Tigres e River Plate enfrentam-se na próxima quarta-feira pelo primeiro jogo da final da Copa Libertadores da América. Em campo, muitos nomes de destaque. Rafael Sobis, Lucho González, André-Pierre Gignac… Porém, do lado argentino, um jogador encontra-se num patamar maior: Rodrigo Mora.

E, por metros, o atacante uruguaio não é brasileiro. Isso porque ele nasceu em Rivera (imagina se fosse River?), cidade uruguaia que faz fronteira com o Brasil por Santana do Livramento-RS. Dentro dos limites, consegue falar português.

Coincidências à parte, o fato é que Mora vem sendo o grande craque do River nesta Libertadores. Com seus quatro gols, é o artilheiro isolado da equipe na competição. O último deles foi marcado no primeiro jogo da semi-final, contra o Guaraní-PAR – um golaço.

Seus 1,70m lhe renderam um apelido conhecido por ser também a alcunha de Messi: La Pulga. Diferentemente do argentino, que só jogou na Europa, Mora não teve o mesmo sucesso no Velho Continente. Depois de jogar no seu país em ótimas passagens por Juventud, Defensor Sporting e Cerro, jogou apenas onze minutos pelo Benfica, na temporada 2011/2012.

Logo em seguida, foi emprestado ao Peñarol, em 2012, onde teve boa e curta passagem: 10 gols em 14 jogos. Depois de ser emprestado mais uma vez, dessa vez ao River Plate, foi contratado em definitivo em 2013. Entretanto, como não poderia ser diferente, o uruguaio sofreu para se adaptar ao novo lar. Antes de ser emprestado para a Universidad de Chile, atuou em 40 partidas ao todo pelo clube argentino, marcando apenas sete gols.

Na La U, nove jogos e um gol. De volta ao River, Mora passou a viver o melhor momento de sua carreira.No seu retorno, atuou em 52 jogos e anotou 17 gols – uma média de 0,32 gols por partida. Mas não estranhe os números. A verdade é que ele tem curtido o momento artilheiro nos últimos jogos.

É um atacante de muita movimentação. Gosta de atuar pelos flancos, buscando a jogada de fundo ou surpreendendo com um chute cruzado. Segundo o próprio River, el uruguayo se metió en el corazón de los hinchas de River. Toda essa idolatria não é por acaso.

E é bom que ele seja avisado: mais do que nunca, o River precisará de seus gols. Marcar um gol fora é sempre importante. Numa final, então… a importância triplica. O El Volcán estará lotado, e o resultado deste jogo pode definir o título. Se por alguns passos o atacante não é brasileiro, o River está a passos de ser campeão depois de 19 anos. E Mora pode fazer história.

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