Neste último domingo (11), após derrotar fora de casa o Sportivo Luqueño, por 3 a 0, o Guaraní confirmou sua boa fase e conquistou o Campeonato Paraguaio pela 11ª vez em sua história. Campeão faltando uma rodada para o final do torneio, a equipe aurinegra abriu quatro pontos de vantagem ao segundo colocado Olímpia, e encerrou um jejum de seis anos sem vencer a competição.

O Cacique ficou conhecido internacionalmente em 2015, quando eliminou dois gigantes na Libertadores: Corinthians e Racing. Porém, falhou na tentativa de derrubar o terceiro gigante, ao ser eliminado nas semifinais pelo River Plate.

No Campeonato Paraguaio, o cascudo Guaraní também precisou passar por cima de várias tradicionais equipes, algumas de suas façanhas foram: vencer no Defensores del Chaco, por 1 a 0, a equipe do Olímpia, com Roque Santa Cruz acompanhado pelo forte elenco do clube alvinegro e derrotar fora de casa o Cerro Porteño, por 3 a 1, ao aproveitar que o Ciclón poupou jogadores para a Copa Sul-Americana.

Apesar do título, início de campanha do Guaraní foi irregular

Pelos acontecimentos no começo do campeonato, parecia que não seria o semestre do Guaraní. Tudo começou com a troca de treinador na equipe aurinegra, quando Francisco Arce aceitou comandar a seleção paraguaia e abandonou o cargo nos aurinegros.

Para o seu lugar, a diretoria do clube contratou o argentino Daniel Garnero, ex-jogador do Independiente, que já havia treinado diversas equipes paraguaias mas sem conseguir grande sucesso em nenhuma delas. O novo treinador do Cacique estava no Sol de América desde 2015, realizando campeonatos dignos com o clube, daí se tornando a aposta do Guaraní.

Quando assumiu a equipe na sétima rodada, Garnero conquistou oito vitórias nos seus primeiros oito jogos, embalando a equipe aurinegra rumo ao título. Sob seu comando, o argentino conseguiu montar uma defesa muito sólida, já que tomou apenas dois gols neste período. Apesar dos resultados positivos com placares magros, o ataque do Guaraní demorou para engrenar, mas logo depois começou a ser efetivo, principalmente na virada de 4 a 3 diante do Sol de América, com todos os gols saindo no segundo tempo.

A primeira derrota de Garnero no comando do Guaraní veio depois de 13 jogos, diante do Libertad, mas o título já estava quase nas mãos dos aurinegros.

De 2015 para cá, o clube mudou bastante, os principais jogadores daquela Libertadores que o Guaraní surpreendeu a américa saíram, como Federico Santander e Julián Benítez.

Mas as caras novas dos aurinegros deram conta do recado e se destacaram neste ano, por exemplo, o goleiro Alfredo Aguilar, o zagueiro Luis Cabral, o meio-campista e artilheiro da equipe Néstor Camacho (que veio do Avaí) e o veterano atacante de 38 anos Rodrigo Lopez. Outro experiente jogador neste elenco que merece destaque é o capitão Júlio Cáceres, de 37 anos e que disputou três Copas do Mundo pela seleção paraguaia.

Após três anos sendo vice-campeões (2013, 2014 e 2015), finalmente o título veio. Na Libertadores de 2017, já ingressados na fase de grupos, poderão mostrar a força que demonstraram no Campeonato Paraguaio, já que neste ano caíram logo na primeira fase para o finalista Independiente Del Valle, do Equador.