Se passaram 11 anos deste a última eliminatória. Tévez, a galinha, Abbondanzieri e Xeneizes finalistas. Após uma longa espera, Boca Juniors e River Plate voltam a se encontrar pela Copa Libertadores da América. La Bombonera é o palco da vez, onde o maior clássico da América do Sul definirá o classificado para às quartas de final do torneio. A bola vai rolar às 21h desta quinta-feira (14).

Coisas do futebol. Dono da pior campanha dentre os 16 classificados às oitavas, o comandados de Marcelo Gallardo foram superiores na partida de ida e fizeram o Monumental de Nuñez tremer após vitória por 1 a 0, gol marcado por Carlos Sánchez.

Entretanto, a esquadra azul-dourada está mais viva que nunca. Jogando em casa, contando com a força da torcida, Rodolfo Arruabarrena e sua equipe terão 90 minutos para reverter a desvantagem.

Para avançar, basta repetir vitórias já conquistadas na temporada

A matematica do do Boca Juniors é simples: vencer por um gol para levar a disputa para os pênaltis ou por dois para avançar automaticamente. Caso sofra algum tento, precisará vencer por três de diferença. O fato de não ter balançado as redes fora de casa é algo a se considerar, mas os Xeneizes já obtiveram o resultado necessário por duas vezes nesta temporada.

Primeiro, em fevereiro, no Torneio de Verão, o placar atípico mostra porquê o Boca Juniors foi o líder geral da Copa Libertadores e o River Plate apenas o décimo sexto. Goleada por 5 a 0, uma das maiores da histórico do clássico, que até hoje é lembrada em forma de piada pelos torcedores. É sabido por parte das duas torcidas que dificilmente o placar se repetirá, mas é uma boa motivação pré-decisão.

O sonho pode se tornar realidade caso a partida válida pela 11ª rodada do Campeonato Argentino se repita. Boca Juniors e River Plate entraram em campo na La Bombonera com suas equipes completas, sem desfalques, no primeiro clássico valendo pontos do ano. O resultado na ocasião é o mínimo desejado pelos Xeneize para a Libertadores: vitória por 2 a 0, gols marcados por Cristian Pavon e Pablo Pérez.

Sem Teófilo Gutiérrez, River arma retranca para clássico

Vencer em casa sem sofrer gols é considerado por muitos como o placar perfeita em uma partida de Libertadores. Porém, a vitória 1 a 0 na partida de ida contra o Boca Juniors não foi apenas de alegrias para o River Plate.

Principalmente referência ofensiva e artilheiro da equipe rojiblanca na temporada, Teófilo Gutierrez recebeu o cartão vermelho direto aos 44 minutos da segunda etapa após acertar um chute desnecessário em Burdisso.

Reclamações a parte, Marcelo Gallardo terá de quebrar a cabeça para encontrar um substituto a altura. Sem um reserva imediato, o treinador poderá improvisar os meias Camilo Mayada ou Gonzalo Martínez, que entraram na partida de ida, para recompor o meio-campo e segurar a pressão Xeneize.

Esta não foi a primeira expulsão de Teo Gutierrez em clássicos contra o Boca Juniors. Em fevereiro, no último amistoso da pré-temporada, o atacante perdeu a cabeça e - em nova agressão a um adversário - recebeu o cartão vermelho enquanto sua equipe era goleada por 5 a 0.

Tevez, a galinha e um Boca contra River valendo vaga na final

Há 11 anos, Boca Juniors e River Plate se enfrentavam no Monumental de Nuñez, no último clássico registrado pela Copa Libertadores da América. Na ocasião, os locais venceram por 2 a 1 no tempo regulamentar, porém, os visitantes seguiram no torneio devido ao triunfo nos pênaltis (4-5), graças a figura salvadora de Roberto Abbondanzieri.

A hecatombe da partida de ida na Bombonera, com mais incidentes que jogo e um Boca Juniors saindo vitorioso por 1 a 0, com gol de Rolando Schiavi, havia ficado para trás como motivação para o elenco de Carlos Bianchi, que teria no Monumental de Nuñez um novo desafio.

Com tudo que se passou no segundo tempo, o primeiro resumiu-se em nada. No início da segunda etapa, a expulsão de Fabían Vargas deixava os Xeneizes com um a menos, feito que foi seguido logo depois pelo de Luis González, levando a disputa os pênaltis. Porém, próximo ao fim, a expulsão de Rubens Sambueza e a lesão de Ricardo Rojas deixava os donos da casa em inferioridade numérica.

Aos 89 minutos, Franco Cangele arrancou pela esquerda e realizou um cruzamento rasante para Carlos Tevez marcar o empate. Comemorando imitando uma galinha e provocando silêncio total no estádio. Mas como dizem os argentinos, "não está morto que peleja", e assim foi com o River Plate. Aos 93', Cristian Nasuti marcaria na última bola e obrigaria a disputa das penalidades devido ao empate no resultado global.

Eis que surge o salvador: Pato Abbondanzieri. O arqueiro não teve chances nas quatro primeiras penalidades, mas chegou a vez de Maxiliamo López, o principal goleador da equipe rojiblanca, que nada pode fazer frente a figura do arqueiro xeneize. Por último, Javier Villarreal definiria a eliminatória com a quinta cobrança, colocando o Boca Juniors em mais uma final de Copa Libertadores.

Relembre como foi a partida

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