O ex-jogador de futebol Alcides Ghiggia, autor do gol que deu o título da Copa do Mundo de 1950 ao Uruguai sobre o Brasil, no famoso “Maracanazo”, criticou a atitude do atacante Luis Suárez na partida contra a Itália na terça-feira (24), na qual deu uma mordida no ombro esquerdo do zagueiro Giorgio Chiellini, e disse que a Fifa deve tomar providências quanto ao acontecido.

Eu acho que a punição deveria ser aplicada, porque não é normal vermos atitudes assim, não é a primeira vez que isso acontece. Não sei o que esse rapaz pensa, nem o que ele tem na cabeça”, disse Ghiggia à agência Reuters. “Seja uruguaio ou de outra nacionalidade, sempre é preciso reprovar essas coisas em um campo de jogo, isto não é uma guerra”, completou.

A Fifa garantiu que seu Comitê Disciplinar ainda está analisando a questão e preferiu não adiantar uma possível punição ao jogador do Liverpool. A Federação Uruguaia tinha até às 17h (de Brasília) desta quarta-feira (25) para ir ao Rio de Janeiro e apresentar a defesa do uruguaio no caso.

Suárez já foi punido em outras duas oportunidades por comportamentos semelhantes. Na temporada 2012/13, o uruguaio recebeu uma severa punição da Premier League por morder o braço do zagueiro Branislav Ivanovic, do Chelsea, e em 2010, quando ainda defendia o Ajax, foi suspenso por morder Otman Bakkal, do PSV Eindhoven.

Se for suspenso, Suárez não poderá ajudar seus companheiros nas oitavas de final do Mundial, quando enfrentam a Colômbia, no sábado (28), às 17h, no estádio Maracanã, no Rio de Janeiro. Embora os pedidos de punição, Ghiggia segue bastante confiante na Celeste, mesmo sem o principal jogador do time. “O Uruguai pode seguir em frente, tem jogadores para isso”, afirmou.