Ficar em jejum por 24 anos longe de semifinais em Copa do Mundo não é uma das missões mais fáceis para qualquer seleção, principalmente se for para uma bicampeã. Desde o Mundial de 1990, na Itália, que a Argentina vem se sentindo engasgada por ser eliminada em fases anteriores. Em 2014, no entanto, o panorama mudou e o tabu foi quebrado.

Com a superação, alguns atletas resolveram soltar o verbo. Segundo o jornal argentino Olé, o volante Mascherano, um dos líderes do elenco, se dirigiu aos seus companheiros com bastante exaltação. O jogador, porém, afirmou que a motivação não partiu somente dele, mas também de todos os outros, ignorando que houvesse qualquer discussão.

"Cada um disse aquilo que considera melhor. Não fui só eu. Cada um aqui, quando fala, todo mundo escuta. Estamos há um mês e meio treinando. A convivência foi espetacular. Não houve problemas, discussões. Esperamos que tudo termine da melhor maneira. Para isso, quarta-feira, às cinco da tarde, em São Paulo, temos que dar tudo", afirmou.

Apesar da confiança no grupo, o cabeça-de-área comparou o esquema tático implantado pela Holanda com o da Bélgica, com quem a Albiceleste duelou nas quartas-de-final. Na ocasião, foi pressão no início da partida até achar um gol com menos de dez minutos de bola rolando.

"Fomos uma equipe muito compacta, com linhas bem definidas e poucos espaços para a Bélgica contragolpear. E a principal qualidade deles era exatamente essa, como é a da Holanda, por conta da qualidade de seus jogadores", garantiu.

"Mas conseguimos fechar os espaços pelo meio, dificultamos ao máximo a passagem deles pelas nossas linhas e forçamos os chutes de longe dos centrais (Witsel e Fellaini)", completou.

A Argentina enfrenta a Holanda na próxima quarta-feira (9), às 17h, na Arena Corinthians. O vencedor pega Brasil ou Alemanha na decisão, que será realizada no Maracanã, no próximo domingo (13), às 16h.