O terrorismo e o esporte voltam a cruzar caminhos no Oriente Médio. Nessa sexta-feira (13), um ataque terrorista em um local onde costumam estar reunidos torcedores do Real Madrid em Bagdá, capital do Iraque, deixou 16 mortos e 20 feridos. Segundo relatos de testemunhas às agências de notícias da região e do continente europeu, homens fortemente armados entraram no local onde os adeptos se encontravam e atiraram a esmo. O ataque terrorista aconteceu mais precisamente em Balad, na província de Salaheddin, em um pequeno local onde costumam se encontrar os torcedores da equipe espanhola.

De acordo com informações provenientes da Associated Press, um grupo terrorista, incluso dois suicidas, invadiram o espaço e atiraram indiscriminadamente aos presentes no local antes dos dois suicidas detonarem suas bombas, o que aumentou os danos físicos e o número de vítimas. Horas depois do atentado, o grupo extremista Estado Islâmico reivindicou a autoria dos ataques realizados no Iraque.

O presidente da torcida, Ziad Subhan, deu mais detalhes do ocorrido. "Um grupo de terroristas islâmicos do EI entraram na sede empunhando vários fuzis AK-47 e dispararam aleatoriamente contra todos os que estavam ali. Eles não gostam de futebol, consideram que é algo antimuçulmano. Por isso, cometem atrocidades assim. Estamos todos destruídos pelo acontecido", disse.

O mundo do futebol mostrou indignação ao fato e manifestou solidariedade aos familiares das vítimas. O Real Madrid, detentor de mais de 2 mil peñas - como são conhecidas as organizadas merengues - em todo o mundo, publicou uma nota oficial onde lamenta o fato.

"O clube mostra sua tristeza total e oferece seu afeto e suas condolências aos familiares e amigos das vítimas. O Real Madrid estende sua solidariedade a todo o povo do Iraque, que sofre a injustiça desmedida de uma violência extrema", afirmou o comunicado.

Quem também se pronunciou sobre o atentado terrorista que culminou na morte de aficcionados madrilenos no Iraque foi o presidente da Liga Espanhola, Javier Tebas, que opinou sobre o fato em sua conta oficial na rede social Twitter.

"Estou horrorizado com o atentado contra uma torcida do Real Madrid no Iraque. O terrorismo ataca o futebol. Estamos com as vítimas e suas famílias. O futebol está sendo objetivo do terror. Iríamos viajar neste mês, mas a viagem foi adiada por questões de segurança. Voltaremos a apoiar o povo iraquiano", afirmou Tebas.