A última partida da Seleção Espanhola na Copa do Mundo 2014 ficou marcada pelo provável adeus de David Villa da Fúria. O jogador marcou o primeiro gol da vitória por 3 a 0 sobre a Austrália, nesta segunda-feira (23), na Arena da Baixada, em Curitiba, e foi substituído por Juan Mata aos 57 minutos de jogo.

Após deixar o gramado, Villa não se conteve e foi às lágrimas no banco de reservas, chegando a ser consolado por seus colegas de equipe, inclusive. Ao fim da partida, o novo jogador do New York City, da MLS (Major League Soccer), se mostrou triste ao aceitar o fato de que dificilmente irá jogar outra Copa do Mundo.

Jogar na seleção sempre foi uma alegria para mim. Após os dois primeiros jogos contra dois adversários que eram melhores do que nós, tentamos vencer a Austrália e conseguimos. Estou feliz por conseguir o primeiro gol, mas deixar a Copa do Mundo é muito triste”, disse Villa na coletiva pós-jogo.

Ainda lamentando a provável despedida, o ex-atacante de Atlético de Madrid, Barcelona e Valencia revelou que gostaria de jogar na seleção até os 55 anos, porém se mostrou realista. Além disso, falou também sobre sua decisão de escolher um clube da MLS para.

Como sonhei a minha vida inteira, gostaria de jogar pela seleção até os 55 anos, mas sei que isso não é possível. Tomei a decisão de ir para a MLS e presumo que ficarei inativo. Se o treinador me chamar de novo, eu irei, mas eu tenho que ser realista”, acrescentou.

Aos 32 anos, David Villa sempre ficará marcado por seus números incríveis com a camisa Roja. Em 97 partidas disputadas, marcou 59 gols, o que o torna maior artilheiro da Seleção Espanhola. Além disso, graças a esses gols, Villa é o quarto jogador em atividade com mais tentos pela seleção, atrás apenas de Miroslav Klose (70), da Alemanha, Didier Drogba (65), da Costa do Marfim, e Robbie Keane (62), da Irlanda.

Ao fim da entrevista, o jogador disse que não quer esperar muito tempo para ver outro goleador superar seu recorde com a camisa da Fúria. “Meu recorde? Desejo que não leve muitos anos para alguém quebrá-lo. Será um orgulho ter outros artilheiros que possam superá-lo. Se isso acontecer, será bom para a equipe nacional”, encerrou.