Desde a Copa do Mundo de 1998, o Japão participou de todas as edições da competição. A seleção japonesa vem evoluindo a cada ano, e grande parte de seus jogadores estão atuando no futebol europeu, como Nagatomo na Internazionale, Honda no Milan e Kagawa no Manchester United. Mesmo com a experiência adquirida pelos jogadores, os torcedores japoneses estão apreensivos. A seleção, que tem nomes para surpreender muitas equipes, vive um dilema: os principais jogadores vivem má fase em seus respectivos clubes, fato que preocupa, mas, Honda e Kagawa tem tudo para comandar a equipe e serem os responsáveis por mudar essa historia.
Yuto Nagatomo: buscando um melhor desempenho
Nagatomo iniciou a sua carreira como profissional no F.C. Tokyo, em 2008. Com boas atuações, o jogador despertou o interesse do futebol italiano. Em 2010, Nagatomo se transferiu para o Cesena (ITA), aonde fez boas apresentações e, na temporada seguinte, o lateral-esquerdo foi para a Internazionale.
O começo no novo clube não foi fácil, as boas atuações não se repetiam. Nas vésperas da Copa do Mundo e já adaptado ao futebol italiano, Nagatomo melhorou o seu rendimento na Internazionale, porém, todos sabem que ele pode render mais e é o que os japoneses esperam na Copa do Mundo.
Uchida, Hiroki e Sakai: trio Japonês busca afirmação na Alemanha
Os três laterais viveram momentos parecidos, todos eles se destacaram bastante no futebol japonês e, com as boas atuações, foram para o futebol alemão. Os japoneses sofreram bastante para se firmar nas equipes e não são unaminidades em seus clubes.
Uchida chegou ao Schalke 04 vindo de boas temporadas no Kashima Antlers. Hiroki atuava pelo Kashiwa Reysol e agora defende o Hannover 96. E Gotoku Sakai foi do Albirex Niigata para o Stuttgart e ainda é uma das apostas da equipe alemã e da seleção japonesa.
Yasuhito Endo: a experiência da equipe
Endo é o único sobrevivente do grupo da Copa de 2006. O meia ajuda muito a equipe com a sua experiência e procura passá-la aos mais jovens. O jogador já não tem o mesmo desempenho dentro de campo e, em sua provável ultima Copa do Mundo, se espera um bom futebol por parte de Endo. O jogador defende as cores do Gamba Osaka desde 2001.
Makoto Hasebe: buscando um bom futebol na Alemanha
Hasebe chegou ao futebol alemão para jogar no Wolfsburg. Com a forte concorrência, o jogador não teve muitas oportunidades na equipe, mas se sagrou campeão alemão na temporada 2008-2009. Nessa temporada, se transferiu para o FC Nürnberg. No outro clube alemão, Hasebe conseguiu manter uma seqüência de jogos, porem, a sua equipe foi rebaixada e, como todo o elenco, o jogador também rendeu abaixo do esperado.
Shinji Kagawa: ainda não rendeu o esperado na Inglaterra
Kagawa sem duvidas é um dos jogadores mais talentosos da seleção japonesa. Após se destacar no Cerezo Osaka, o jogador foi para o Borussia Dortmund, jogar a Bundesliga. No time alemão, Kagawa viveu o seu melhor momento até então na carreira, fazendo gols importantes, jogando um futebol em alto nível e o melhor, conquistando títulos, foi assim que Kagawa se tornou ídolo no Dortmund. O japonês conquistou duas Bundesligas, uma Copa da Alemanha e uma Supercopa da Alemanha.
As excelentes temporadas com a camisa amarela, fizeram com que Kagawa fosse desejado por muitos clubes europeus. Por 15 milhões de euros, o destino do jogador passou a ser o futebol inglês, no poderoso Manchester United. Em sua primeira temporada pelo United, Kagawa se sagrou campeão inglês, mas o futebol apresentado no novo clube não chegava perto da brilhante fase no Dortmund e o jogador não conseguiu se firmar entre os titulares. Na janela de transferências,Kagawa foi cogitado em alguns times da Europa, mas nenhuma negociação foi concretizada. Na atual temporada, o jogador é pouco utilizado, e se mantém no elenco pela fama dos bons tempos, na esperança que eles retornem.
Keisuke Honda: na Itália, ainda não encontrou o bom futebol
Honda é o principal jogador da seleção nipônica, todas as jogadas passam pelos seus pés e ele é a esperança de uma boa campanha na Copa do Mundo. Keisuke iniciou a sua carreira no Nagoya Grampus e, após algumas temporadas, se transferiu para o futebol holandês para atuar no VVV-Venlo. O bom desempenho tornou Honda o capitão da equipe e ídolo da torcida holandesa.
Honda foi especulado no Ajax, PSV, Everton e Liverpool, mas acabou indo para o CSKA Moscou por seis milhões de Euros. No futebol russo, Honda mostrou a que veio desde o inicio, com boas atuações, conquistou o Campeonato Russo e Copa da Rússia. O jogador também se tornou o primeiro jogador japonês a chegar às quartas-de-final da Champions League, marcando o gol da classificação de sua equipe em uma cobrança de falta.
A boa fase no CSKA rendeu a Honda uma convocação para disputar a Copa do Mundo de 2010 pelo seu país. Honda anotou dois gols na competição e foi eleito por muitos jornalistas como o melhor jogador da fase de grupos daquela edição.
Especulado em varias equipes, Honda teve diversas propostas, mas a equipe russa segurava o jogador. Necessitando disputar um campeonato com mais exposição, Honda deixou o CSKA para se tornar jogador do Milan, onde está atualmente. Na equipe italiana, o jogador é o reflexo da má fase do time e ainda não se firmou entre os titulares.
Hiroshi Kiyotake: esperança de reencontrar o bom futebol
Hiroshi Kiyotake se destacou no futebol japonês jogando pelo Oita Trinita e pelo Cerezo Osaka. Em 2012, o jogador se transferiu para o Nuremberg e, logo na sua primeira temporada, foi um dos grandes destaques da Bundesliga. Já na temporada seguinte, Kiyotake não obteve o mesmo desempenho no ano seguinte e, juntamente com Hasebe, seu companheiro de clube, foi rebaixado na competição nacional.
Shinji Okazaki: o homem-gol japonês
Okazaki é um centroavante que mostra muito potencial e um faro para fazer gols. Começou a sua carreira no Shimizu S-Pulse, do Japão, e no ano de 2011 transferiu-se para o Stuttgart, da Alemanha. No time alemão, Okazaki não se firmou como titular absoluto e buscando mais espaço, foi para o Mainz, clube também da Alemanha.
No Mainz, a expectativa com a sua chegada foi muito grande. Okazaki até fez os seus gols, e seu time fez uma boa campanha, mas, pela expectativa criada, ficou a impressão de que ele podia mais.
Yoshito Okubo: já viveu fases melhores
Okubo é um atacante experiente, tem passagens pelo futebol espanhol (Real Mallorca) e pelo futebol alemão (Wolfsburg). Atualmente, Okubo joga pelo Kawasaki Frontale, do Japão. O atacante já viveu grandes fases, mas hoje, já não desempenha o bom futebol de antes.
Entretanto, sua experiência com a seleção japonesa e no futebol internacional será de suma importância para a campanha do Japão. Além de Okubo, outras opções para o ataque são Kakitani e Osako, ambos de 24 anos.
Grupo pode ajudar o Japão
Apesar de boa parte dos seus jogadores não viverem grande fase, o Japão tem tudo para conquistar uma vaga nas oitavas de final da Copa do Mundo. Em um grupo que conta com a Colômbia como cabeça de chave e sem Falcao García, além de uma envelhecida Costa do Marfim e da decadente Grécia, os asiáticos podem, inclusive, terminar a fase de grupos na primeira colocação.