Gimnasia y Esgrima La Plata e Estudiantes se enfrentaram nesse início de tarde no Estádio Juan Carmelo Zerrillo (Bosque), em la Plata, pela primeira fase da Copa Sul-Americana 2014. O Clásico Platense terminou em 0 a 0, permanecendo com o tabu do Lobo de não vencer o Estudiantes desde 2010.

Há quatro anos sem vencer o Estudiantes, o Gimnasia necessitava de uma vitória para acabar com esse tabu. Para isso, Pedro Troglio colocou o que tem de melhor em campo. Em relação com a equipe que venceu o Godoy Cruz no último sábado, duas foram as mudanças nos treinamentos de início de semana. Osvaldo Barsottini na defesa no lugar do Maxi Coronel e Omar Pouso no meio-campo, substituindo Dardo Miloc.

Sem vencer fora de casa nos primeiros três jogos da temporada, Mauricio Pellegrino optou por duas substituições no grupo de jogadores para acabar com essa marca justamente no clássico. A primeira ocorreu por conta de lesão: Ernesto Goñi deu lugar a Germán Ré. A outra mudança aconteceu no ataque. Diego Vera, de boas intervenções no segundo tempo de alguns jogos, tomou a posição de Ezequiel Cerutti.

Com o empate sem gols, tudo será decidido na segunda partida, no Estádio Ciudad de la Plata, com o mando do Estudiantes. Quem vencer estará nas oitavas de final da Copa Sul-Americana. Outro empate sem gols levaria aos pênaltis. Um empate com gols classificaria o Gimnasia por conta do gol qualificado fora de casa.

Equilíbrio e erro nas finalizações

O primeiro tempo foi muito equilibrado e estudado no clássico. A partida ficou marcada pelos diversos lançamentos, disputas de bola no meio-campo e pressão na defesa adversária. Com o campo pequeno, nenhum dos dois clubes conseguiu colocar a bola no chão em todo jogo.

O Estudiantes foi um pouco mais perigoso, com um chute de Joaquín Correa de fora da área e outro de Román Martínez. Diego Vera, no final do primeiro tempo, assustou em rebote da defesa proveniente de ligação direita de Desábato, zagueiro experiente de ótima partida.

O meia Ignacio Fernández foi o mais perigoso no primeiro tempo pelo lado azul de La Plata. Com Vegetti isolado no ataque ganhando poucas bolas pelo alto, restou a Nacho encostar no ataque e chegar de frente para o gol. Aos 11, arriscou de fora da área por cima do gol de Agustín Silva. Nas bolas paradas, Ignacio Fernández também comandou a equipe com sua perna esquerda.

Estudiantes domina, mas não marca 

A bronca de Pellegrino deve ter sido grande no vestiário, pois o Estudiantes começou o segundo tempo atento e concentrado. Logo no primeiro minuto, Auzqui cruzou da esquerda e Carrillo cabeceou rente à trave. Uma mudança de Troglio desestabilizou o Gimnasia: A entrada do jovem atacante Walter Bou no lugar do volante Jorge Rojas deu companhia a Vegetti no ataque, mas fez com que o Lobo perdesse o domínio do meio-campo. A partir da troca, o Pincha mandou no jogo.

Outras duas chegadas com Román Martínez, em chutes de fora da área, assustaram o torcedor do Gimnasia. Na primeira, aos 15 minutos, o volante roubou uma bola, tabelou com Auzqui e chutou forte no canto para ótima defesa de Monetti. Na segunda, aos 19, arriscou com a perna esquerda forte por cima do gol. Aos 32, o mesmo Martínez enfiou grande passe para o garoto Joaquín Correa isolar.

A bola do jogo, todavia, esteve nos pés de um atacante do Gimnasia. Pablo Vegetti se aproveitou de recuo errado de Gil Romero para a defesa, invadiu a área e bateu sobre o gol de Agustín Silva.