora, a Itália enfrenta o Brasil no próximo sábado (21) para definir quem ficará com a primeira colocação do Grupo A. Os japoneses cumprem tabela contra o também eliminado México, no mesmo dia.

Diferentemente da postura adotada na estreia contra o Brasil, o Japão começou a partida indo pra cima da Itália e controlando a posse de bola. Contando com uma excelente atuação do seu camisa 10, Shinji Kagawa, e com uma forte marcação contra o meio de campo italiano, os japoneses dominaram os quarenta minutos iniciais e sairam na frente no marcador. Aos 20 minutos, o lateral De Sciglio recuou mal a bola para Buffon, Okazaki se antecipou ao arqueiro e sofreu pênalti. Na cobrança, Honda converteu com muita categoria e inaugurou o placar.

O Japão continou pressionando e conseguiu chegar ao segundo gol. Aos 34 minutos, Honda cruzou, Chiellini falhou e Kagawa demonstrou muita categoria para fazer o giro e bater de primeira, no cantinho, sem chances para Buffon. Perdida em campo, a Itália não conseguia criar jogadas com a bola rolando e teve que se aproveitar da categoria de Pirlo nas bolas paradas. Aos 39 minutos, o volante cobrou falta que tirou tinta do travessão de Kawashima. No minuto seguinte, o camisa 21 cobrou escanteio com muita perfeição e De Rossi, livre, subiu para diminuir a vantagem japonesa. Aos 46, a Itália ainda carimbou a trave com Giaccherini.

A pressão no final da primeira etapa deu muita moral para a Azzurra, que voltou do intervalo pressionando o adversário e conseguiu a virada em apenas cinco minutos. Aos quatro minutos, Giaccherini ganhou a jogada de Yoshida na linha de fundo, evitou a saída e cruzou rasteiro para a pequena área, aonde Balotelli se encontrava livre. No desespero de tentar evitar que a bola chegasse ao centroavante, o zagueiro Uchida tentou cortar mas mandou contra o próprio patrimônio. No lance seguinte, a arbitragem marcou toque de mão de Hasebe dentro da grande área e Balotelli converteu o pênalti e virou o placar.

Depois de tomar a virada, o Japão voltou a pressionar os italianos e conseguiu chegar ao empate aos 22 minutos. Após cobrança de falta de Endo, Okazaki se antecipou à marcação e tocou de cabeça para o fundo da rede. O empate deu ainda mais moral para os japoneses, que voltaram a dominar a partida, mas a bola insistia em não entrar. Aos 31 minutos, Hasebe aproveitou rebote e soltou a bomba, tirando tinta do travessão de Buffon. Aos 36, a equipe acertou a trave duas vezes em menos de cinco segundos: após bate-rebate na área italiana, Okazaki acertou a trave e, no rebote, Havenaar cabeceou no travessão.

Como diria o ditado do futebol, “a bola pune”. Depois de desperdiçar grandes chances, o castigo apareceu para o Japão. Aos 41 minutos, a Itália construiu um excelente contra-ataque, Marchisio foi até a linha de fundo pela direita e cruzou rasteiro para Giovinco, sem marcação na pequena área, ter apenas o trabalho de empurrar a bola para o fundo do barbante, sacramentando a vitória italiana. Os japoneses ainda chegaram a empatar a partida, com Yoshida, mas a arbitragem parou a jogada, corretamente, alegando impedimento.