O goleiro Manuel Neuer deixou o Schalke 04 e se transferiu ao Bayern de Munique por 18 milhões de euros há cinco anos. Ainda assim, as críticas por parte dos adeptos aos Azuis Reais continuam fortes. Em entrevista ao portal Kicker, uma das maiores agências de notícias esportivas da Alemanha, o camisa 1 do Bayern afirmou não entender o porquê de tantas críticas tanto tempo depois da negociação.

"Não me importo em ser vaiado quando toco na bola, mas não consigo compreender por que me insultam com aquelas palavras. A emoção faz parte do jogo, mas é incompreensível quando ouço pessoas gritarem e me chamarem de filho da p...", afirmou Neuer.

O goleiro começou a frequentar a estrutura do Schalke 04 desde os cinco anos de idade. Na equipe de Gelsenkirchen, passou por todas as categorias de base e começou a se destacar com excelentes atuações na equipe profissional, embora fosse muito jovem. Ao mesmo tempo que se destacava como guarda-redes dos Azuis Reais, Neuer também conquistava seu espaço na Seleção Alemã. Após 15 anos no clube, o Bayern de Munique o contratou após atuação espetacular na Uefa Champions League 2009-2010.

A partir daí, a idolatria foi transformada em ódio. E esse sentimento foi refletido por parte da torcida do Bayern de Munique, que inicialmente mostrou rejeição. Entretanto, com o tempo, Manuel Neuer passou a ser reconhecido e elogiado pela inovação, segurança e excelentes atuações como defensor da meta bávara. Além disso, a figura de Neuer foi capaz de transformá-lo em um símbolo do poderio financeiro da equipe em relação aos outros concorrentes da Bundesliga.

Apesar da polêmica e toda a repercussão que houve durante a transferência de Gelsenkirchen a Munique, Neuer ressaltou a dificuldade, mas não mostrou nenhum arrependimento por ter conquistado o posto de melhor goleiro na equipe mais poderosa da Alemanha.

"Tudo o que aconteceu depois de deixar o Schalke 04 me tornou uma pessoa mais forte. Foi uma experiência muito difícil, mas, olhando para a minha carreira, é claro que assinar com o Bayern de Munique foi a decisão correta", concluiu.