A primeira vitória sobre a Itália na história das competições oficiais de futebol foi suada, sofrida, com empenho ao máximo dos atletas. Após empate em 1 a 1 no tempo normal e ausência de gols na prorrogação, a Alemanha venceu por 6 a 5 nas penalidades máximas. Em um raro momento de muitas cobranças desperdiçadas, os germânicos foram mais felizes em aproveitar mais erros da seleção adversária. Mas algumas perdas foram bastante sentidas. Talvez não nas quartas de final, mas desfalques preocupantes para a semifinal.

No duelo contra os anfitriões da Eurocopa 2016, dois jogadores titulares foram cortados por se lesionarem no clássico contra os italianos. O volante Sami Khedira e o atacante Mario Gómez se contundiram durante o jogo. Além disso, o meia Bastian Schweinsteiger aparenta não estar em totais condições de entrar em campo, com mínimas atuações. Diante desse cenário, o dilema em encontrar substitutos à altura para um jogo tão importante. Diante da França, a Alemanha tenta encerrar um jejum de 20 anos sem conquistar a Euro e voltar a se isolar como maior vencedor do torneio.

Aos 15 minutos do primeiro tempo, Khedira caiu no gramado. Após a realização de exames, foi diagnosticada uma lesão na virilha. O prazo de recuperação é um pouco maior que o tempo em disputa da Euro - a ser encerrada no próximo domingo (10). A posição é problemática para o técnico Joachim Löw. O substituto imediato do volante é Bastian Schweinsteiger. Contundido por boa parte da temporada e ausente de muitos jogos do Manchester United, o jogador recebeu voto de confiança e a sua história com a camisa germânica pesou em sua contratação. Porém, são duvidosas as condições físicas do camisa 7, o que põe em dúvida sua presença em boa parte do jogo.

Tanto Khedira como Schweinsteiger eram dúvidas para a disputa da Eurocopa e suas convocações foram bancadas pelo treinador. As opções ainda presentes para Löw são Emre Can e o garoto Julian Weigl, destaque na última temporada da Bundesliga.

Sami Khedira (Foto: Lars Baron/Getty Images)

Apesar do título da Copa do Mundo em 2014 e da elevação do patamar no cenário mundial, a Alemanha encontra dificuldades em repor algumas peças. Desde o Mundial, zagueiros são improvisados nas laterais. Höwedes foi usado na ala esquerda e agora atua no lado direito, por causa da aposentadoria de Philipp Lahm. Mas o setor ofensivo também sofre com a falta de peças.

A tão discutida presença de um atacante de área (o centroavante, camisa 9) incomoda a comissão técnica da Alemanha. Na Eurocopa 2016, Mario Götze foi escalado nas duas primeiras rodadas como a referência no ataque, mas não convenceu e as suas atuações foram aquém do esperado. Por isso, Mario Gómez voltou a ser utilizado. Embora o seu nível não esteja no auge, a função foi considerada muito bem cumprida. Mas a lesão contra a Itália colocou nova dor de cabeça em Joachim Löw.

Ao sentir lesão na coxa, o goleador está fora da semifinal e, caso a Alemanha dispute a decisão, Gómez continua ausente. As opções automáticas são André Schürrle e Lukas Podolski, atacantes de área e goleadores. Schürrle é mais condizente com o papel de centroavante, enquanto Podolski busca mais o jogo nas proximidades da área.

Mario Gómez (Foto: Catherine Ivill/Getty Images)

Ao comentar sobre as ausências momentos depois da vitória sobre a Itália, Joachim Löw lamentou os desfalques e afirmou que o trabalho será intenso para solucionar as lacunas deixadas. "É muito ruim perder dois jogadores importantes da equipe titular e vou precisar escolher as opções para o lugar. Estamos chegando na reta final do torneio e tenho que pensar no que fazer para substituí-los. Será um jogo decisivo nesta semana e temos tudo para chegar a mais uma final de Eurocopa", disse.

O duelo entre Alemanha x França será realizado às 16 horas desta quinta-feira (07), no Vélodrome, em Marselha, pelas semifinais do torneio europeu de seleções.

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Sobre o autor
Taynã Melo
Editor VAVEL Brasil