Chegou ao fim a fase de grupos da Copa Africana de Nações de 2017. Nesta quarta-feira (25), a vaga restante nas quartas de final do maior torneio de futebol da África ficou com o Egito. Os Faraós conquistaram a classificação ao vencerem Gana por 1 a 0, no Stade de Port-Gentil, na reedição da final da CAN 2010. Na outra partida do Grupo D, no Stade d'Oyem, Uganda e Mali empataram em 1 a 1 e se despediram do certame.

A classificação final da chave mostra os egípcios em primeiro lugar. A liderança foi conquistada graças ao triunfo frente aos ganeses, que levou os Faraós à marca de sete pontos e deixou as Estrelas Negras estacionadas nos seis pontos. Malineses e ugandeses ficaram com dois pontos e um ponto, respectivamente.

Com esses resultados, o Egito terá pela frente o segundo colocado do Grupo C, o Marrocos. O duelo por um lugar na semifinal da CAN 2017 está agendado para as 17h (horário de Brasília) do próximo domingo (29) e terá como palco o Stade de Port-Gentil. No mesmo dia, às 14h (horário de Brasília), no Stade d'Oyem, Gana medirá forças com a líder do Grupo C, a República Democrática do Congo.

As quartas de final da Copa Africana começam no próximo sábado (28), com Burkina Faso (primeira colocada do Grupo A) x Tunísia (segunda colocada do Grupo B), no Stade de l'Amitié, às 14h (horário de Brasília), e Senegal (líder do Grupo B) x Camarões (vice-líder do Grupo A), no Stade de Franceville, às 17h (horário de Brasília).

Egito "rouba" a liderança de Gana

Egito venceu Gana pelo placar mínimo (Foto: Justin Tallis/AFP/Getty Images)

Os Faraós tomaram a iniciativa e foram premiados com um belo gol de falta do atacante Mohamed Salah aos 11 minutos. Em cobrança próxima à área, o atacante da Roma mandou uma bomba para o fundo das redes. O goleiro Brimah Razak sequer se mexeu.

O resultado obrigou a pragmática Gana do israelense Avram Grant a sair para o jogo. Afinal, as Estrelas Negras, àquela altura, já perdiam a liderança do grupo. Contudo, o ataque não estava em um dia muito inspirado.

Os egípcios quase ampliaram a vantagem aos 39 minutos, quando Mohsen não aproveitou o rebote de uma defesa incompleta de Razak.

O goleiro Essam El-Hadary, de 44 anos, ainda não foi vazado na CAN 2017 (Foto: Justin Tallis/AFP/Getty Images)

Quem ditou o ritmo da etapa complementar foi a seleção ganesa. André Ayew, Christian Atsu e Samuel Tetteh se movimentaram bastante, em busca de opções de passe e de finalização. Mas o entrosamento do sistema defensivo do Egito freou as investidas de Gana. E os três pontos foram para a conta do time do argentino Héctor Cúper.

Depois de ficar ausente por três edições, a maior campeã africana mostrou que voltou à CAN com força total. E vale sublinhar: o veterano goleiro Essam El-Hadary, de 44 anos, segue sem tomar gol nesta Copa Africana.

Relembre a última rodada do Grupo A
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Uganda quebra tabu de quase quatro décadas, mas "morre abraçada" com o Mali

Ugandenses balançaram as redes numa Copa Africana depois de 39 anos (Foto: Issouf Sanogo/AFP/Getty Images)

Presente em uma Copa Africana de Nações pela primeira vez desde 1978, a seleção de Uganda falhou ao tentar avançar ao mata-mata. Mas pode dizer que se despediu da maior competição do futebol africano com honra. Os ugandenses voltaram a balançar as redes no torneio continental depois de longos 39 anos.

O responsável pela queda do tabu foi o meia Farouk Miya. Aos 25 minutos da segunda etapa, o jogador do clube belga Standard Liège recebeu do companheiro de posição Aucho e chutou forte de fora da área, sem chances para o goleiro Oumar Sissoko. Justiça seja feita: a jogada desse histórico gol foi construída pelos jogadores mais ativos da Uganda na partida.

Precisando de uma vitória para continuar com chances de classificação, o Mali correu atrás do prejuízo e não tardou a balançar as redes. O meia Yves Bissouma, que joga no Lille, da França, deixou tudo igual em linda cobrança de falta aos 28 minutos.

Yves Bissouma (camisa 20) anotou o gol do Mali no empate diante da Uganda (Foto: Issouf Sanogo/AFP/Getty Images)

Os atacantes Kalifa Coulibaly e Mustapha Yatabaré estiveram perto de dar a reviravolta ao Mali, mas desperdiçaram as oportunidades que apareceram.

No final das contas, os Cranes, treinados pelo sérvio Milutin Sredojevic, e as Águias, comandadas pelo francês Alain Giresse, "morreram abraçados".