Uma fuga do hábito logo no momento menos propício. Assim se sente o atacante Gonzalo Higuaín, que foi o artilheiro da Argentina na última Copa do Mundo, na África do Sul, com 4 gols, mas que não consegue repetir o desempenho em gramados brasileiros. A volta de uma lesão que o deixou de fora dos amistosos preparatórios e a ausência de um ritmo de jogo adequado ainda incomodam Pipita.

"É verdade que um gol dá confiança, mas não é uma coisa que me desespera. Considerando que a Argentina siga passando, o gol de qualquer um é importante. Estou tranquilo, sinto a confiança dos meus companheiros, da comissão técnica. Tomara que eu possa marcar o quanto antes, mas seguirei tranquilo", afirmou o centroavante do Napoli.

O atacante também falou sobre o esquema tático utilizado por Alejandro Sabella e sobre o papel dos homens de frente no momento da recomposição defensiva, um dos principais gaps do time argentino.

"Sabemos que se jogamos com um esquema ofensivo assim, temos que ajudar. As vezes é difícil, porque terminamos atacando muito a frente, e fica complicado voltar. Contra a Nigéria nos ajudamos mais e isto ficou perceptível ao darmos menos campo para o rival. A verdade é que com este compromisso facilitaremos o trabalho dos meio-campistas", prosseguiu Higuaín.

E sobre o momento de decisão, com o início da fase eliminatória, Higuaín completou: "Precisamos estar tranquilos e não demonstrar esse desespero que aparece quando não marcamos o gol. Temos que buscar o equilíbrio. É um Mundial com surpresas e neste sentido temos que ser cuidadosos. Esta oportunidade aparece a cada quatro anos, de sentir que há um país por trás deste sonho. Quiçá possamos dar esta alegria a todos, a nós, a nossas famílias, aos torcedores que vieram ao Brasil e a todos os demais argentinos pelo mundo".