Na noite dessa quarta-feira (10), River Plate e Atlético Nacional se enfrentaram no Estádio Monumental de Núñez, na Argentina, pelo jogo de volta da final da Copa Sul-Americana 2014. A partida terminou em 2 a 0 para o Millonario com gols de Gabriel Mercado e Germán Pezzella, dando um título internacional ao clube argentino depois de 17 anos.

O River Plate enfrentou poucas dificuldades para chegar nessa final. O Millo entrou em campo, para sua última partida, invicto na competição com sete vitórias e dois empates, tendo marcado 16 gols e sofrido apenas cinco nessa campanha. Pelo caminho, deixou Godoy Cruz-ARG, Libertad-PAR, Estudiantes-ARG e o rival Boca Juniors-ARG. O lateral direito Gabriel Mercado, que cumpriu suspensão pela quantidade de cartões amarelos na primeira partida da final e foi substituído pelo jovem Emanuel Mammana, de apenas 18 anos, voltou e atuou nesse jogo decisivo, marcando um dos gols do título.

Já o Atlético Nacional teve dificuldades para chegar nessa final. Foram seis vitórias, dois empates e três derrotas, 11 gols marcados e sete sofridos na campanha. A trajetória do Rey de Copas teve vitórias fáceis, difíceis, resolvidas no primeiro jogo e conquistadas nos pênaltis, como nas semifinais diante o tricolor paulista. A equipe colombiana passou por La Guaira-VEN, General Díaz-PAR, Vitória, Universidad Cesar Vallejo-PER e São Paulo. Sherman Cárdenas, um dos destaques da equipe, começou a partida no banco de reservas por opção do técnico Juan Carlos Osorio. O atacante velocista Jonathan Copete, titular na primeira partida, também se tornou opção.

Com esse placar de 2 a 0, o River Plate se tornou campeão da Sul-Americana 2014 pela primeira vez em sua história, também se tornando a primeira equipe a ser campeã invicta dessa competição. Na primeira partida, na Colômbia, as equipes empataram em 1 a 1. Este é sexto título internacional do River, conhecido por ser o maior campeão nacional da Argentina. Depois de 17 anos da Supercopa Sul-Americana conquistada em 1997, o River voltou a conquistar um título fora de seu país.

Goleiros se destacam e impedem gols na primeira etapa

O primeiro tempo foi muito equilibrado, com constantes ataques de ambas as equipes. Franco Armani e Marcelo Barovero, os goleiros de Atlético Nacional e River Plate, respectivamente, foram os destaques, com grandes defesas. Pelo lado visitante, o jovem Edwin Cardona gerou as principais chances. Aos sete minutos, o meia bateu falta alta sobre o gol de Barovero.

Como resposta, Pisculichi cruzou falta, Armani cortou de soco e Carlos Sánchez, da entrada da área de primeira, chutou forte para ótima defesa do goleiro. Nos locais, o colombiano Teo Gutiérrez teve as principais chances. Aos 11, Vangioni cruzou na segunda trave e Teo cabeceou para fora. Aos 30 minutos, o mesmo Gutiérrez exigiu duas grandes defesas de Armani: uma em toque de cabeça e outra em chute cruzado após belo drible em um zagueiro verdolaga.

Quando uma pressão millonaria se estabelecia, Luis Ruiz, em contra-ataque, fez jogada individual pelo flanco esquerdo e chutou colocado de fora da área, assustando Barovero. Aos 39 minutos, Barovero apareceu em grande movimento de reflexo: Edwin Cardona recebeu bola dentro da área, chutou forte rasteiro e Barovero fez um milagre, defendo a bola com o pé. No último minuto da primeira etapa, Mora fez grande jogada individual e deixou Teo Gutiérrez livre na cara do gol. Armani saiu bem do gol e desarmou o atacante.

Em dois toques de cabeça, título fica na Argentina

Os primeiros minutos do segundo tempo pareciam travados, com muitos erros de passe e roubadas de bola no meio-campo, todavia duas bolas paradas decidiram o jogo e o destino do título dessa edição da Sul-Americana. Aos 10 minutos, Pisculichi cobrou escanteio pela esquerda e o lateral Gabriel Mercado desviou de cabeça para abrir o placar.

O Atlético Nacional sentiu o gol e a festa da torcida. Três minutos mais tarde, Pisculichi cobrou falta venenosa, tentando surpreender Armani, que mandou para escanteio. E nesse escanteio vimos um repeteco do primeiro gol. Pisculichi cobrou escanteio do mesmo lado e o jovem zagueiro Germán Pezzella desviou de cabeça para ampliar.

O restante do segundo tempo mostrou um Atlético Nacional ansioso e nervoso, cometendo muitas faltas e exagerando em bolas longas. O River Plate permaneceu pressionando a saída verdolaga e teve chances de ampliar, como em falta cobrada por Leonardo Pisculichi aos 39 minutos.

Veja os melhores momentos do confronto:

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Sobre o autor
Leonardo Bandeira
Coordenador da editoria da Argentina na VAVEL Brasil