A Bósnia-Herzegovina vem pela primeira vez na Copa do Mundo, a seleção é a única estreante das 32 que irão disputar o Mundial no Brasil. Com grandes atuações nas últimas apresentações, os bósnios prometem dar trabalho na primeira participação.

A Copa do Mundo selou uma união entre o povo que é totalmente separado por motivos étnicos e o futebol está sendo um grande responsável por unir a população e está sendo um grande orgulho do povo, que sofreu com anos de guerra. Para se ter noção do tamanho da importância disso, 70 mil pessoas foram às ruas de Sarajevo, capital bósnia, comemorar a classificação da seleção para a Copa do Mundo.

Historicamente, a seleção da Iugoslávia sempre teve grandes talentos e essa geração da Bósnia é um ótimo exemplo. Com jogadores como Dzeko, Pjanic e Ibisevic, os bósnios são grandes promissores no mundial. A seleção da Bósnia espera fazer melhor que seus rivais na primeira participação e causar impacto na sua chegada ao cenário mundial do futebol.

A história da Iugoslávia

A seleção iugoslava coleciona vários feitos importantes no futebol. Jogadores com um talento raro e com uma visão tática apurada fizeram com que a Iugoslava pudesse fazer sucesso no cenário do futebol mundial, porém nem sempre formavam um elenco unido, já que o país sempre teve desavenças no grupo, formado por atletas de etnias e religiões distintas.

Como grande conquista no futebol a Iugoslávia deixou apenas o ouro nos jogos Olímpicos de 1960. Nos jogos Olímpicos de Verão disputados em Roma, a Iugoslávia conquistou o título de maneira invicta e incontestável, passando pela Itália nas semifinais e conquistando a medalha após bater a Dinamarca na final, após vencer por 3 a 1 com gols de Galić, Matuš e Kostić. Também tiveram as medalhas de prata em 1948, 1952 e 1954. Em 1984, ficaram com a medalha de bronze.

Em Copas do Mundo, a Iugoslávia acumula nove participações. Em 1930, na primeira vez que o torneio foi realizado, os iugoslavos marcaram presença e fizeram a melhor campanha na história do país, ficando no terceiro lugar após serem derrotados pelo forte Uruguai, que acabou se tornando o campeão da primeira edição do torneio.

Outra participação em destaque foi a de 1962. No torneio disputado no Chile, os iugoslavos ficaram na quarta colocação após serem derrotados pelos anfitriões nos minutos finais na disputa pela terceira colocação do torneio. A última participação da Iugoslávia em Copas do Mundo foi em 1998, quando chegaram nas oitavas de finais e acabaram sendo eliminados pela Holanda por 2 a 1.

Stjepan Bobek, uma lenda da Iugoslávia

A Iugoslávia deixou várias lendas no futebol. Mma das maiores é Stjepan Bobek, atacante que marcou história no futebol da península dos Balcãs, sendo o maior artilheiro da seleção, anotando 39 gols em 63 jogos. Bobek estava na disputa da Copa do Mundo em 1950 e 1954 e também foi medalhista de prata com a seleção em 1948 e 1952.

Bobek também fez história no Partizan, um dos grandes clubes do país. Foram dois títulos de Ligas e quatro de Copa no curriculum do jogador, além disso a média de gols é impressionante: em 468 jogos, o atacante marcou 425 jogos, sendo por duas vezes o artilheiro da Liga. Nascido em Zagreb, Stjepan Bobek é nativo da Croácia após a separação dos países da Iugoslávia.

Predrag Mijatović, grande atacante da Iugoslávia

Mijatović iniciou sua carreira no Budućnost Titograd e, depois de 2 anos, se mudou para o Partizan, um grande clube da Iugoslávia, aonde conquistou seu primeiro título importante: a Liga da Iugoslávia em 1992/1993. Após isso, o jogador chamou atenção e se mudou ao Valencia, da Espanha. Mijatovic continuou se destacando na Espanha, mesmo sem ganhar títulos e chegou até o Real Madrid, sonho de muitos jogadores de futebol.

Logo em sua primeira temporada pelos merengues, Mijatovic conquistou o título de La Liga. Em 1997, veio o grande auge do jogador, conquistando a Supercopa da Espanha e ganhando grandes prêmios individuais: o jogador ficou em segundo na disputa pela Bola de Ouro e ganhou o prêmio de melhor jogador da Iuguslávia. Na temporada 1997/1998 o jogador conquistou a tão desejada Champions League. Porém, a temporada para o jogador não havia sido tão positiva como a outra, com lesões e muita inconsistência, ele havia perdido espaço para o jovem Fernando Morientes. Na temporada 1999/2000, o atacante se transferiu à Fiorentina e foi adaptado ao meio-campo e teve vários problemas com lesões. O único título do jogador com a equipe italiana foi a TIM Cup, em 2000/01. Já com idade avançada, o atacante voltou a Espanha e se aposentou no Levante em 2003.

Pela seleção, Mijatovic teve a chance de disputar apenas a Copa do Mundo de 1998, na França. Aos 29 anos, não conseguiu ter um grande desempenho na competição e marcou apenas um gol em quatro jogos. Na história da seleção o atacante marcou 26 gols em 73 partidas. Mijatovic nasceu em Titograd, território de Montenegro atualmente.

Siniša Mihajlović, o xerife da Iugoslávia

Um defensor com grande qualidade, Mihajlovic é conhecido bastante por suas cobranças de falta impecáveis. Sinisa Milhajlovic participou com protagonismo do título da Uefa Champions League pelo Estrela Vermelha, em 1990/1991, marcando um belo gol de falta contra o Bayern de Munique na semifinal em um jogo que terminou empatado por 2 a 2, com os iugoslavos se classificando por 4 a 3 no agregado. Na final contra o Olympique de Marselha o jogador converteu sua cobrança de penalidade e o Estrela Vermelha acabou se tornando uma das maiores zebras da história da competição.

Rumou à Itália em 1992, após o grande sucesso na Iugoslávia. Chegou então a Roma e conseguiu repetir o sucesso, se mudando para a Sampdoria, que havia chegado na final da Champions League dois meses atrás. O desempenho na Itália foi se repetindo nas passagens pela Lazio e até a aposentadoria na Inter de Milão, tendo conquistado vários títulos em sua passagem nas terras italianas. Com 27 gols de falta na carreira, Mihajlovic detém o recorde de jogador que mais marcou gols de faltas na Serie A. Atualmente, o ex-jogador comanda a Sampdoria.

Na seleção ele participou de 63 jogos, marcando dez gols neste intervalo. A única Copa do Mundo disputada pelo jogador foi em 1998, a última vez que a Iugoslávia participou do torneio. Nascido na Croácia, o pai de Mihajlovic é sérvio e a mãe é croata, o que significa que ele poderia optar por qual seleção jogar pós guerra.

A guerra que pode ter sido iniciada pelo futebol

Em 13 de maio de 1990, o futebol deu um importante passo no destino dos Balcãs. A partida entre Dínamo de Zagreb e Estrela Vermelha ficou marcada simbolicamente como a entrada dos Balcãs em guerra. A estimativa era de três mil adeptos do Estrela Vermelha na cidade e o objetivo era político. Ao fundo, podia-se ver a faixa: “Zagreb é Sérvia”. O Dínamo de Zagreb era comandado por Željko Ražnatović-Arkan, que depois se tornou líder das sanguinárias milícias sérvias. Durante a partida, uma confusão entre os atletas tomou conta das arquibancadas e o estádio se tornou palco de uma verdadeira guerra entre dois povos.

"Aqui estava eu, um cara público preparado para arriscar minha vida, carreira, e tudo..." - Zvonir Boban

Os jogadores do Dínamo Zagreb permeneceram em campo durante todo o caos, enquanto o time do Estrela Vermelha se retirou. Zvonimir Boban era o capitão da equipe e atacou um policial com um chute. O jogador foi considerado um herói nacional, mas pela Federação Iugoslava ele foi suspenso por seis meses e teve cargas criminais arquivadas. Boban comentou sobre o assunto anos mais tardes: “Aqui estava eu, um cara público preparado para arriscar minha vida, carreira, e tudo que a fama poderia ter trazido, trouxe por causa de um ideal, uma coesa, uma coesa croata”, comentou Zvonimir Boban.

A desintegração da Iugoslávia

Sob a ditadura de Josip Broz Tito foi formada a República Socialista Federativa da Iugoslávia, um estado socialista sem ligações à URSS. Tito tratou de diminuir as diferenças étnicas e ficou no poder da Iugoslávia entre 1945 a 1980. O sistema político-étnico da Iugoslávia sob o comando de Tito era: "Seis repúblicas, cinco etnias, quatro línguas, três religiões, dois alfabetos e um Partido".

Após o falecimento de Tito, a situação política da Iugoslávia começou a se agravar e o novo sistema implantado não obteve sucesso. A Iugoslávia era formada por uma federação de repúblicas: Sérvia, Montenegro, Croácia, Eslovênia, Bósnia-Herzegovina e Macedônia e por regiões autônomas como Kosovo e Voivodina. A federação mais poderosa era da Sérvia, que controlava a maior parte das forças armadas e da economia do país.

A Iugoslávia então começou sua desintegração em 1990. Com a crise econômica, as rivalidades de grupos étnicos voltaram a existir e a primeira a se tornar independente foi a Eslovênia, depois Croácia e Macedônia seguiram o mesmo rumo.

A Bósnia-Herzegovina foi quem mais sofreu para conseguir sua independência. Sua população totalmente dividida em grupos étnicos (44% de muçulmanos, 31% de sérvios e 17% de croatas) com objetivos diferentes: os croatas e muçulmanos que viviam na Bósnia desejavam sua independência política, os sérvios que moravam na Bósnia queriam continuar pertencendo à Iugoslávia, juntamente com Sérvia e Montenegro. Com a aprovação iugoslava, a independência da Bósnia-Herzegovina aconteceu em 1992. As divergências étnicas levaram o país para uma sangrenta guerra civil, uma das mais violentas da história.

A estimativa é de mais de 200 mil mortos, um massacre de populações civis indefesas, desrespeitando todos os direitos humanos básicos. Os anos de guerra devastaram toda a Bósnia em infraestrutura e economia. Com o Tratado de Dayton em 1995, houve o acordo de paz e a Bósnia-Herzegovina foi mantida como país independente. Cerca de 49% do seu território ficou sob controle sérvio-bósnio, enquanto que 51% dele passou para o controle dos muçulmanos e croatas-bósnios. A separação étnica afeta os bósnios até os dias de hoje.

Em 1998, foi a vez de Kosovo ir em busca de sua independência. Pelo fato de ser considerado o berço cultural e religioso dos sérvios, a situação na região foi ainda mais delicada. Foram três meses de conflitos, que só foi cessado após intervenção da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte). Durante o período de guerra, foi feito uma grande limpeza étnica dos albaneses – 90% da população do Kosovo – promovida por Milosevic, então presidente da Iugoslávia. A partir de 1998, Kosovo passou a ser administrado pela Organização das Nações Unidas (ONU) e sua independência unilateral foi apenas no ano de 2008.

Em 2003, o nome da Iugoslávia deixou de ser usado e o país passou a se chamar Sérvia e Montenegro. Porém três anos depois, os montenegrinos também decidiram sua independência. Nos dias de hoje todas as antigas repúblicas da Iugoslávia se transformaram em países independentes.

A estreia de cada seleção após a independência da Iugoslávia

Até os dias de hoje, as seleções pós-Iugoslávia não conseguiram convencer disputando uma Copa do Mundo. Várias eliminações nas fases de grupos marcaram o fracasso das seleções balcânicas. Todavia, uma grande surpresa foi a Croácia, que conquistou o terceiro lugar na Copa do Mundo de 1998, disputada na França.

A Croácia foi a seleção mais regular após o fim da Iugoslávia, sempre montando times interessantes e com jogadores de talento. Em 2014 os croatas novamente tem um bom time, na sua quarta participação em Copas do Mundo. As outras seleções ainda não conseguiram encontrar estabilidade e são bastante irregulares.

Surpreendente, Croácia faz uma grande campanha na estreia

Após conseguir sua independência, a Croácia foi o primeiro país balcânico que firmou sua seleção. E conseguiu chegar rapidamente até à Copa do Mundo: os croatas conquistaram 15 pontos nas eliminatórias, ficaram atrás da Dinamarca e tiveram que disputar repescagem. Na repescagem, a Croácia enfrentou a Ucrânia e com gols de Slaven Bilić e Goran Vlaović conquistou a vitória no jogo de ida. Na volta, Andriy Shevchenko abriu o placar logo aos quatro minutos e reascendeu a esperança dos ucranianos, porém Alen Bokšić fez o gol de empate e selou a classificação da Croácia para a Copa do Mundo de 1998, na França.

A campanha foi incrível, a seleção terminou com a terceira colocação e ficou como grande promissora para os anos seguintes. Davor Suker era o grande destaque da equipe. Na época, o centroavante atuava no Real Madrid e era a grande esperança de gols para os croatas. Goleador nato, foi o artilheiro daquela edição com seis gols marcados. Meio-campista habilidoso e de muito talento, Zvonimir Boban também era um grande destaque.

O sorteio colocou a Croácia no Grupo H, dando grandes possibilidades para a classificação para a fase mata-mata. A chave era encabeçada pela Argentina, e os concorrentes dos croatas para a segunda vaga eram Japão e Jamaica.

● Jamaica x Croácia: estreia com vitória

A estreia da Croácia em Copas do Mundo foi realizada no dia 14 de junho de 1998, no Félix-Bollaert, em Lens. O primeiro adversário que os croatas iriam enfrentar era a Jamaica e o jogo começou bastante movimento, com chances claras de gols para ambos os lados.

O placar foi aberto por Mario Stanić. Após a bola bater no travessão e sobrar na pequena área, o meio-campista abriu o placar e fez o primeiro gol dos croatas em Copas. Após um grande tiki-taka dos jamaicanos, Robbie Earle recebeu um cruzamento perfeito e cabeceou para o fundo das redes, empatando a partida aos 45 minutos da primeira etapa. No segundo tempo, Robert Prosinečki fez um cruzamento e a bola pegou efeito, enganando o goleiro adversário e colocando os croatas na frente novamente. No final, Suker acertou um lindo chute de fora da área e selou o placar em 3 a 1.

● Japão x Croácia: Suker garante o triunfo

O próximo adversário da Croácia foi o Japão, no dia 20 de junho de 1998, no Stade de la Beaujoire, em Nantes. Os croatas começaram impondo mais volume de jogo e, logo no início, Suker bateu uma falta que levou muito perigo ao gol japonês. O ritmo dos croatas era mais intenso e os europeus criaram as principais chances de gol na partida. No contra-ataque, o Japão buscava seu gol, Nakayama apareceu sozinho na frente de Ladic, mas o goleiro fez uma grande defesa e evitou o gol do Japão.

Após grande jogada de Aljoša Asanović, a Croácia finalmente encontrou seu gol. Aos 77 minutos de jogo, o camisa 7 cruzou na área e encontrou Suker livre para consolidar mais uma vitória dos croatas e garantir a classificação para a fase de grupos.

● Argentina x Croácia: a primeira derrota

A partida entre Argentina e Croácia foi disputada no dia 26 de junho de 1998, no Parc Lescure, em Bordeaux. A Argentina era cercada de grandes talentos, como Javier Zanetti, Juan Sebastián Verón, Gabriel Batistuta entre outros.

Aos 36 minutos de jogo, Ariel Ortega encontrou Mauricio Pineda, o jogador dominou no peito e acertou um belo chute, abrindo o placar para os argentinos. A Argentina continuou administrando as ações do jogo. Goran Vlaović teve uma grande chance no segundo tempo, quando acertou um belo chute no travessão, quase empatando a partida para os croatas. O jogo não teve alteração no placar e, mesmo com a derrota, a Croácia carimbou sua passagem para a próxima fase da competição.

● Romênia x Croácia: Suker marca mais um e croatas se classificam

No Parc Lescure novamente, Croácia enfrentou a Romênia pelas oitavas-de-finais no dia 30 de junho de 1998. Os croatas conseguiriam impor um grande ritmo de jogo logo no começo, obrigando o goleiro Bogdan Stelea trabalhar bastante.

Após grande pressão da Croácia no início, Gică Popescu derrubou Aljoša Asanović na área. Suker converteu a penalidade e colocou os croatas na frente do placar ao final do primeiro tempo. A Romênia não conseguiu se encontrar no jogo e foi dominada pelos croatas durante toda a partida, que não conseguiram ampliar o placar, mas avançaram de fase.

● Alemanha x Croácia: massacre croata sobre os alemães

No caminho da Croácia, apareceu a forte seleção da Alemanha, que era comandada por Lothar Matthäus. O jogo, válido pelas quartas-de-finais, foi disputado no Estádio Gerland, em Lyon, no dia 4 de julho de 1998. A Alemanha conseguiu criar chances importantes no início da partida, até Christian Wörns fazer uma dura falta em Davor Suker e tomar o cartão vermelho aos 40 minutos do jogo.

Com um jogador a mais, a Croácia passou a dominar totalmente as ações do jogo. Aos 47 minutos, Robert Jarni acertou um belo chute no canto do goleiro, abrindo o placar. Já aos 80 minutos, Goran Vlaović também conseguiu acertar um belo chute rasteiro e ampliar o placar. Faltando apenas cinco minutos para o fim, Suker fez uma linda jogada individual e transformou o placar em goleada. Após o apito final, jogadores e torcida fizeram uma linda festa no estádio, comemorando uma das vitórias mais marcantes da história da Croácia até os dias de hoje.

● França x Croácia: a queda nas semifinais

O desafio na semifinal ainda era maior: a França, anfitriã do torneio naquela edição. Os franceses ainda contavam com a mestria de Zinedine Zidane, uma grande estrela mundial. A partida foi disputada no dia 8 de junho de 1998, no Stade de France, em Paris.

A Croácia não se intimidou, começou partindo para cima e tentando criar lances de perigo, até que conseguiram abrir o placar: Suker, como sempre, recebeu um belo lançamento de Asanovic e finalizou com precisão, deixando o goleiro Fabien Barthez sem chances para a defesa. Um minuto depois, Youri Djorkaeff encontrou Lilian Thuram na entrada da área e o defensor empatou o placar. A virada veio novamente com Thuram, com um belo chute de fora da área.

Aos 76 minutos de jogos, Laurent Blanc foi expulso após um desentendimento na área. Com um jogador a mais, a Croácia tratou de atacar com mais força, mas os franceses conseguiram suportar a pressão causada e consolidaram a vaga na final.

● Holanda x Croácia: bela campanha é coroada com o terceiro lugar

Após ser eliminada na semifinal, a Croácia tinha a disputa da terceira colocação para enfrentar. O adversário era a Holanda, que foi eliminada pelo Brasil. O jogo foi disputado no Parc des Princes, em Paris, em 11 de julho de 1998. A Laranja Mecânica também tinha uma grande equipe cercada de grandes craques como Edwin van der Sar, Seedorf, Bergkamp, entre outros.

O placar foi aberto logo aos 13 minutos de jogo: Robert Jarni encontrou Robert Prosinečki na área e o jogador chutou rasteiro para colocar os croatas na frente. A Holanda encontrou seu empate logo aos 21 minutos, em uma bela jogada de Boudewijn Zenden, o camisa 12 chutou com força e empatou a partida. Porém a Croácia ainda tinha a carta principal do time e Suker novamente foi fator decisivo para os croatas: um lindo chute de bico no canto de Edwin van der Sar deu a vitória para a Croácia.

O segundo tempo não teve o placar alterado, a Croácia saiu com a vitória e garantiu o terceiro lugar. No fim, uma grande festa para celebrar a grande campanha na estreia da seleção.

Eslovênia fracassa em 2002

Na Copa sediada por Coréia do Sul e Japão, foi a vez da seleção eslovena estrear. A classificação para a disputa do Mundial também foi nos playoffs, após ter ficado atrás da Rússia no grupo, a seleção conseguiu deixar para trás a Iugoslávia e foi sorteada para enfrentar a Romênia.

Nos playoffs contra a Romênia, a seleção eslovena venceu o primeiro jogo por 2 a 1, depois confirmou sua classificação com o empate fora de casa por 1 a 1. Em sua primeira participação na Copa do Mundo, a Eslovênia não tinha grandes destaques na equipe, Miran Pavlin era o principal nome. Atleta do Porto, o jogador tinha 30 anos de idade na época.

A seleção foi sorteada no Grupo B, ao lado de Espanha, África do Sul e Paraguai. A estreia porém foi muito decepcionante e, sem nenhuma vitória na competição, o time deixou a Copa do Mundo ainda na primeira fase.

● Espanha x Eslovênia: estreia com derrota

O primeiro jogo da Eslovênia foi realizado no Gwangju World Cup Stadium, em Gwangju, na Coréia do Sul. A partida foi realizada no dia 2 de junho de 2002 e o adversário seria a Espanha, com a geração promissora de Raúl González.

Logo no primeiro tempo, Raúl aproveitou a sobra, driblou o defensor esloveno e finalizou para abrir o placar. No segundo tempo, Juan Carlos Valerón recebeu um cruzamento na área e ampliou a vantagem para a Fúria. Aos 82 minutos, Sebastjan Cimirotič diminuiu a vantagem. No final do jogo, Hierro converteu a penalidade e deu número final ao placar: vitória espanhola por 3 a 1.

● África do Sul x Eslovênia: a confirmação da desclassificação

No segundo jogo da seleção eslovena, a disputa seria contra a África do Sul. O jogo foi disputado no dia 8 de junho de 2002, no Daegu Stadium, na Coréia do Sul. As coisas já começaram complicadas para a Eslovênia quando Siyabonga Nomvethe completou uma cobrança de falta de cabeça e colocou a África do Sul na frente no começo da partida.

O domino dos sul-africanos permaneceu durante o jogo e a Eslovênia não encontrou maneiras para empatar ou até mesmo virar o resultado. Com a derrota consolidada, a Eslovênia já estava eliminada da competição na primeira fase.

● Eslovênia x Paraguai: despedida com mais uma derrota

A Eslovênia jogava para cumprir tabela, enquanto o Paraguai tinha o objetivo de se classificar para a próxima fase. A partida foi realizada no dia 12 de junho de 2002, no Jeju World Cup Stadium, na Coréia do Sul.

O Paraguai teve um grande problema logo no início da partida: aos 22 minutos de jogo, Carlos Paredes recebeu o segundo cartão amarelo e deixou o Paraguai com um homem a menos. A Eslovênia aproveitou o momento e conseguiu abrir o placar aos 45 minutos de jogo, após uma bela jogada de Milenko Ačimovič.

No segundo tempo, Nelson Cuevas entrou para mudar a história do jogo. Aos 65 minutos ele fez uma bela jogada na área e empatou para os paraguaios. A Eslovênia continuou perdendo suas chances e Jorge Luis Campos aproveitou sua chance em um chute de fora da área, virando a partida para os paraguaios. Os eslovenos também tiveram um jogador expulso, deixando a partida aberta. Cuevas confirmou a vitória para o Paraguai aos 84 minutos, após um lindo chute de fora da área, classificando os sul-americanos e finalizando a participação vergonhosa dos eslovenos.

Sérvia e Montenegro também tem estreia fracassada

Na Copa do Mundo sediada pela Alemanha, em 2006, Sérvia e Montenegro estreou como um país independente, após o nome da Iugoslávia deixar de ser utilizado. A principal estrela do time era Dejan Stanković, talentoso meio-campista da Internazionale e camisa 10 da seleção. A campanha nas eliminatórias foi animadora, em um grupo com Espanha, Bósnia-Herzegovina, Bélgica, Lituânia e São Marino, Sérvia e Montenegro conquistou 22 pontos e acabou na frente da Espanha, grande favorita do grupo.

Para a Copa, os sérvios-montenegrinos foram sorteados no Grupo C com Argentina, Holanda e Costa do Marfim. As ambições não eram grandes, ainda mais após cair em um grupo muito difícil, porém o resultado foi pior do que se imaginava.

● Sérvia e Montenegro x Holanda: Robben decide para os holandeses

A estreia de Sérvia e Montenegro foi realizada no Zentralstadion, em Leipzig. O primeiro adversário em Copas do Mundo foi a Holanda, que já contava com a capacidade de jogadores como Robben, Sneijder e Robin van Persie.

A seleção sérvia-montenegrina criou uma boa chance no início da partida, mas a bola foi afastada pela defesa holandesa. Aos 18 minutos de jogo, Robben recebeu um belo lançamento e ficou frente à frente com o goleiro, finalizou com categoria e abriu o placar da partida. Após o gol, a seleção da Holanda continuou dominando a partida, Sérvia e Montenegro não conseguiu criar chances claras de gol e a partida terminou com o placar magro favorável para a Holanda.

● Argentina x Sérvia e Montenegro: sem compaixão, argentinos massacram na segunda partida

A segunda partida dos sérvios-montenegrinos foi contra a Argentina, realizada na Arena Auf Schalke, em Gelsenkirchen. A tradicional seleção argentina também era respeitável e seus os principais jogadores eram Hernán Crespo, Juan Roman Riquelme e Maxi Rodríguez, além de um Lionel Messi em começo de carreira.

A seleção de Sérvia e Montenegro foi totalmente envolvida pela Argentina na partida e, logo aos 4 minutos de jogo, após uma longa troca de passes, Maxi Rodríguez anotou o primeiro gol da partida. E a troca de passes também funcionou no segundo gol dos argentinos. Tabelando com Crespo, Cambiasso recebeu um belo passe de calcanhar na área e marcou o segundo tento. Saviola foi importante no terceiro gol, o jogador conseguiu roubar a bola e invadir a área, encontrando Maxi Rodríguez para balançar as redes sérvio-montenegrinas pela terceira vez na partida.

Tudo dava errado para os sérvios-montenegrinos: após uma dura entrada de Mateja Kežman em Mascherano, o jogador foi punido com o cartão vermelho direto aos 65 minutos de jogo. Lionel Messi entrou na partida para fazer a diferença, o jogador encontrou Crespo na área para marcar o quarto gol dos argentinos. Carlitos Tevez também aproveitou o mal momento da Sérvia e Montenegro para marcar. O ex-corinthiano fez uma linda jogada individual e marcou o quinto gol. No final da partida, Messi foi encontrado por Tevez na área e marcou seu primeiro com em Copas do Mundo.

Os argentinos golearam a Sérvia e Montenegro por 6 a 0 na partida, com o resultado, os sérvio-montenegrinos já estavam eliminados da competição.

● Costa do Marfim x Sérvia e Montenegro: marfinenses aumentam o drama

Em sua última partida na Copa do Mundo de 2006, a Sérvia e Montenegro iria enfrentar a Costa do Marfim, que já contava com Yaya Touré na época, na Allianz Arena, em Munique.

O primeiro gol dos sérvios-montenegrinos saiu logo aos 10 minutos de jogo, quando Nikola Zigic recebeu um lançamento e tocou na saída do goleiro para abrir o placar da partida. A Costa do Marfim foi em busca do empate e até mesmo criou uma grande oportunidade. Após uma falha de Domoraud, Sasa Ilic aproveitou a oportunidade e ampliou o placar, colocando Sérvia e Montenegro em uma grande vantagem no placar.

Aos 47 minutos, Milan Dudic tocou a bola com a mão dentro da área e o juiz assinalou a penalidade, Aruna Dindane converteu e diminuiu a vantagem no placar. No final do primeiro tempo, Nadj fez falta dura e recebeu o segundo amarelo, deixando Sérvia e Montenegro em desvantagem. Novamente Dindane decidiu, o jogador recebeu um cruzamento perfeito e cabeceou a bola de forma indefensável para o goleiro, empatando a partida. Aos 82 minutos de jogo, novamente Milan Dudic colocou a mão na bola dentro da área e o juiz marcou penalidade, Bonaventure Kalou converteu a cobrança e virou o jogo para os marfinenses.

Com a derrota de virada, Sérvia e Montenegro encerrou sua participação em Copas do Mundo de maneira negativa, sem nenhuma vitória para constar.

Separada de Montenegro, Sérvia estreia na Copa de 2010

Após se separar de Montenegro, Sérvia conseguiu carimbar sua passagem para a Copa do Mundo de 2010, disputada na África do Sul. Para conquistar a classificação, a Sérvia teve superar a França nas eliminatórias. Os sérvios tiveram 22 pontos conquistados, contra 21 dos franceses.

A defesa respeitável, composta por jogadores como Vidic, Kolarov e Ivanovic era o ponto forte da equipe, que ainda contava com Stankovic em boa fase. A seleção mostrava grande potencial para surpreender, mas isso não aconteceu: os sérvios conseguiram vencer apenas um jogo disputado e acabaram sendo eliminados na fase de grupos. A Sérvia foi destinada ao Grupo D, ao lado de Alemanha, Austrália e Gana.

● Sérvia x Gana: Gana vence por vantagem mínima

O primeiro jogo da Sérvia foi realizado no Loftus Versfeld Stadium, em 12 de junho de 2010. Gana também tinha uma promissora seleção e teria o desafio de passar por cima da forte defesa da Sérvia.

Em chutes de fora da área e lances de bola parada, Gana ia tentando encontrar seu gol, mas a Sérvia conseguia evitar a pressão dos africanos. Os ganeses tentavam levantar a bola na área em todo instante, buscando fazer um gol com a cabeça. Aos 82 minutos de jogo, Zdravko Kuzmanović tocou com a mão na bola e árbitro marcou a penalidade, Asamoah Gyan bateu com categoria e marcou o gol da vitória dos ganeses.

● Alemanha x Sérvia: a surpreendente vitória servia

Jogando no Nelson Mandela Bay Stadium, a Sérvia enfrentou a Alemanha que era uma das favoritas ao título da Copa do Mundo em 2010. A Alemanha encontrou dificuldades para lidar com a zaga da Sérvia e não conseguiu criar grandes oportunidades de gol, mas ainda assim era a melhor seleção em campo.

A Alemanha foi castigada aos 37 minutos quando Miroslav Klose recebeu o segundo cartão amarelo e acabou sendo expulso. No minuto seguinte, Jovanovic marcou o gol da Sérvia, Zigic escorou de cabeça na área e encontrou o jogador livre para abrir o placar.

No segundo tempo, a Alemanha, inconformada com a derrota, partiu para cima e Vidic deu a chance do empate para os alemães ao cometer um pênalti infantil na área, tocando a mão na bola. Na cobrança, Podolski bateu mal e Stojkovic fez a defesa para delírios dos sérvios. A Alemanha tentou movimentar o ataque, mas não conseguiu chegar ao empate.

Austrália x Sérvia: a despedida da competição

Com chances de classificação, a Sérvia enfrentou a Austrália no Mbombela, em Nelspruit. A Sérvia conseguiu dominar a partida de forma incisiva no primeiro tempo com seus meio-campistas habilidosos. Do outro lado, Schwarzer ia fazendo grandes defesas para salvar o time australiano.

Enquanto as equipes se enfrentavam, a Alemanha abriu o placar diante de Gana. Nesse cenário, os australianos precisariam fazer quatro gols para ir às oitavas de final. Já aos sérvios, uma vitória simples já era o suficiente. Aos 24 minutos do segundo tempo, Tim Cahill subiu mais alto que a defesa da Sérvia para fazer gol. Quatro minutos após os australianos abrirem o placar, Holman chutou da intermediária para ampliar a vantagem.

No final da partida, Pantelic ainda marcou, mas não foi o suficiente para conseguir uma reação da Sérvia e as duas seleções foram eliminadas na primeira fase da competição.

Em 2014, é a vez da Bósnia-Herzegovina estrear

Na Copa do Mundo de 2014 será a vez da estreia da Bósnia-Herzegovina estrear no maior torneio de futebol do mundo. Após ter ficado nos playoffs da Copa do Mundo em 2006, a campanha da Bósnia nas eliminatórias dessa vez foi magnifica: 25 pontos e 30 gols marcados levaram os bósnios para a competição pela primeira vez na história.

E isso foi alvo de grande orgulho para o povo que sofreu tanto com a guerra no passado, foram mais de 70 mil pessoas nas ruas para comemorar a classificação da Bósnia-Herzegovina para o Mundial.

A Bósnia será a única estreante nessa Copa do Mundo e a seleção tem um grande potencial para conseguir fazer bonito. A seleção foi destinada ao Grupo F, ao lado de Argentina, Irã e Nigéria.

Os destaques da seleção

Foto: Getty Images

Edin Dzeko é a dádiva dos bósnios. Em grande fase, o jogador chega em alta para a Copa do Mundo. Dzeko teve grande importância na conquista do Manchester City da Premier League, com 16 gols em 23 jogos pela liga, sendo um dos principais jogadores do clube na reta final do campeonato.

Dzeko também foi muito importante no Wolfsburg, onde conquistou um título da Bundesliga e foi considerado o melhor jogador da competição. No Manchester City, o jogador viveu momentos de irregularidade na equipe, mas conseguiu dar a volta por cima e fez gols importantes na história do time.

Aos 28 anos, Dzeko é o maior artilheiro da Bósnia-Herzegovina na história e a grande esperança dos torcedores para uma boa campanha na Copa. Um goleador nato e com vários gols importantes em sua carreira, o centroavante promete brilhar nesta Copa do Mundo.

“Agradeço a vocês de coração, que estiveram comigo e com a equipe nacional. Vocês estavam conosco nos momentos mais difíceis e nos deram força para continuar com coragem. Seu apoio e até mesmo suas críticas sempre nos fizeram encontrar o caminho e, portanto, nós prometemos, primeiro em meu próprio nome, e, em seguida, em nome de todos os jogadores, que vamos fazer de tudo no Brasil de que mais uma vez possam se orgulhar. Porque sua atenção, o seu amor incondicional, nos deixa orgulhosos. Mais uma vez, agradeço a vocês de coração, porque sem vocês, não estaria aqui”, disse Dzeko.


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Miralem Pjanic, de 24 anos, mostra ser mais um grande talento dos Bálcãs. O jogador foi de grande importância na campanha do vice-campeonato italiano da Roma. O jogador é uma grande promessa do futebol mundial e é uma das grandes peças para o ataque bem sucedido da Bósnia-Hezegovina.

O jogador chegou se transferiu para a Roma depois de ter grande destaque no Lyon, onde chegou a marcar um gol contra o Real Madrid dentro do Santiago Bernabéu e foi muito importante no triunfo sobre os merengues na temporada 2009/2010.

A Bósnia quase perdeu o jovem para o Luxemburgo, o jogador chegou a disputar as categorias de base pelo país, mas no fim escolheu defender as cores do país aonde nasceu. No momento o jogador diz estar vivendo o sonho, e também espera uma bela campanha com a seleção.

"Eu sonhei com isso - quando eu era criança, eu viajei com minha família e amigos de Luxemburgo para assistir a um jogo decisivo contra a Dinamarca nas eliminatórias do Euro 2004 Desde esse dia eu tenho sonhado de representar meu país em um torneio e tal, agora nós estamos lá. E tudo é possível", disse Miralem Pjanic.


Asmir Begovic é um grande pilar da Bósnia. Se todo bom time começa por um bom goleiro, a Bósnia-Herzegovina poderá contar com Begovic. O jogador já foi requisitado por grandes clubes em todo mundo e se destaca por várias temporadas na Premier League.

Aos 26 anos, Begovic conta com um grande reflexo, mesmo com a alta estatura – 1,98m. O goleiro se tornou um dos principais da Europa e tem tudo para render uma grande transferência para o Stoke City ainda nesta temporada.

Begovic também chegou a atuar em outras seleções, o jogador se mudou quando criança para o Canadá e passou grande parte da sua vida por lá, atuando nas categorias de base da seleção, mas o goleiro escolheu defender as cores da Bósnia-Herzegovina.

"Nossa equipe nos representar na Copa do Mundo é a maior notícia para todos na Bósnia em uma geração. A única razão pela qual alguém nos conhece é por causa da guerra ou talvez as Olimpíadas de Inverno em Sarajevo, em 1984“, disse o goleiro.

"Esta equipe nos uniu e nos trouxe um pouco de luz. Sérvios bósnios, croatas da Bósnia e bósnios estão todos juntos para apoiar a equipe e para dizer algo positivo sobre o nosso belo país. Para nós estar em uma Copa do Mundo é espetacular“, completou Begovic.

Objetivo da Bósnia é alcançar o mata-mata

Em sua estreia, a Bósnia tem grandes chances de fazer campanhas melhores que os rivais da península dos Balcãs. Superar a terceira colocação da surpreendente Croácia em 1998 é uma missão difícil, mas fazer uma campanha melhor que as dos outros estreantes é totalmente possível. Susic, treinador da Bósnia, deixou claro o objetivo de passar da primeira fase.

"Nos classificamos para nossa primeira Copa do Mundo. É claro que queremos mostrar ao mundo que a classificação não foi um acidente", disse o treinador. "Temos bons jogadores, como todas as seleções que disputam a Copa tem. Nossa ambição é passar da fase de grupos e depois veremos o que acontece", analisou Sušić.

Em um grupo com Argentina, Nigéria e Irã, os argentinos são os grandes favoritos do grupo, enquanto Nigéria e Bósnia-Herzegovina cravarão a batalha pela segunda posição. O ataque é a principal arma dos bósnios e com os grandes destaques inspirados para o Mundial, a Bósnia poderá fazer uma campanha surpreendente nesta Copa do Mundo.