O goleiro da Itália, Gianluigi Buffon, vem ao Brasil para disputar a sua quinta Copa do Mundo acreditando que sua seleção poderá fazer um bom papel na competição e chegar, no mínimo, às quartas de final foi o que afirmou na entrevista coletiva desta quarta-feira (28).

“É uma boa meta, mas eu não me satisfaço plenamente. Começamos a impressionar individual e coletivamente. Claro que dizer com certeza que vamos chegar às semifinais ou a final, é complicado, mas eu acho que nós nos tornamos uma equipe muito confiável, porque ganhamos os jogos que tínhamos que vencer e podemos surpreender até em jogos onde não começamos como favoritos, criando dores de cabeça para Espanha ou Brasil, com quem disputamos boas partidas. A partir das quartas de final pode vir a ser uma boa Copa do Mundo, mas vai depender do sorteio, se pegarmos a Espanha nas quartas aí poderemos ser eliminados”, afirmou o goleiro.

Além disso, Buffon falou sobre como é disputar uma Copa do Mundo e também do que pode vir a acontecer caso as favoritas cheguem nas fases mais avançadas da competição.

“A Copa do Mundo é a maior honra para a carreira de um jogador, o escudo e a história de sua nação, porque somos os representantes da nossa nação, a Champions League é só do clube e se joga todos os anos, já a Copa se joga a cada quatro. Lembremos que de vez em quando não ganha o mais talentoso, mas nem sempre porque assim não haveria créditos individuais. A Copa é uma competição tão diferente e tão curta que os parâmetros não são respeitados. Talvez a energia, o descanso e a sorte façam a diferença. A Champions dura o ano inteiro e, portanto, é menos provável que haja uma surpresa no título”, afirmou.

Buffon também citou quem são os favoritos para conquistar a taça e citou os mesmos que vários especialistas ao redor do mundo tem citado, mas colocou a Itália bem próxima a eles.

“Somos uma equipe madura, mas que conhece os seus limites. Devemos reconhecer os valores dos adversários. Os favoritos são Brasil, Argentina, Espanha e Alemanha, e nós estamos meio passo abaixo. Atrás de nós são os outsiders como a França – que ninguém menciona, mas tem potencial - surpresas como a Bélgica e um africano que sempre aparece”, comentou.

 O goleiro também não fugiu de falar sobre a Inglaterra e o Uruguai, os dois adversários mais difíceis da Itália no Grupo D, o primeiro a contar com três campeões mundiais na história.

“Somos favoritos no grupo? Nós podemos ir mais longe dos quatro. A Inglaterra mudou radicalmente e é normal que comecem como azarões, apesar dos bons valores individuais. Claro que se eles encontrarem a formação podem ser perigosos, mas não começarão como favoritos. O Uruguai é como nós, muito confiável, dificilmente perde um gol. Pode ser um outsider como a Holanda, completou.