Nessa quarta feira (27) o presidente do Napoli, Aurelio De Laurentiis, falou sobre a transferência de Gonzalo Higuaín para a Juventus, bem como do substituto para o argentino. O clube do sul da Itália passa por uma semana muito conturbada e o cineasta dono dos azzurris concedeu entrevista ao jornal Corriere dello Sport. O atacante da Internazionale, Mauro Icardi, é apontado como o principal alvo dos atuais vice-campeões italianos. De Laurentiis não negou o interesse:

"Nós gostaríamos que esta operação fosse possível, isso é claro para todos. Eu não gosto de discutir assuntos que tem de permanecer na medida do possível, confidenciais. A imprensa tem um papel, deixe eles fazer isso. Se eles podem investigar e descobrir, escrever ou fazer relatórios, eu estou bem com isso. Mas agora seria deselegante para mim revelar algumas questões privadas", disse.

O presidente Napolitano também rasgou elogios ao jogador da Inter. "Ele é um atacante extraordinário, está claro, apenas olhando para seus números. Nós tínhamos praticamente assinado com ele antes de ele ir para a Inter. Certas histórias de amor simplesmente não acabam, evidentemente", afirmou.

Quando o assunto se tornou Gonzalo Higuaín, o magnata falou em um tom mais áspero, fazendo duras críticas ao atacante.

“Meia hora depois que fomos informados pela Juventus que tinham a intenção de pagar a cláusula, começamos a planejar nosso futuro. Nós entendemos, desde as primeiras declarações lançadas pelo irmão de Higuain [e agente], que arriscaríamos ter que procurar um novo atacante. Mas nós não esperavamos seriamente que ele saísse, nem que ele iria apagar seus três anos em Nápoles desta maneira. Alguns acreditam que falar de uma traição é um exagero, mas eu penso diferente. Neste movimento, há o sentido pleno de uma traição, que inclui a ingratidão", disparou.

"Eu gostaria de encerrar o assunto sem perder polêmicas. Eu tinha uma certa consideração da Juventus, mas eu esperava um comportamento diferente deles. É verdade, havia uma cláusula, e nenhum jogo sujo formal foi feito, com exceção talvez dos exames médicos secretos do jogador. Mas neste futebol cruel, não há respeito para o sentimento."