Uruguai e Chile se enfrentaram na noite desta terça-feira (17) no estádio Centenário, em Montevidéu. A partida era válida pela 4° rodada das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018, e tinha clima de revanche para os celestes que na Copa América sucumbiram à força dos chilenos em casa e foram eliminados. Porém, desta vez, foi diferente. Os uruguaios se valeram do fator casa, e com certa tranquilidade, venceram os chilenos.

Com três gols de bola parada, Godín, Cáceres e Álvaro Pereira fizeram a festa dentro da grande área chilena, e garantiram o placar de 3 a 0 para os charruas.

O resultado positivo deixou os charruas na vice-liderança da competição com nove pontos, atrás apenas do Equador, que segue 100% na competição. Já os chilenos, que vem de início razoável no torneio eliminatório de pontos corridos, somando sete pontos e se localizando na quinta posição da tabela.

Com 2015 encerrado para ambas seleções, Uruguai e Chile voltam à campo somente no ano seguinte. Pelas eliminatórias, o Uruguai visita o Brasil em local ainda não definido para o confronto, que será realizado no dia 24 de março, já em 2016. O Chile, por sua vez, buscará se reerguer diante da Argentina, reeditando a final da Copa América deste ano. A partida também não tem local definido e será disputada na mesma data dos charruas.

Uruguai aproveita chances raras no primeiro tempo e abre o placar

Começando o jogo com tranquilidade, os chilenos foram quem dominaram os primeiro minutos do jogo. Com posse de bola, o time de Jorge Sampaoli dominava o meio e tentava criar seguidamente. Jara, que foi protagonista de um ato obsceno feito com Cavani, era devidamente vaiado pela torcida uruguaia quando tocava na bola. Aos oito minutos, o Chile chegou pela primeira vez quando Vidal cruza para Isla, que chuta pra fora. E foi só.

O jogo foi ficando tenso, e no gramado, as equipes se estranhavam, e amarelos subiam seguidamente para jogadores como o próprio Vidal, Medel, Godín e Corujo. Só na primeira etapa. A bola não rolava, e as dividas ocorriam em cada lance. 

Até que aos 22 minutos, em uma falta cobrada por Carlos Sánchez, a bola sobrou com o zagueiro Godín, que estava na área. Frente ao goleiro, e sem marcação, o defensor celeste tocou para o fundo das redes para marcar o primeiro gol dos charruas.

Com a vantagem, o Uruguai ficou ainda mais no seu campo defensivo, e deixou os visitantes com a posse de bola, porém com a marcação extramente fechada. Com 71% de posse de bola, a equipe de Sampaoli não conseguiu ultrapassar o ferrolho uruguaio, e terminou a primeira etapa em desvantagem. 

Segundo tempo agitado, mais dois gols de cabeça, e Valdívia expulso

Sem se intimidar em jogar fora de casa, os chilenos voltaram para a segunda etapa com a mesma posse de bola que tiveram na primeira metade do jogo. Os uruguaios poucos se importavam em reter a pelota em seu campo. Com isso, o jogo parecia se encaminhar para um ataque contra defesa e o Chile criando com frequência no setor ofensivo.

Com audácia e um certo teor de tudo ou nada, os chilenos se lançavam ao ataque e dominavam a bola. Porém, aos 16 minutos, para esfriar a reação dos visitantes, Muslera descolou um lançamento do campo de defesa para Cavani, que escorou para Álvaro Pereira marcar de cabeça o segundo gol uruguaio no jogo, e esfriar os impeto chileno. 2 a 0.

O balde de água fria ainda não tinha secado, e três minutos depois, os mandantes chegaram ao terceiro gol, novamente em bola parada, de cabeça. Sánchez cobrou escanteio na esquerda na cabeça de Cáceres, que testou para confirmar a vitória dos mandantes. 3 a 0 e o Chile parecia ter desistido da reação que era iminente.

No fim, ainda teve tempo para o meia Valdívia ser expulso, após o apito final quando foi reclamar com o juiz sobre um lance isolado do jogo.