Na tarde desta segunda-feira (16), Nigéria e Irã se enfrentaram na Arena da Baixada, em Curitiba. O duelo que marcou a estreia das duas seleções na Copa do Mundo de 2014 e, também, encerrou a primeira rodada do Grupo F, foi o jogo mais fraco do Mundial, até o momento. Os dois sentiram a falta de qualidade no meio de campo e no ataque, principalmente o Irã. Já a Nigéria teve posse de bola, criou algumas oportunidades, mas nada que chegasse muito perto de tirar o zero do placar. Sendo assim, a partida acabou se tornando o primeiro 0 a 0 do mundial. 

Com o resultado, as Seleções da Nigéria e do Irã estão ocupando o segundo lugar do Grupo F, que tem a Argentina na primeira colocação, com três pontos. Os dois times estão com um ponto. O último lugar está sendo ocupado pela Bósnia, que foi derrotada, por 2 a 1, pelos argentinos no último domingo (15). 

A próxima rodada do Grupo F acontecerá no próximo sábado (21). O primeiro jogo será entre Argentina e Irã, às 13h, no estádio do Mineirão, em Belo Horizonte. Já Nigéria e Bósnia jogarão, às 19h, na Arena Pantanal, em Cuiabá.

Com primeiro tempo fraco tecnicamente, placar ficou no zero 

Mais experiente em Copas do Mundo, a Seleção da Nigéria começou o duelo tentando se impor em campo. Já os iranianos marcavam do meio para trás e tinham como proposta para o início da partida sair no contra-ataque com velocidade. Os nigerianos conseguiram balançar a rede antes dos dez minutos, mas o gol foi anulado porque o árbitro entendeu como falta no goleiro. A pressão seguiu. A defesa do Irã não ficava tranquila e o time africano apertava cada vez mais. Em dois lances seguidos, por pouco o placar não saiu do zero. Moses partiu pela esquerda de ataque e cruzou rasteiro. No primeiro momento, a zaga afastou, mas na sobra Onazi bateu da entrada da área e bola passou perto da trave direita do goleiro rival. 

O lado esquerdo de ataque era por onde a Nigéria mais chegava, principalmente por conta das jogadas do meia-atacante Moses, que sempre proporcionava lances de efeitos com muita velocidade. A Águia diminuiu um pouco a pressão após os 15 minutos. Apesar disso, o domínio dos africanos, que tocavam a bola com tranquilidade, era visível. O Irã, por sua vez, encontrava dificuldade na ligação entre o meio de campo e ataque, com isso, o goleiro nigeriano tinha uma vida tranquila e trabalhava, apenas, em bola recuada por sua defesa. 

O técnico nigeriano não esperava fazer uma mudança ainda no primeiro tempo na sua equipe. No entanto, ele precisou colocar Yobo na vaga de Oboabona, que saiu lesionado. A Nigéria quase fez um gol inusitado. Em cobrança de falta, Musa viu o goleiro muito mal colocado e resolveu bater direito no canto direito, que estava totalmente aberto, mas o iraniano conseguiu se recuperar e mandou para escanteio. O Irã quase surpreendeu e abriu aplacar. Após cobrança de escanteio, o atacante Ghoochannejad cabeceou e goleiro Enyeama fez uma bela defesa. 

A primeira etapa acabou ficando no 0 a 0. Isto porque os dois times pouco criaram durante a partida. A Nigéria teve mais posse de bola, porém, pecou bastante na hora do último toque para finalizar as jogadas. O Irã, que começou errando bastante nos primeiros minutos, conseguiu um pouco mais de calma no decorrer da partida, mas a falta de qualidade na equipe era evidente. Os iranianos, praticamente, não finalizaram. O fraco desempenho, acabou sendo refletido nas arquibancadas, com as vaias dos torcedores.

Seleções repetem mau futebol e não conseguem balançar as redes

Para o segundo tempo, as duas equipes voltaram sem alterações. Com a bola rolando, a movimentação não começou muito diferente da primeira etapa. A Nigéria buscava chegar pelos lados do campo em velocidade. Já o Irã, um pouco mais ligado do que no tempo anterior, marcava com duas linhas de quatro jogadores e se arriscava mais ao ataque, que tinha no comando o Ghoochannejad. Não demorou muito e logo aos cinco minutos o técnico nigeriano fez a segunda modificação. Ele tirou o meia-atacante Moses e promoveu a entrada de Ameobi. Os africanos ficaram mais presentes no ataque durante os primeiros dez minutos da etapa final. 

A Nigéria chegava, tinha a posse da bola, rondava a área do adversário, mas seguia pecando no último passe e, também, na hora da finalização e, com isso, não conseguir fazer o goleiro iraniano trabalhar. O Irã continuou com sua marcação encaixada e tinha como principal jogada a ligação o atacante Ghoochannejad, que ariscava algumas bolas de fora da área, porém, não levava perigo. Os iranianos foram gostando do jogo e arriscando cada vez mais. O time saia em velocidade pelas laterais do campo, mas pecava muito nas conclusões dos lances. 

Para tentar marcar o primeiro gol, o técnico nigeriano resolveu colocar mais um atacante em campo. Com isso, ele colocou Peter Odemwingie na vaga de Ramon Azeez. Com essa alteração, os africanos ficaram com quatro atacantes em campo. Em um raro momento de chance de gol, a Nigéria quase abriu o placar. Após cruzamento pela esquerda de ataque, Emenike cabeceou, porém, não obteve êxito. A primeira modificação dos iranianos ocorreu, apenas, depois da metade do segundo tempo. Carlos Queiroz, treinador do Irã, tirou Dejagah para a entrada de Alireza Jahanbakhsh. 

A Nigéria seguiu se esforçando em busca do placar, esboçou uma pressão no fim da partida, mas não teve êxito. Com o fraco futebol apresentado pelas duas Seleções, o resultado não poderia ser outro se não o 0 a 0. O resultado não agradou os torcedores presentes no estádio que, assim como no primeiro tempo, variam os dois times. Este foi o primeiro jogo da Copa do Mundo 2014 em que a bola não balançou as redes.