Bélgica e Estados Unidos se enfrentaram na tarde desta terça-feira (1) na Arena Fonte Nova, em Salvador, em jogo válido pela oitavas de final da Copa do Mundo 2014. Em jogo muito movimentado e com muitas oportunidades de gols, a Bélgica levou a melhor e enfrentará a Argentina nas quartas de final.

O goleiro americano Tim Howard foi o destaque do jogo. Graças à ele, a partida encaminhou-se para a prorrogação, entretanto, Lukaku - que perdeu a vaga para Origi, entrou no começo da prorrogação e mudou o jogo ao dar uma assistência para De Bruyne abrir o placar e, logo depois, marcar o gol que ampliou o placar e ajudou os belgas a se classificarem.

Na segunda etapa da prorrogação, Green entrou e, em seu primeiro toque na bola, marcou para os americanos, conseguindo quebrar um recorde do goleiro belga Courtois. Entretanto, o goleiro fez boas defesas e contribuiu para a classificação. A Bélgica volta à campo no sábado (5), 13h (de Brasília), no estádio Mané Garrincha, em Brasília. 

Bélgica mostra superioridade em primeiro tempo muito movimentado

Os belgas começaram num ritmo diferente dos outros três jogos. Com mais iniciativa de jogo, marcavam bem no meio-campo e conseguiam levar perigo à defesa americana. Logo no primeiro minuto de jogo, De Bruyne roubou a bola no meio-campo, avançou em velocidade e lançou Origi. O atacante, que ganhou a vaga de Lukaku, botou no frente e chutou na saída do goleiro Howard, obrigando o goleiro americano a fazer uma grande defesa. Depois de criar uma boa oportunidade, De Bruyne avançou pela esquerda, arriscou de longe e ganhou o escanteio. Mertens cobrou e a defesa americana afastou.

Os Estados Unidos só foram ter a posse de bola aos cinco minutos. Beasley tentou cruzar para área, mas Fellaini atrapalhou. Após a tentativa de Beasley, foi a vez de Jones tentar acionar Zusi pela direita, mas a defesa belga roubou a bola e tentou sair no contra-ataque. Entretanto, o passe para Origi foi longo e saiu pela lateral.  Tentando ficar mais com a bola, os americanos trabalhavam com paciência, mas a Bélgica adiantou a marcação e a alternativa do time de Jürgen Klinsmann se tornou o lançamento longo para Johnson pela direita, porém sem sucesso. Por outro lado, De Bruyne se movimentava bastante pelos lados, mais pelo lado direito, onde os belgas se mantinham mais no início do jogo. Pela esquerda, Hazard pouco era acionado.

Somente aos 12 minutos o principal jogador da Bélgica apareceu. Hazard tentou avançar em contragolpe pela esquerda, mas Jones impediu o avanço. Se o belga não aparecia tanto, aos 16 minutos quem apareceu foi um torcedor que invadiu o campo. Após o recomeço, os americanos tentavam levar perigo pela esquerda, mas os belgas marcavam bem pelo setor e, por ali, levavam perigo com De Bruyne e Mertens no contra-ataque. 

Aos 19 minutos, Courtois apareceu pela primeira vez para defender uma fraca cabeçada de Cameron. No minuto seguinte, Bradley tabelou com Dempsey, que recebeu na entrada da área e chutou fraco, fazendo o goleiro belga trabalhar novamente. A Bélgica respondeu com Fellaini em finalização de fora da área, mas Howard defendeu. Aos 22 minutos, Vertonghen roubou a bola no meio-campo e acionou o De Bruyne pela esquerda. O camisa 7 puxou para o meio e chutou no canto, mas não pegou muito bem e a bola saiu pela linha de fundo. Foi a melhor chance da etapa inicial.

Depois de muito tentar com De Bruyne e Mertens pela direita, os belgas passaram a atacar com Vertonghen e Hazard pela esquerda. O jogo era muito intenso na Fonte Nova, estádio que mais teve gols nesta Copa. Se desta vez não tinha muitos gols, tinha bastante movimentação e as equipes buscando bastante o jogo, principalmente os belgas. Os Estados Unidos tentavam lançamentos, mas não conseguiam sucesso, e a Bélgica contra-atacava. Após lançamento para Dempsey, Alderweireld roubou a bola e lançou Hazard que pegou de primeira, mas Howard defendeu.

Yeolin entrou aos 30 minutos no lugar de Johsnon, que se lesionou. Em sua primeira participação, ganhou um escanteio para os americanos, e na cobrança, Dempsey ajeitou para Jones que chutou forte, mas mandou longe do gol de Courtois. Aos 40, Bradley lançou Yeolin na direita, que cruzou para Zusi na meia-lua, mas faltou categoria na finalização. No fim, De Bruyne teve nova oportunidade, mas o goleiro Howard defendeu com segurança. Depois de muita movimentação e oportunidades, o primeiro tempo terminou sem gols.

Bélgica massacra, Howard salva os Estados Unidos e garante prorrogação

Assim como no primeiro tempo, a etapa final começou com muita movimentação das duas equipes. Os Estados Unidos chegavam com perigo, mas pecavam no último toque, enquanto a Bélgica pecava nas finalizações e levava mais perigo que os americanos. Logo no começo, Mertens cabeceou e Howard salvou a equipe fazendo uma linda defesa. Pelo lado direito com Yeolin, os americanos tentaram chegar ao ataque, mas sem sucesso. De longe, Fellaini arriscou mas a bola foi para fora.

A Bélgica tomava a iniciativa e se mantinha no campo de ataque girando a bola de um lado para o outro, procurando a infiltração dos pontas Mertens e Hazard. Aos nove minutos, Vertonghen recebeu de Hazard pela esquerda e cruzou rasteiro para área, mas De Bruyne não alcançou e Origi furou a bola com o gol aberto. Novamente os belgas chegaram ao ataque. Alderweireld cruzou e Origi cabeceou no travessão. E a pressão continuava. Vertonghen entrou na área e chutou cruzado, mas Howard defendeu. Outra vez Vertonghen recebeu lançamento, mas desta vez chutou para fora. 

Os americanos tentavam amenizar a pressão belga, mas a marcação dos Diabos Vermelhos funcionava muito bem. Somente aos 21 minutos, após sofrer muita pressão, os Estados Unidos teve uma oportunidade de gol. Desde que entrou aos 30 minutos do primeiro tempo, Yeolin se tornou a principal opção de ataque da equipe. O meia tentou o cruzamento, mas Courtois defendeu. Entretanto, a Bélgica não sentiu pressão com a tentativa de ataque dos americanos e, logo em seguida, Witsel clareou na entrada da área e chutou no canto, quase abrindo o placar. 

A diferença de finalizações aos 25 minutos de jogo era enorme: os belgas tinham 20 tentos, contra apenas três dos americanos. Dempsey tentou aumentar o número. O atacante puxou para o meio e finalizou, mas Courtois defendeu. Porém, a Bélgica respondeu com Mirallas, e Howard continuava a salvar a equipe. Aos 28, novamente Dempsey tentou, desta vez de esquerda, e o goleiro belga defendeu. Aos 30 veio a resposta da Bélgica. Origi deu lindo passe para Mirallas, que de cara com Howard, perdeu uma grande oportunidade. Méritos do goleiro que fez outra grande e importante defesa. Aos 34 minutos foi a vez de Hazard arriscar, e Howard, outra vez, salvou os Estados Unidos.

O jogo se aproximava do fim e a Bélgica não parava de tentar. Aos 40 minutos foi a vez de Origi parar novamente em Howard. Quando o goleiro não pôde fazer nada, Hazard acertou a rede pelo lado de fora. Fellaini teve a chance de marcar de cabeça aos 45 minutos, mas mandou para fora. Com poucas oportunidades no jogo inteiro, os Estados Unidos tiveram uma grande oportunidade no último minuto. Após cruzamento para área, Jones desviou para trás e Wondolowski, de frente com Courtois, isolou. Depois de um massacre belga, a partida terminou sem gols e foi para a prorrogação.

Lukaku entra na prorrogação, muda o jogo e marca

A Bélgica iniciou a prorrogação assim como começou o primeiro e o segundo tempo de jogo, tomando a iniciativa. Entretanto, o time mudou: Lukaku entrou no lugar de Origi. E dos pés dele veio a jogada do gol belga. O atacante ganhou no corpo do Besler, avançou em velocidade pela direita e serviu De Bruyne, que se livrou da marcação e chutou no canto de Howard. Depois de 30 tentativas, os Diabos Vermelhos bateram o goleiro americano e balançaram as redes.

Apesar do gol, a Bélgica não parava de atacar. Vertonghen teve a chance, mas demorou muito para finalizar e Howard defendeu com facilidade. Logo em seguida, De Bruyne tocou para Lukaku que emendou de esquerda, mas mandou para fora. Os belgas se acuaram, mas continuavam sendo perigosos em contra-ataques. Hazard lançou Lukaku que, desta vez, parou em Howard.

O camisa 9 da Bélgica entrou para mudar o jogo. Logo no começo deu uma assistência e, durante a primeira etapa da prorrogação, teve duas grandes oportunidades. Entretanto, na terceira tentativa não perdoou. Novo contra-ataque belga pela esquerda, Hazard acionou Lukaku que chutou forte de esquerda para ampliar. Com a vantagem de dois gols, os belgas se aproximavam da vaga nas quartas de final.

Estados Unidos pressiona, Green marca, mas Bélgica avança às quartas

Os americanos voltaram com alteração. Green entrou no lugar de Bedoya e mudou o clima do jogo. Bradley lançou o atacante que, em seu primeiro toque na bola, superou Courtois e diminuiu o placar para os americanos. O jogo ganhou em emoção e, dois minutos depois, Jones finalizou para fora. Quase que os Estados Unidos empata o jogo.

A Bélgica tentou parar a pressão americana com Lukaku. O atacante fez o zagueiro Gonzalez dançar e chutou de perna esquerda, mas Howard garantia os Estados Unidos no jogo. Chadli entrou no lugar de Hazard e cometeu falta em Cameron na entrada da área. Em jogada ensaiada de Bradley, Dempsey saiu no meio de todos os belgas, livre e em condição legal, mas Courtois fez uma grande defesa.

Os Estados Unidos tentaram uma pressão no fim. Wondolowski teve oportunidade, mas errou a finalização. A Bélgica se fechou, conseguiu superar a pressão americana e garantiu a vaga nas quartas de final.