Chegou a hora da verdade! Nessa quinta-feira (27), River Plate e Boca Juniors farão o Superclásico mais importante da década até aqui, no qual será conhecido o outro finalista da Copa Sul-Americana 2014, que irá enfrentar os colombianos do Atlético Nacional, de Medellín, que eliminou o São Paulo na noite desta quarta (26). O árbitro Germán Delfino dará o apito inicial às 21h45, no horário brasileiro de verão, para o jogo que será disputado no Monumental de Núñez.

O jogo de ida, em La Bombonera, terminou com o placar em branco, em um duelo entre duas equipes que se preocuparam muito mais em não perder do que em ganhar. Desta vez não tem desculpa; se as equipes seguirem fechadas como na última quinta, o confronto inevitavelmente será decidido nos pênaltis. Empate com gols classifica o Boca Juniors, enquanto que para o River Plate, só a vitória interessa.

No último final de semana, os arquirrivais enfrentaram os clubes de Avellaneda. Enquanto o Boca Juniors, mesmo com time alternativo, passou fácil pelo Independiente em Buenos Aires, vencendo por 3 a 1, o River Plate perdeu a liderança do Torneo de Transición para o Racing, jogando no Cilindro de Avellaneda. O gol contra de Ramiro Funes Mori fez com que o Millonario chegasse ao 5º jogo consecutivo sem vitória - se a sequência aumentar, culminará com a eliminação na Sul-Americana.

Alguns ajustes e um retorno muito aguardado no River Plate

Após a derrota para o Racing, jogando fora de casa, que lhe custou a ponta do Transición, o River Plate voltou a trabalhar na última terça (25), com portões fechados no centro de treinamentos em Ezeiza. Além de toda a decepção pelo fracasso no campeonato local, o grupo teve que lidar com o falecimento da mãe do treinador Marcelo Gallardo, que ficou ausente dos primeiros trabalhos posteriores à reapresentação do grupo.

Mesmo que o time utilizado no último domingo (23) tenha sido quase totalmente reserva, o resultado impactou em todo o elenco, que viu o título nacional ficar um pouco mais distante. Para tentar compensar o mau resultado, o objetivo é vencer o arquirrival e se garantir na finalíssima da Copa Sul-Americana, chance millonaria de voltar a conquistar um título internacional após 17 anos.

A equipe que vai a campo terá duas alterações em relação à que atuou no jogo de ida, em La Bombonera. O uruguaio Mora se recuperou de uma infecção intestinal e volta ao time titular para a saída do jovem Gio Simeone, enquanto Pezzella, autor do gol millonario no Superclásico válido pelo Transición, entra na vaga do lesionado Maidana. A grande novidade é o retorno de Cavenaghi, que atuou 30 minutos contra o Racing e estará no banco de reservas nessa quinta.

O técnico Gallardo se manifestou em sua conta no Twitter na quarta (26), agradecendo ao apoio dos fãs em um dos momentos mais complicados de sua vida, mas não concedeu entrevista coletiva, como costuma fazer às vésperas dos jogos. O time titular já está definido, tendo treinado no final da quarta, e se mantendo concentrado desde então para o Superclásico 195.

Visitante incômodo e goleador, Boca Juniors confia no seu trio de ataque

Os números não mentem: em 9 jogos na era Arruabarrena no comando do Boca Juniors, em 8 deles o time marcou gols, tendo perdido apenas um deles - justamente quando não anotou, contra o San Lorenzo (derrota por 2 a 0). E o trio de ataque que deve começar o jogo, formado por Chávez, Calleri e Gigliotti, tem 20 gols no semestre, com o importante detalhe de que nunca atuaram juntos.

E talvez não seja no Superclásico 195 que isto aconteça. Isto porque o técnico Arruabarrena ainda mantém o mistério que ele próprio ainda não conseguiu desvendar. Sem saber como armar um ataque eficiente a ponto de furar o bloqueio do River no Monumental, mas sabendo que um gol deixa o Boca muito próximo da final da Sul-Americana, o Vasco está em dúvida entre Gigliotti, jogador mais posicionado dentro da área, Fuenzalida e Carrizo, jogadores de maior movimentação.

Fora este dilema no ataque, para saber quem substitui o Burrito Martínez, o treinador xeneize não tem nenhum problema para escalar seu time, que deverá ser praticamente o mesmo que iniciou o jogo de ida. Dentro do grupo, uma certeza: este será o jogo do ano, já que a conquista do Transición está inviabilizada, com o time a 5 pontos do líder Racing, faltando duas rodadas para o término do torneio.

Nesta quarta-feira (26), o volante Gago concedeu entrevista coletiva, na qual falou sobre o que espera do seu time para o Superclásico, e seu sentimento para o duelo. "Temos que fazer uma grande partida, porque é semifinal de Copa, tendo que estar no nosso máximo, tanto na intensidade quanto em nossas virtudes técnicas. (...) Não se pode explicar o que significa um Boca e River, ainda mais para mim, que pude jogar-los desde os 9 anos de idade, sendo torcedor do Boca", afirmou Gago.

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