A Ucrânia vive momento conturbado, entre manifestos, conflitos e destruição. Mas, pelo menos no Dnipro Stadium, palco do duelo entre Dnipro e Tottenham Hotspur, não era o que acontecia. Pela fase 16-avos da UEFA Europa League, partida cansativa para quem assistia. Vindo de longa parada de inverno, a equipe ucraniana conseguiu um resultado magro. Já o Tottenham, que jogou mal, escapou de levar mais gols por insuficiência do clube mandante.

O Dnipro explorou a velocidade do atacante brasileiro Matheus, que chegou a perder chances claras. O destaque foi Konoplyanka, craque e ídolo do clube, o camisa 10 desequilibrou a partida e, além de distribuir bons passes, marcou o gol da vitória. Já os Spurs, que jogou com time misto, talvez por falta de entrosamento, estava perdido em campo. As esperanças foram postas a Soldado. O atacante, que não está em boa fase, perdeu grandes oportunidades de gol.

O jogo de volta entre Tottenham e Dnipro ocorre na próxima quinta-feira (27), às 16h (Brasília), no estádio White Hart Lane, no norte de Londres, Inglaterra.

Com times desorganizados, primeira etapa fica no 0 a 0

O primeiro tempo começou morno. Dnipro e Tottenham estudando um ao outro e apenas tocando a bola e, mesmo assim, tinham dificuldades na troca de passes. Aos 8 minutos, em ótimo contra-ataque, o time da casa deu um susto na zaga dos Spurs. Konoplyanka recebeu a bola no lado esquerdo e cruzou rasteiro para o brasileiro Matheus Carvalho que, disperdiçando a jogada, chutou fraco pela linha de fundo. Pelo lado do Tottenham, o atacante Soldado parecia desligado do jogo. O camisa 9 não aproveitava as chances. Aos 12, em boa jogada pela esquerda, Chadli conseguiu cruzamento para Soldado, que não conseguiu cabecear.

O meio-campo do time londrino também parecia sonolento. Em saída de bola errada, Capoue e Paulinho dormiram, deixaram a bola escapar, Matheus ficou com a sobra e chutou forte obrigando Friedel a fazer bela defesa. Rotan ficou com o rebote, errou e chute e Friedel novamente fez a defesa. Já aos 36, Paulinho, que estava mal no jogo, recebeu bola pelo lado direito, disparou em velocidade e sofreu falta perigosa na entrada da área. Townsend cobrou forte no canto do goleiro, mas a bola foi para a linha de fundo. Logo depois, a atrapalhada zaga do Dnipro tocou mal para o goleiro Boyko que se enrolou e quase perdeu a bola para Soldado.

Dnipro volta melhor e marca em lance polêmico

As equipes voltaram à campo sem mudanças, tanto na formação, quanto na postura em campo. Jogo sonolento com alguns lampejos. Aos 7, Rotan cobrou falta para a grande área, Zozulya conseguiu dominar a bola e caiu na frente de Friedel. O árbitro paralisou a jogada e deu cartão amarelo para o atacante, por simulação. Aos 10, Soldado perdeu gol inacreditável. Paulinho recebeu bola de Naughton pela direita, deu excelente passe para o camisa 9 que, na cara do gol e sem goleiro, conseguiu isolar a bola.

Com o intuito de mudar o estilo de jogo do Tottenham, aos 18 minutos da segunda etapa, o técnico Tim Sherwood substituiu Townsend e colocou o meia habilidoso Eriksen. O jogador, em sua primeira jogada, ao receber passe de Rose, mandou a bola para a rede, porém estava impedido. A substituição não surtiu efeito.

O Dnipro jogava melhor e, aos 35, Matheus fez boa jogada, sofreu falta cometida pelo zagueiro Vertonghen e caiu na área. Jogada duvidosa, pois quando o zagueiro belga puxou Matheus, o atacante estava fora da área, mas o árbitro Antonio Mateu marcou pênalti. Na cobrança, Konoplyanka mandou para o fundo do gol de Brad Friedel que nada pode fazer. O Tottenham reagiu após o gol. Aos 42, em duas jogadas aéreas, Paulinho e Chadli levaram muito perigo ao gol de Boyko. No fim, o técnico Juande Ramos fez uma troca para passar o tempo de jogo, que terminou em 1 a 0 para o time da casa.

Na Espanha, tudo igual no placar

No estádio Benito Villamarín, em Sevilha, Real Betis e Rubin Kazan travaram duelo pegado. Recheada de cartões, a partida terminou em 1 a 1. O zagueiro Dídac Vilá marcou para os espanhois e, de pênalti, o meia Eremenko empatou a partida. Com um jogador a mais desde os 28 minutos do primeiro tempo, o Betis atacou muito mais. Foram 15 arremates para o time da casa e apenas 5 do Rubin Kazan, que apostou nos contra-ataques.