O Mineirão sediará uma das partidas mais aguardadas desta fase de grupos do torneio de futebol feminino. Os Estados Unidos enfrentarão a França na tarde deste sábado (6), em jogo válido pela segunda rodada do Grupo G. Ambas as seleções venceram seus confrontos na estreia, o duelo poderá decidir a primeira colocação da chave. A bola rola às 17h.

Será o confronto entre duas seleções favoritas a conquistarem medalha no torneio feminino dos Jogos Olímpicos Rio 2016. Os EUA lideram o ranking da Fifa e a França ocupa a terceira colocação.  As francesas lideram o Grupo G pelo saldo de gols. As norte-americanas marcaram dois tentos contra quatro das adversárias deste sábado. Completam o grupo: Nova Zelândia e Colômbia, que se enfrentam às 20h.

O retrospecto é muito favorável à seleção dos Estados Unidos. No histórico de confrontos, foram 19 partidas entre essas equipes nacionais. As norte-americanas venceram 16 vezes, a França ganhou apenas um jogo, em 2015 por 2 a 0, além de dois empates.

“Poderia ser uma final”, disse Hope Solo sobre o confronto contra a França

Lideradas por Carli Lloyd e Alex Morgan, os Estados Unidos bateram a Nova Zelândia por 2 a 0. Uma vitória diante da principal concorrente do grupo colocaria a equipe americana na próxima fase do torneio olímpico. Para o jogo contra a França, Megan Rapinoe ainda ficará de fora. Ainda se recuperando de uma lesão no joelho, a meio-campista deve fazer sua estreia na terceira rodada. Mallory Pugh machucou o tornozelo, mas Jill Ellis relacionou a jogadora para a partida. Crystal Dunn deve ser titular.

Hope Solo foi vaiada durante a última partida e ouviu gritos de ‘zika’ quando chutava a bola. A experiente goleira comentou o assunto: “Eu sabia que eles estavam vaiando, mas não me afeta. Eu vim aqui para fazer uma coisa, ajudar nosso time vencer, dar a vitória ao nosso país. E eu estou muito focada em fazer isso.”

Questionada sobre a França, a goleira disse: “Espero um jogo muito difícil. Isto muito provavelmente poderia ser um final. Vai ser difícil, mas isso é o que a equipe vive, estes jogos intensos, jogos competitivos, as rivalidades. Não se trata apenas de EUA-Canadá ou EUA-Brasil ou EUA-Alemanha, a França agora é um dos nossos principais rivais.

A técnica Jill Ellis concedeu entrevista coletiva e falou sobre as adversárias: “A França toca muito bem a bola, troca muitos passes. Eu acho que os dois times têm coisas parecidas. Não posso falar sobre a mentalidade delas, não estou acompanhando os bastidores, mas para ter bons times, tem que ser atlético, técnico e com boa mentalidade. As jogadoras estão gostando de jogar aqui. Sempre é um jogo equilibrado entre os dois times e vai ser um jogo muito competitivo. Vai ser uma partida fantástica.

Foto: Divulgação/Federação dos EUA

França tentará jogar 150% contra os EUA

No último encontro entre essas seleções, a França acabou derrotada por 1 a 0, em 6 de março deste ano. O gol único da partida foi anotado por Alex Morgan. O jogo foi válido por um torneio amistoso. Mas após essa derrota, as francesas engataram sete jogos de invencibilidade. Na quarta-feira (3), as francesas bateram a Colômbia por 4 a 0 e mostraram virtudes na bola parada, fator que pode favorece-las diante das americanas.

Philippe Bergeroo, treinador da França, analisou o favoritismo norte-americano em entrevista coletiva: “Eu penso que não (existe favoritismo). Penso que a pressão não está nelas. É um time que tem vários pontos positivos. Nós sabemos da força deles. Nós queremos apenas jogar e ver o que acontece. Queremos ganhar.”

Nos últimos Jogos Olímpicos, em Londres, essas duas seleções também se enfrentaram na fase de grupos e fizeram um dos melhores jogos da edição. A França abriu 2 a 0 e os EUA foram buscar, virando para 4 a 2.

Jogamos cinco vezes contra os Estados Unidos. Saber como jogar contra essa equipe é sempre complicado. Nós conseguimos vence-los uma vez. Elas foram campeãs olímpicas quatro vezes. Após minha chegada, pedi para jogar contra elas, porque são o melhor time do mundo. Nosso grupo se sente muito bem. Nós vamos ter que jogar 150% contra uma equipe que ganhou quase todos os títulos”, comentou o técnico Bergeroo.

Foto: Divulgação/Federação Francesa