Não deu na Copa do Mundo de 2014 no Brasil, muito menos na Copa América do Chile em 2015, porém, a nova geração da Seleção Colombiana que encantou o mundo do futebol há dois anos atrás terá mais uma oportunidade de conquistar um título. Em menos de um mês terá início a Copa América Centenário, realizada nos Estados Unidos.

Colombianos estão no Grupo 1 nesta primeira fase. Irão enfrentar o anfitrião Estados Unidos, o Paraguai e a Costa Rica, outra grande surpresa da Copa de 2014. José Pékerman na última sexta-feira (20) confirmou os 23 convocados que representarão a Tricolor nos EUA: Ospina, Zapata, Bonilla; Zapata, Murillo, Arias, Oscar Murillo, Fabra, Aguilar, Díaz; Cuadrado, Sánchez, James Rodríguez, Cardona, Pérez, Celis, Torres, Roa; Bacca, Moreno, Marlos Moreno, Roger Martínez.

Nomes de peso do setor ofensivo como Falcao García, Jackson Martínez e Téo Gutiérrez não foram lembrandos e ficaram de fora da lista final.

Como chegam e o que esperar...

Esperançosa. Talvez essa seja a palavra certa para caracterizar a atual Tricolor. Com jogadores nos principais clubes do mundo como Cuadrado (Juventus) e James Rodríguez (Real Madrid), e outros com uma grande excelência técnica, principalmente no setor de meio de campo, a equipe tenta conquistar o bicampeonato da Copa América, para não ficar marcada como mais uma geração sem títulos.

A melhor Seleção Colombiana da história para muitos foi aquela da década de 90, comandada por Carlos Valderrama. Entretanto, assim como a atual geração, a "Colômbia Dourada", como era conhecida, não conquistou nenhum título. A terceira colocação na Copa América de 1993 acabou sendo o principal feito da equipe.

Sem Valderrama (é claro), mas com James Rodríguez, as duas gerações são semelhantes em diversos pontos. Porém, o  que deixa ainda mais esperança neste atual elenco seja seus recentes feitos. O principal em 2014. Na Copa do Mundo do Brasil a Tricolor encantou o país do futebol.

Na fase de grupos, uma classificação com "C" maiúsculo. Em grupo teoricamente equilibrado a equipe despachou Grécia, Costa do Marfim e Japão com três vitórias e com grandes apresentações. Na fase seguinte, outra grande partida e classificação diante do Uruguai, com direito uma das maiores pinturas da história das Copas do Mundo, e o mais bonito da temporada. James Rodríguez dominou no peito e finalizou com a preciosa canhota no ângulo de Muslera para abrir caminho para a vitória de 2 a 0.

Em seguida veio o Brasil, para a infelicidade de colombianos e brasileiros (pelo o que viria a seguir) David Luiz e Thiago Silva marcaram e James diminuiu na vitória verde e amarela por 2 a 1. Deixando a Tricolor com a quinta colocação na competição, melhor campanha colombiana na história das Copas. 

Após o episódio, a Colômbia foi como uma das favoritas para a Copa América do Chile em 2015. Entretanto, acabou ficando apenas com a terceira colocação do Grupo C, atrás do carrasco Brasil e do Peru. Acabou se classificando como segundo melhor terceiro colocado, mas acabou eliminado nos pênaltis para a vice-campeã Argentina na fase seguinte.

Destaque

Capitão e camisa 10 com apenas 24 anos de idade. Este é James Rodríguez. Sem dúvida alguma o também camisa 10 do poderoso Real Madrid chega para a competição como uma das principais atrações do torneio dos Estados Unidos.

A ascensão do garoto foi rápida como um foguete. Após alguns anos sendo destaque do Porto ao lado do compatriota Jackson Martínez, James chegou ao recém milionário e promissor (nem tanto) Mônaco, por € 45 milhões em 2013. No ano seguinte, em sua melhor forma fez uma Copa do Mundo inesquecível.

Com 22 anos na época, o jovem promessa chegou ao Brasil com a responsabilidade de comandar a Tricolor, que teria um grande apoio de sua torcida e uma grande expectativa. E ele respondeu até que bem a tudo isso. Com seis gols anotados James foi artilheiro de uma Copa do Mundo que tinha Lionel Messi, Cristiano Ronaldo dentre outros. Esteve na seleção dos melhores jogadores da competição e marcou o gol mais bonito. 

A apresentação magnífica fez com que James virasse o foco de todos os grandes clubes do mundo na janela de transferências. E sete dias após a eliminação na Copa do Mundo foi oficializado como reforço do Real Madrid. Contratação que envolveu € 80 milhões. Entretanto, desde então, o colombiano vive altos e baixos com a camisa merengue, e poderá usar a Copa América como "trampolim", para voltar a ser destaque e provar mais uma vez que não viveu apenas um mês de um futebol encantador.

Experiência adquirida no Real Madrid pode mostrar um James "2.0" nos EUA? (Foto: Clive Rose/ Getty Images)